DÚVIDAS

«Nunca/jamais... ninguém» e «nem... nada»
É de meu entendimento que uma oração negativa é definida: + ou pela negação do verbo (ou locução verbal) da oração através de um advérbio de negação como “não”, + ou pela presença de um “sujeito negativo” (isto é, um sujeito cujo núcleo ou é um pronome indefinido substantivo negativo como “ninguém”, ou é qualificado por um pronome indefinido adjetivo negativo como em “nenhuma pessoa”). Também sei que essas opções são mutualmente exclusivas, e não podem ocorrer simultaneamente em uma oração. (Isto é, não se deve dizer «Ninguém não foi», e sim «Ninguém foi».) Além disso, sei que todos os pronomes indefinidos presentes no predicado de uma oração negativa (porém não em orações subordinadas de uma oração negativa) devem ser obrigatoriamente negativos. (Não se deve dizer «Eu não fiz alguma coisa para alguém», e sim «Eu não fiz nada para ninguém».) A primeira questão é: “nunca” e “jamais” são considerados advérbios de negação (que tornam a oração negativa)? Isto é, quais das seguintes frases estão corretas? + «Eu nunca amei alguém.» + «Eu nunca amei ninguém.» + «Eu jamais amarei alguém.» + «Eu jamais amarei ninguém.» Uma outra dúvida relacionada é se a presença de “nem” em um sujeito torna a oração negativa. Isto é, quais das seguintes frases estão corretas? + «Nem a Maria fez alguma coisa para o meu aniversário.» + «Nem a Maria fez nada para o meu aniversário.» Muito obrigado desde já pela atenção.
A colocação do quantificador mais com nomes e pronomes
Tanto faz dizer em português? Refiro-me à colocação do advérbio de quantidade mais em relação ao pronome indefinido algo, alguma coisa, um, "ninguém", etc. Exemplo 1: «Quero mais uma taça de vinho.»/«Quero uma taça mais de vinho.» Exemplo 2. «Quer algo mais?»/«Quer alguma coisa mais?»/«Quer mais algo?» / «Quer mais alguma coisa?» Exemplo 3. «Quero mais um beijo de você.»/«Quero um mais...» Exemplo 4. «Não quero ver mais ninguém.»/«Não quero ver ninguém mais.» Obrigado pela ajuda!
As subclasses do advérbio em Portugal (ensino básico)
Tenho uma questão: depois de ter consultado gramáticas mais recentes, notei que os advérbios já não estão divididos em três subclasses: de frase, de predicado e conectivo. Os novos manuais trazem os advérbios classificados mediante a ideia que transmitem: negação, inclusão, quantidade..., e apresentam apenas o conectivo (dentro das três subclasses). O que mudou? Obrigada.
História de «ir/vir embora»
Tendo descoberto que embora provêm de «em boa hora», gostaria de saber se por exemplo na frase «Vamos embora daqui para fora» o seu uso é o mesmo de agora ou realmente sair para algum lado. Por outro lado ao dizer «Foi-se embora», seria correcto também dizer-se «Foi-se agora». Em Portugal, pelo menos, parece-me que o embora é utilizado como movimento ou ação e não como informação temporal. Podiam ajudar-me a entender? Obrigado.
Regularmente, um modificador de grupo verbal
Na frase «Eles jogam golfe regularmente.», «regularmente» é modificador de grupo verbal ou modificador de frase? Eu diria, em primeira análise, que é de grupo verbal, porque, a meu ver, pode ser interrogado e negado: É regularmente que eles jogam golfe? Eles jogam golfe não regularmente. Além disso, não se trata de uma intervenção do interlocutor, mas sim da constatação de um facto. Creio que está ao mesmo nível que «diariamente» na frase «Eles treinam diariamente futebol.» No entanto, têm-me dito que é de frase e estou baralhada, porque não percebo porquê… Podem ajudar-me?
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