Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Classes de palavras
Marcos Vinícius Santana Estudante Rio Vermelho, Minas Gerais, Brasil 24K

A expressão «Ah, tá!» é uma locução interjetiva ou são duas interjeições separadas? 

Obrigado mais uma vez.

Beatriz Carvalho Professora/Tradutora Lisboa, Portugal 3K

Gostaria de saber como se chama uma loja só de cocktails, em português europeu. Coctelaria, coquetelaria?

Muito obrigada!

Carlos Araújo Professor São Paulo, Brasil 6K

Na seguinte enunciado «Florestas devastadas, solo, ar e água contaminados, fauna em extinção - tudo faz crer o fim, futuros desertos», em futuros desertos, poderia haver dupla interpretação, isto é, futuro poderia ser adjetivo do substantivo deserto = deserto que há de vir; porém, poderíamos pensar no futuro que será despovoado, desabitado. Mesmo pelo contexto, poderíamos pensar que o futuro será desértico ou o deserto será vindouro. Estaria correto o pensamento?

Iolanda Marisa Alexandre Batista Professora Lisboa, Portugal 4K

Na frase «Há quinze anos que escrevo livros apenas sobre esse abraço.», qual a classe e a subclasse de «que»?

Grata pela atenção.

Maria Cunha Professora Guimarães, Portugal 4K

Em primeiro lugar, deixem-me agradecer o quanto a vossa ajuda é preciosa para todos (alunos e professores). Agora, gostaria que me ajudassem a esclarecer uma dúvida. Na frase «Mas hoje, vendo que o que sou é nada», a palavra «nada» é um pronome indefinido ou um substantivo? Como explicar a diferença entre ambos?

Obrigada.

Ângela Fonseca Professora Covilhã, Portugal 6K

Na frase «Ele levantou-se o mais cedo possível.», a que classe e subclasse de palavras pertence o elemento "o"?

Grata pela vossa atenção. 

João Nogueira da Costa Almada, Portugal 58K

Na imprensa escrita e, sobretudo, nas redes sociais, cada vez mais vemos as expressões “eh, pá”, “oh, pá”/”ó pá” escritas numa só palavra: “epá”, “opá” e até “épa” e “ópa”, quando não com dois acentos. 

Terá isto alguma razão? Será um modismo, ignorância ou estas palavras existem mesmo? É que hoje li, no Observador, datado de 14.5.2017, o seguinte: 

«Luiz Pacheco recorda-se desse dia, 1 de Maio de 1962:

"Era um 1.º de Maio. Havia uma manifestação muito grande em Lisboa… havia greve, talvez… opá houve mortos e tudo, houve polícias que foram parar dentro do Lago do Rossio (…)"».

Tentei procurar se o Ciberdúvidas já tinha publicado algo sobre isto, mas nada encontrei. 

Muito obrigado.

Maria Santos Secretária Porto, Portugal 4K

Gostaria de saber qual das seguintes frases é correta: «Sonhei que ele morria.» ou «Sonhei que ele morreu.»

Também gostaria de ser esclarecida quando à pronúncia de "gostos": «Fiz gôstos no facebook.» ou «Fiz góstos no Facebook.»?

Obrigada.

Rita Silva Tradutora Portugal 5K

Apesar de já existirem aqui várias questões sobre vírgulas, continuo com dúvidas nestes casos:

«Quando os requisitos de elegibilidade do programa forem atualizados, no dia 12 de dezembro de 1996, os utilizadores com acesso a estas funcionalidades atualmente continuarão a ter acesso, mesmo que já não façam parte do programa.»

«As imagens transformadas aparecem agora na secção "Imagens" da página Web, sob o separador "Transformadas".»

Na minha opinião, as vírgulas foram utilizadas corretamente em ambas as frases, mas entre colegas não conseguimos chegar a um consenso. Foi-me dito que estariam incorretas por uma questão de sintaxe, particularmente no que se refere à vírgula antes de "no dia 12 de dezembro" na primeira frase e antes de "sob o separador" na segunda.

Será que alguém me poderia dar uma opinião sobre esta questão? Também gostaria de saber como podemos classificar sintaticamente as unidades entre vírgulas, "no dia 12 de dezembro de 1996" e "sob o separador "Transformadas".

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 17K

Quanto à classificação do verbo considerar – assunto tratado em 10/1/2018 –, tenho algumas considerações a fazer, que são as seguintes:

1 – O verbo considerar pode ser transobjetivo: «O lavrador considerou o cão bonito» (considerou-o bonito).

2 – Assim sendo, se quisermos omitir o agente, podemos criar a frase «Considerou-se bonito o cão» (voz passiva com a particularidade de ocorrer um predicativo («bonito») do sujeito («cão»). Não é o cão que se considera bonito, mas é ele assim considerado. Portanto, quanto a esta frase dada como exemplo «agramatical», quero crer que não o seja, assim como «As paredes da casa consideram-se agradáveis» ou, invertendo-se a ordem: «Consideram-se agradáveis as paredes da casa», e, estendendo-se: «O lavrador considerou agradáveis as paredes da casa».

3 – Sem contar o fato da seguinte frase: «O lavrador considerou-se apto ao trabalho», na qual temos um complemento direto (se) e um predicativo do complemento direto. Mas se trata de uma análise diferente de uma estrutura frasal idêntica a «Considerou-se o lavrador apto ao trabalho.» Antepondo-se ou não o sujeito ao verbo, pode-se dar uma interpretação semântica diferente, o que é interessante.