Com a Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário (TLEBS), documento que apresentava a terminologia linguística a utilizar no ensino básico e secundário, em Portugal, e que foi aprovado, a título de experiência pedagógica, em 24 de dezembro de 2004 (Portaria n.º 1488/2004), a abordagem didática do advérbio afastou-se da perspetiva tradicional. O documento contemplava como subclasses do advérbio, o advérbio de negação, advérbio disjunto, advérbio adjunto e advérbio conectivo. Este documento foi suspenso em 2007 pelo Ministério da Educação, que ordenou a sua revisão com vista à elaboração de um novo referencial.
Em 2008, foi publicado o Dicionário Terminológico, documento atualmente em vigor (disponível em linha aqui). Este dicionário tem uma função reguladora no sistema de ensino, sendo o documento de referência para a terminologia gramatical prevista nos programas de ensino para os diferentes anos de escolaridade. O Dicionário Terminológico consigna que a classe do advérbio deve ser abordada não só sob o ponto de vista das suas subclasses sintáticas mas também dos valores e das funções desempenhadas pelas palavras que a integram. Nesta linha, preveem-se as seguintes subclasses: advérbio de predicado, de frase, conectivo, de afirmação, de negação, de quantidade e grau, de inclusão e exclusão, interrogativo e relativo.
Não obstante, o Programa e Metas Curriculares de Português do Ensino Básico, aprovado em maio de 2015, veio, de novo, reestruturar a abordagem didática da classe do advérbio. De acordo com este documento, a classe do advérbio deve ser estudada do ponto de vista dos seus valores semânticos e das suas funções, de acordo com a seguinte tipologia:
(i) Classificação do advérbio quanto às suas funções: relativo, conectivo e interrogativo;
(ii) Classificação do advérbio quanto ao seu valor semântico: negação, afirmação, quantidade e grau, modo, tempo, lugar, inclusão, exclusão e designação.
Disponha sempre!