Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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José Moreira Aposentado Porto, Portugal 4K

Há muita gente que tem dificuldade em empregar o verbo haver no sentido de «existir». Não é raro, antes pelo contrário, ler-se, sobretudo nas redes sociais, «Inaugurado "a" 5 anos», ou «li o livro "à" muito tempo».

Ora, tenho verificado que alguns escreventes, na dúvida, optam por substituir haver por fazer, tal como os brasileiros. Por exemplo, «inaugurado faz 5 anos», ou «li o livro faz muito tempo».

A minha pergunta é: está correcto este emprego do verbo fazer?

 

O consulente segue a norma ortográfica de 45.

Gonçalo Ferreira Castelo-Branco Estudante Porcelhe, Oliveira de Frades, Portugal 1K

Não é a primeira vez que me interrogo sobre a origem deste raro e curioso topónimo: "Candam".

Ao que sei, existem apenas duas povoações com este nome, uma na Beira Alta, em pleno concelho de Oliveira do Hospital, e outra nas circunvizinhanças de Águeda.

Gostaria de obter mais algumas informações, se assim for possível, acerca da etimologia de "Candam", e igualmente o porquê da grafia "-am" nestas duas circunstâncias.

Muito agradeço, desde logo, a vossa atenção.

José de Vasconcelos Saraiva Estudante Foz do Iguaçu, Brasil 1K

Os gramáticos falam de as apositivas poderem ser parafraseadas por coordenação em havendo duas asserções.

Tal juízo abrange ainda as restritivas ou é privativo das apositivas?

Muito obrigado!

Geobson Freitas Silveira Agente público Bela Cruz, Brasil 4K

Estudando as conjunções subordinativas (norma culta), me deparo com a seguinte informação: a preposição desde (sem partícula que) está arrolada na listagem de conjunções subordinativas condicionais conforme transcrito abaixo:

se, salvo se, desde que, exceto se, caso, desde, contanto que, sem que, a menos que, uma vez que, sempre que, a não ser que,…

Ainda estranhei a inclusão de sempre que. Será um lapso ou de fato isso existe na língua culta portuguesa?

Gostaria, se possível fosse, de uma orientação da parte do Ciberdúvidas.

Diogo Morais Barbosa Revisor Lisboa, Portugal 8K

Estou a tentar adaptar um livro da variante brasileira do português para o português de Portugal. É realmente um desafio, porque parecem dois idiomas distintos...

Será que me podem ajudar a resolver uma expressão?

Trata-se de uma pessoa que entrou num movimento que acabou por não singrar (o movimento). A autora diz-nos que «o movimento não resultou e a pessoa x DEIXOU QUIETO».

O que significa «deixar quieto», neste contexto?

Já agora, conhecem algum bom instrumento para resolver este tipo de problemas de adaptação?

Muito obrigado.

Ana Fernandes Professora Braga, Portugal 2K

Na frase «[D. Sebastião] Arrastou para a aventura toda a nobreza portuguesa», o verbo arrastar pode ser considerado transitivo direto e indireto, sendo o segmento «para a aventura» um complemento oblíquo?

Agradeço um esclarecimento.

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 1K

«Quem se humilha será exaltado.»

Existe ambiguidade na frase acima, desde que consideremos o verbo humilhar-se como pronominal ou como estando na voz passiva pronominal?

«Humilhou-se» ou «foi humilhado»?

Obrigado.

Diogo Morais Barbosa Revisor Lisboa, Portugal 7K

Gostaria de saber, por favor, se a expressão «por baixo dos panos» está registada em Portugal. E, já agora, aproveito para perguntar se existe algum livro recomendável para a consulta de expressões deste género e dos seus fundamentos (algumas expressões são menos intuitivas).

Muito obrigado.

Sara Dias . Portugal 2K

Em geral, gostaria de saber quando é possível substituir o Infinitivo Composto pelo Infinitivo Simples, mantendo o sentido da frase.

Sei que esta pergunta já foi respondida antes no Ciberdúvidas: «Trata-se da possibilidade da substituição de uma forma pela outra– de "intercambialidade", como se sugere na pergunta –,sem incorrer em incorreção ou alteração significativa no significado da frase. O infinitivo simples (IS) pode substituir o infinitivo composto (IC), mas a inversa não é sempre possível.»

No entanto, há casos em que me parece que a substituição do Infinitivo Composto pelo Infinitivo Pessoal altera o sentido da frase, ou cria, até, frases agramaticais (26). Fico por isso na dúvida se a resposta do Ciberdúvidas que transcrevi tinha um caráter geral. Tinha?

No caso concreto das frases 1 a 4, penso que 1 e 2 têm sentidos semelhantes, mas 3 e 4 não. Qual é a razão para nos casos 1 e 2 ser possível fazer a substituição (caso seja) e nos casos 3 e 4 não (caso não seja)?

(1) Foi bom termos tido essa reunião. (2) Foi bom termos essa reunião.

(3) É bom termos tido essa reunião. (4) É bom termos essa reunião.

Quanto aos seguintes pares de frases, consideram que têm o mesmo sentido? Quais são as regras que permitem (ou não) realizar a substituição de um tempo por outro?

(5) Espero desligar o gás. (6) Espero ter desligado o gás.

(7)No caso de não poderes vir, telefona-me. (8)No caso de não teres podido vir, telefona-me.

(9) Até ele ficar bem, não me irei embora. (10) Até ele ter ficado bem, não me irei embora.

(11) Em vez de terem ido ao mercado, podiam ter ido à praia. (12) Em vez de irem ao mercado, podiam ter ido à praia.

(13) Depois de acabares os trabalhos de casa, podemos ver televisão. (14) Depois de teres acabado os trabalhos de casa, podemos ver televisão.

(15) Apesar de o tempo ter estado péssimo, foram passear. (16) Apesar de o tempo estar péssimo, foram passear.

(17) Apesar de terem tido muito dinheiro, são discretos. (18) Apesar de terem muito dinheiro, são discretos.

(19) Lamento não terem assistido à reunião. (20) Lamento não assistirem à reunião.

(21) Lamentei não teres vindo à festa. (22) Lamentei não vires à festa.

(23) Não vás para a rua sem pores o casaco. (24) Não vás para a rua sem teres posto o casaco.

(25) É provável já se terem conhecido na última reunião. (26) É provável já se conhecerem na última reunião.

Uma vez mais, agradeço o ótimo serviço prestado e a atenção dispensada.

Fernando Carvallo Bibliotecário Sao Paulo, Brasil 4K

Gostaria de saber se o interrobang(ue) já é aceite e reconhecido em português.