A frase em questão é a seguinte: «apesar da repetida e violenta colisão com as grades, o animal apercebe-se do problema da sua conduta» (truncado).
A minha dúvida está no singular da palavra colisão que me parece ser contrariada pelo adjectivo repetida, o que implica (ou devia implicar, no contexto em que a frase se insere) várias colisões. No entanto, a expressão «colisões repetidas» também não me parece correta, exatamente por essa implicação semântica do adjectivo. Se for adicionado o verbo ser em ambos os casos («a colisão foi repetida» e «as colisões foram repetidas»), o singular parece-me mais próximo do sentido da frase: a mesma "colisão" ("com as grades") "repetida" várias vezes. Sem o verbo, fico confuso.
Eu sei que a solução é simples – suprimir a palavra repetida e usar o plural no substantivo –, ainda assim, gostaria de saber se esta frase pode estar correcta na sua forma original e/ou se há alguma alternativa mais elegante que inclua o adjectivo.
Obrigado.
Gostaria de lhes fazer uma pergunta relativa à pronúncia das letras c e s. Reparei que alguns portugueses (mesmo apresentadores da RTP) pronunciam estas duas letras como [ʃ], quando seguidas de e ou i (em palavras tipo cerca, cinco, sete). Qual pode ser a razão ou explicação desse fenômeno fonético?
Muito obrigado pelos esclarecimentos.
A expressão «ter à mão» pode incluir um pronome possessivo? A título de exemplo, a pergunta que se segue estaria correta: «Por acaso, tem um lápis à sua mão?»?
Obrigado pela atenção.
Gostaria de saber a diferença entre subsídios e abono (nomeadamente termos jurídicos), por favor.
Muito obrigado.
Na frase «Entretinham-se a ver o jogral que tocava», há quantas orações e quais as suas respetivas classificações?
Obrigado.
Significado da palavra paradocente?
Sou frequentemente corrigido desde que decidi – de acordo com o plasmado no livro de português adoptado para o 7.º ano de escolaridade – utilizar o pronome obliquo tónico com preposição consigo na presença dos pronomes pessoais você/ele/vocês/eles. Gostaria de saber se nas frases que se seguem o uso do pronome em causa está correcto:
1. Você viu o Agnelo, o meu filho mais novo? Eu presumi que ele estivesse consigo!
2. Vocês são responsaveis por estes dois casais de idosos. Eles deverão permanecer o maior tempo possível consigo aqui na sala de estar.
3. Patrão, eu entreguei a guia de transporte ao Mascarenhas, tenho a certeza!A guia tem de estar consigo.
4. Eles são os peregrinos mais obstinados e asseadinhos que conheço! Vou para todo o lado consigo...Lourdes, Compostela...
Em meu entender apenas será consensual porque coloquial usar o consigo na primeira frase, usando-se na segunda frase o «com vocês», na terceira o «com ele» e na quarta o «com eles». Gramaticalmente será correcto usar o "consigo" nas quatro frases?
Muito obrigado, desde já.
[...] [D]eíticos, ou dêiticos? Se no termo gramatical português dêixis é reconhecido o ditongo -ei- (e bem!, uma vez que etimologicamente isso se verifica nos vocábulos gregos deiknumi e deixis, de onde procede dêixis), por que motivo na palavra derivada por sufixação (deíticos) esse ditongo se transformou no hiato "-e-í-"?
Grato pela vossa atenção.
Estudando espanhol, deparo-me com a construção normativa «me lavé las manos», e ainda, lendo Machado de Assis, deparo-me com a construção «Escobar apertou-me as mãos». Interessante que, no dia a dia, fala-se «apertou (as) minhas mãos» ou «beijou (o) meu rosto», mas então, por causa da construção típica da língua espanhola (sendo ela a norma padrão) e do uso dessa construção na literatura portuguesa, comecei a perceber que também se fala «apertou-me as mãos» ou «beijou-me o rosto» no dia a dia.
Por isso, indago sobre essa construção na língua portuguesa e seus aspectos normativos: é possível? É padrão? Ou ainda, qual é a diferença entre «apertou (a) minha mão» e «apertou-me a mão»?
Agradeço antecipadamente a resposta.
Gostaria de colocar uma questão que tem que ver com a acentuação de palavras, mais concretamente, leitura de vogais:
1 - A primeira é corifeu. A minha dúvida é se leio "córifeu" (abrindo a vogal), "curifeu" (lendo como "u") ou "côrifeu" (fechando a vogal)?
2 - A segunda é cacheiro (significa «aquele que se esconde», mas também «veste rude, grosseira, gasta»). A dúvida é a mesma: abre-se a vogal "a" ("cácheiro") ou fecha-se ("câcheiro")?
Muito obrigado.
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