Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Manuela Salvador Cunha Professora aposentada Porto, Portugal 4K

Creio que o futuro é um composto do infinito do verbo que se está a conjugar com o verbo haver. Assim sendo, como se explicam as formas do plural?

Paulo Manuel Sendim Aires Pereira Engenheiro Brasília, Brasil 8K

Reparei que algumas gramáticas omitem o pronome relativo (terminologia brasileira) quanta (Celso Cunha...) e outras não (Evanildo Bechara...). Investiguei em várias e verifiquei que todas elas evitavam o tema nos exemplos.

Pela investigação no Google tornou-se-me claro que quanta existia como pronome relativo no português antigo, quer com função de adjetivo, quer com função de substantivo, mas não consegui concluir em relação ao português moderno. Quais das seguintes frases podemos considerar corretas?

A) Daquela água, ele bebeu toda quanta pôde.

B) Daquela água, ele bebeu toda quanto pôde.

C) Ele conseguiu tirar do motor toda quanta água nele tinha entrado.

A mim, me parecem todas corretas, mas fico perplexo com a coexistência de A) e B). Por que é que algumas gramáticas não colocam quanta na sua enumeração exaustiva dos pronomes relativos, mas colocam quantas?

Daniel Medina Tradutor Granada, Espanha 2K

[...] Queria perguntar se o termo «luzes do norte» é um calco do inglês, ou se realmente o usam como sinónimo para "aurora boreal".

Muito obrigado.

Laís Reis Tradutora Brasil 40K

Gostaria de saber como os símbolos de €, £, e $ devem ser escritos – antes ou depois do número – na linguagem padrão da língua portuguesa. Por vezes, percebo que o euro se encontra à direita do valor, como em «30 €». Como não me refiro às outras moedas com tanta frequência, surgiu a dúvida de como escrevê-las corretamente. Alguém sabe?

Grata desde já.

Ana Lorena Ramalho Editora Lisboa, Portugal 5K

Gostaria que me explicassem, se possível, a regra de entrada de capítulo, no qual a primeira linha do capítulo não tem tabulação (avanço) mas as primeiras linhas dos parágrafos seguintes têm.

Nathalia Santos Professora Venda Do Pinheiro, Portugal 8K

Tenho uma questão: depois de ter consultado gramáticas mais recentes, notei que os advérbios já não estão divididos em três subclasses: de frase, de predicado e conectivo. Os novos manuais trazem os advérbios classificados mediante a ideia que transmitem: negação, inclusão, quantidade..., e apresentam apenas o conectivo (dentro das três subclasses). O que mudou?

Obrigada.

Sérgio Costa Tradutor Lisboa, Portugal 2K

Sobre a gramaticalidade da expressão «tão único», encontrei uma resposta no Ciberdúvidas que considera a expressão um "disparate". Não me parece que esta interpretação se ajuste aos dias de hoje e à evolução do adjetivo no nosso idioma e não só: por exemplo, em inglês, tornaram-se comuns expressões como "so unique" (sobre a evolução da palavra em inglês).

Se consultarmos os principais dicionários portugueses, vemos que o significado de único já não se resume ao valor absoluto. Constata-se que único também pode significar «excecional», «superior aos outros», «especial», «incomum», etc. Ora, a partir do momento em que admitimos estes significados para único, parece-me que também temos de admitir, pelo menos em contextos "criativos", expressões como "tão único" ("tão especial", "tão superior aos outros", etc.). A comprovar esta tendência, uma rápida pesquisa na Web encontra mais de 100 mil ocorrências de "tão único", designadamente em inúmeras publicações, como livros, revistas, etc. Neste sentido, gostaria de conhecer a vossa opinião atual sobre o tema, agradecendo desde já a atenção.

Ricieri Bernardi Advogado Curitiba, Brasil 3K

Comumente utilizado no meio forense, qual seria a pronúncia mais adequada do vocábulo interregno em bom português?

Guilhermina Rebocho Professora Évora, Portugal 2K

Na frase «D. Dinis foi um poeta cuja atividade decorreu nos séculos XIII-XIV», o manual que utilizo considera o antecedente de cuja é «D. Dinis». A resposta está certa? Se sim, porquê?

Obrigada.

Rui Batista Professor Açores, Portugal 4K

Tenho consultado várias gramáticas e verificado que apontam como deíticos pessoais todos os pronomes pessoais e os possessivos à exceção dos que se referem à 3.ª pessoa (ele/ela/eles/elas; seu/sua/seus/suas). Mas, na verdade, os possessivos de 3.ª pessoa não deverão ser considerados deíticos pessoais também? Vejam-se estes exemplos: "Sr. Lopes, o seu irmão ligou-lhe esta manhã." / "Este livro é seu, Sr. Lopes?" Nas frases dadas, "seu" relaciona-se com o "Sr. Lopes", pessoa que, dado o protocolo de tratamento entre o locutor e o interlocutor, se subentende ser tratada por "você/Sr.". Então, "seu" (e as outras formas dos pronome possessivos) não deverão pertencer ao quadro dos deíticos pessoais?