Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Eduardo Portela Serra Estudante Porto, Portugal 1K

A frase em questão é a seguinte: «apesar da repetida e violenta colisão com as grades, o animal apercebe-se do problema da sua conduta» (truncado).

A minha dúvida está no singular da palavra colisão que me parece ser contrariada pelo adjectivo repetida, o que implica (ou devia implicar, no contexto em que a frase se insere) várias colisões. No entanto, a expressão «colisões repetidas» também não me parece correta, exatamente por essa implicação semântica do adjectivo. Se for adicionado o verbo ser em ambos os casos («a colisão foi repetida» e «as colisões foram repetidas»), o singular parece-me mais próximo do sentido da frase: a mesma "colisão" ("com as grades") "repetida" várias vezes. Sem o verbo, fico confuso.

Eu sei que a solução é simples – suprimir a palavra repetida e usar o plural no substantivo –, ainda assim, gostaria de saber se esta frase pode estar correcta na sua forma original e/ou se há alguma alternativa mais elegante que inclua o adjectivo.

Obrigado.

Mateusz Walczuk Tradutor Varsóvia, Polônia 4K

Gostaria de lhes fazer uma pergunta relativa à pronúncia das letras c e s. Reparei que alguns portugueses (mesmo apresentadores da RTP) pronunciam estas duas letras como [ʃ], quando seguidas de e ou i (em palavras tipo cerca, cinco, sete). Qual pode ser a razão ou explicação desse fenômeno fonético?

Muito obrigado pelos esclarecimentos.

Arsénio Sacramento Tradutor Cascais, Portugal 13K

A expressão «ter à mão» pode incluir um pronome possessivo? A título de exemplo, a pergunta que se segue estaria correta: «Por acaso, tem um lápis à sua mão?»?

Obrigado pela atenção.

Pedro Xavier Estudante Macau, China 4K

Gostaria de saber a diferença entre subsídios e abono (nomeadamente termos jurídicos), por favor.

Muito obrigado.

Carlos P. Lopes Administrativo braga, Portugal 2K

Na frase «Entretinham-se a ver o jogral que tocava», há quantas orações e quais as suas respetivas classificações?

Obrigado.

Ana Isabel Oliveira da Silva Afonso professor Miranda do Corvo, Portugal 2K

Significado da palavra paradocente?

Rodrigo Monteiro Engenheiro Coimbra, Portugal 9K

Sou frequentemente corrigido desde que decidi – de acordo com o plasmado no livro de português adoptado para o 7.º ano de escolaridade – utilizar o pronome obliquo tónico com preposição consigo na presença dos pronomes pessoais você/ele/vocês/eles. Gostaria de saber se nas frases que se seguem o uso do pronome em causa está correcto:

1. Você viu o Agnelo, o meu filho mais novo? Eu presumi que ele estivesse consigo!

2. Vocês são responsaveis por estes dois casais de idosos. Eles deverão permanecer o maior tempo possível consigo aqui na sala de estar.

3. Patrão, eu entreguei a guia de transporte ao Mascarenhas, tenho a certeza!A guia tem de estar consigo.

4. Eles são os peregrinos mais obstinados e asseadinhos que conheço! Vou para todo o lado consigo...Lourdes, Compostela...

Em meu entender apenas será consensual porque coloquial usar o consigo na primeira frase, usando-se na segunda frase o «com vocês», na terceira o «com ele» e na quarta o «com eles». Gramaticalmente será correcto usar o "consigo" nas quatro frases?

Muito obrigado, desde já.

Rui Batista Professor Açores, Portugal 4K

[...] [D]eíticos, ou dêiticos? Se no termo gramatical português dêixis é reconhecido o ditongo -ei- (e bem!, uma vez que etimologicamente isso se verifica nos vocábulos gregos deiknumi e deixis, de onde procede dêixis), por que motivo na palavra derivada por sufixação (deíticos) esse ditongo se transformou no hiato "-e-í-"?

Grato pela vossa atenção.

Eric Iago Simões Bacharel em Direito Petrolina, Brasil 2K

Estudando espanhol, deparo-me com a construção normativa «me lavé las manos», e ainda, lendo Machado de Assis, deparo-me com a construção «Escobar apertou-me as mãos». Interessante que, no dia a dia, fala-se «apertou (as) minhas mãos» ou «beijou (o) meu rosto», mas então, por causa da construção típica da língua espanhola (sendo ela a norma padrão) e do uso dessa construção na literatura portuguesa, comecei a perceber que também se fala «apertou-me as mãos» ou «beijou-me o rosto» no dia a dia.

Por isso, indago sobre essa construção na língua portuguesa e seus aspectos normativos: é possível? É padrão? Ou ainda, qual é a diferença entre «apertou (a) minha mão» e «apertou-me a mão»?

Agradeço antecipadamente a resposta.

Miguel da Silva Moutinho Irmão franciscano capuchinho Baixa da Banheira, Portugal 2K

Gostaria de colocar uma questão que tem que ver com a acentuação de palavras, mais concretamente, leitura de vogais:

1 - A primeira é corifeu. A minha dúvida é se leio "córifeu" (abrindo a vogal), "curifeu" (lendo como "u") ou "côrifeu" (fechando a vogal)?

2 - A segunda é cacheiro (significa «aquele que se esconde», mas também «veste rude, grosseira, gasta»). A dúvida é a mesma: abre-se a vogal "a" ("cácheiro") ou fecha-se ("câcheiro")?

Muito obrigado.