Há muita gente que tem dificuldade em empregar o verbo haver no sentido de «existir». Não é raro, antes pelo contrário, ler-se, sobretudo nas redes sociais, «Inaugurado "a" 5 anos», ou «li o livro "à" muito tempo».
Ora, tenho verificado que alguns escreventes, na dúvida, optam por substituir haver por fazer, tal como os brasileiros. Por exemplo, «inaugurado faz 5 anos», ou «li o livro faz muito tempo».
A minha pergunta é: está correcto este emprego do verbo fazer?
O consulente segue a norma ortográfica de 45.
Não é a primeira vez que me interrogo sobre a origem deste raro e curioso topónimo: "Candam".
Ao que sei, existem apenas duas povoações com este nome, uma na Beira Alta, em pleno concelho de Oliveira do Hospital, e outra nas circunvizinhanças de Águeda.
Gostaria de obter mais algumas informações, se assim for possível, acerca da etimologia de "Candam", e igualmente o porquê da grafia "-am" nestas duas circunstâncias.
Muito agradeço, desde logo, a vossa atenção.
Os gramáticos falam de as apositivas poderem ser parafraseadas por coordenação em havendo duas asserções.
Tal juízo abrange ainda as restritivas ou é privativo das apositivas?
Muito obrigado!
Estudando as conjunções subordinativas (norma culta), me deparo com a seguinte informação: a preposição desde (sem partícula que) está arrolada na listagem de conjunções subordinativas condicionais conforme transcrito abaixo:
se, salvo se, desde que, exceto se, caso, desde, contanto que, sem que, a menos que, uma vez que, sempre que, a não ser que,…
Ainda estranhei a inclusão de sempre que. Será um lapso ou de fato isso existe na língua culta portuguesa?
Gostaria, se possível fosse, de uma orientação da parte do Ciberdúvidas.
Estou a tentar adaptar um livro da variante brasileira do português para o português de Portugal. É realmente um desafio, porque parecem dois idiomas distintos...
Será que me podem ajudar a resolver uma expressão?
Trata-se de uma pessoa que entrou num movimento que acabou por não singrar (o movimento). A autora diz-nos que «o movimento não resultou e a pessoa x DEIXOU QUIETO».
O que significa «deixar quieto», neste contexto?
Já agora, conhecem algum bom instrumento para resolver este tipo de problemas de adaptação?
Muito obrigado.
Na frase «[D. Sebastião] Arrastou para a aventura toda a nobreza portuguesa», o verbo arrastar pode ser considerado transitivo direto e indireto, sendo o segmento «para a aventura» um complemento oblíquo?
Agradeço um esclarecimento.
«Quem se humilha será exaltado.»
Existe ambiguidade na frase acima, desde que consideremos o verbo humilhar-se como pronominal ou como estando na voz passiva pronominal?
«Humilhou-se» ou «foi humilhado»?
Obrigado.
Gostaria de saber, por favor, se a expressão «por baixo dos panos» está registada em Portugal. E, já agora, aproveito para perguntar se existe algum livro recomendável para a consulta de expressões deste género e dos seus fundamentos (algumas expressões são menos intuitivas).
Muito obrigado.
Em geral, gostaria de saber quando é possível substituir o Infinitivo Composto pelo Infinitivo Simples, mantendo o sentido da frase.
Sei que esta pergunta já foi respondida antes no Ciberdúvidas: «Trata-se da possibilidade da substituição de uma forma pela outra– de "intercambialidade", como se sugere na pergunta –,sem incorrer em incorreção ou alteração significativa no significado da frase. O infinitivo simples (IS) pode substituir o infinitivo composto (IC), mas a inversa não é sempre possível.»
No entanto, há casos em que me parece que a substituição do Infinitivo Composto pelo Infinitivo Pessoal altera o sentido da frase, ou cria, até, frases agramaticais (26). Fico por isso na dúvida se a resposta do Ciberdúvidas que transcrevi tinha um caráter geral. Tinha?
No caso concreto das frases 1 a 4, penso que 1 e 2 têm sentidos semelhantes, mas 3 e 4 não. Qual é a razão para nos casos 1 e 2 ser possível fazer a substituição (caso seja) e nos casos 3 e 4 não (caso não seja)?
(1) Foi bom termos tido essa reunião. (2) Foi bom termos essa reunião.
(3) É bom termos tido essa reunião. (4) É bom termos essa reunião.
Quanto aos seguintes pares de frases, consideram que têm o mesmo sentido? Quais são as regras que permitem (ou não) realizar a substituição de um tempo por outro?
(5) Espero desligar o gás. (6) Espero ter desligado o gás.
(7)No caso de não poderes vir, telefona-me. (8)No caso de não teres podido vir, telefona-me.
(9) Até ele ficar bem, não me irei embora. (10) Até ele ter ficado bem, não me irei embora.
(11) Em vez de terem ido ao mercado, podiam ter ido à praia. (12) Em vez de irem ao mercado, podiam ter ido à praia.
(13) Depois de acabares os trabalhos de casa, podemos ver televisão. (14) Depois de teres acabado os trabalhos de casa, podemos ver televisão.
(15) Apesar de o tempo ter estado péssimo, foram passear. (16) Apesar de o tempo estar péssimo, foram passear.
(17) Apesar de terem tido muito dinheiro, são discretos. (18) Apesar de terem muito dinheiro, são discretos.
(19) Lamento não terem assistido à reunião. (20) Lamento não assistirem à reunião.
(21) Lamentei não teres vindo à festa. (22) Lamentei não vires à festa.
(23) Não vás para a rua sem pores o casaco. (24) Não vás para a rua sem teres posto o casaco.
(25) É provável já se terem conhecido na última reunião. (26) É provável já se conhecerem na última reunião.
Uma vez mais, agradeço o ótimo serviço prestado e a atenção dispensada.
Gostaria de saber se o interrobang(ue) já é aceite e reconhecido em português.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações