Em Auto de Filodemo, de Luís de Camões, há uma passagem coloquial assim:
«Dionísa: Cuja será? Solina: Não sei certo cuja é.»
Em linguagem hodierna, seria mais comum ouvir/ler «de quem será?», «não sei certo de quem é».
Esse uso de cujo lembra-me o uso de cujus no latim:
Cujus filius Marcus est? («De quem Marcos é filho?»)
Em seu livro, Tradições Clássicas da Língua Portuguesa, o Padre Pedro Andrião diz ser possível tal uso e dá-nos uma lista grande de exemplos nos autores clássicos, desde Camões, Sá de Miranda, a Garrett, Camilo etc.
Pois então, vos pergunto, que recomendam? É lícito o uso?
Na expressão cada um, qual a classificação de um?
Na frase «durante a primavera inteira aprendo os trevos», a forma verbal aprendo e o advérbio durante contribuem para a configuração de uma situação.
A minha dúvida é qual o valor aspectual? Será habitual ou iterativa?
Obrigado.
Em «o guloso do rato», qual a classe de palavras a que pertence guloso?
Trata-se de um adjetivo qualificativo, uma vez que caracteriza o rato («o rato guloso»), ou de um nome, uma vez que é precedido pelo determinante o?
Na frase «matou a charada com tirocínio certeiro» ocorre um caso de alegoria ou se trata de um simples jogo de palavras?
Muito obrigado.
A locução conjuntiva «assim como» introduz somente orações comparativas ou pode também servir como coordenada aditiva?
Havendo ambas possibilidades, como estabelecer a diferença entre elas?
Agradeço desde já.
Contacto-vos a propósito de uma questão que tem sido recorrente no âmbito da minha prática letiva. A propósito da evolução fonética, particularmente no processo de assimilação, tenho visto em alguns manuais ser usada como exemplo a evolução de ad sic para assim ou de ipse para esse, assumindo-se assim que, em ad sic o fonema /d/ evolui para /s/ e, em ipse, o mesmo se passa com o fonema /p/.
A minha questão é simples: tratando-se de evolução fonética – e de fonemas, portanto – não seria mais correto considerar-se que em ambos os casos ocorre uma síncope? A duplicação da consoante s advém, a meu ver, de uma convenção ortográfica, até porque, efetivamente, não pronunciamos o fonema /s/ duplicado.
Gostaria de saber a vossa opinião, que muito respeito, em relação a este tópico.
Grato pela vossa disponibilidade.
Qual o plural de «claro-escuro»?
Mais uma vez, os dicionários são contraditórios a este respeito...
Qual a forma mais aceitável?
Muito obrigado.
Frente e fronte têm uma origem comum?
Muito obrigada.
Os apelidos Rodrigues e Roiz são sinónimos, ou o segundo é abreviatura do primeiro?
Muito obrigado.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações