Na frase «A Sara gosta da maneira como o Rui fala de livros», a oração subordinada adjetiva relativa restritiva assume a função sintática de modificador do nome restritivo ou complemento do nome, atendendo à natureza do nome maneira?
Tendo descoberto que embora provêm de «em boa hora», gostaria de saber se por exemplo na frase «Vamos embora daqui para fora» o seu uso é o mesmo de agora ou realmente sair para algum lado. Por outro lado ao dizer «Foi-se embora», seria correcto também dizer-se «Foi-se agora». Em Portugal, pelo menos, parece-me que o embora é utilizado como movimento ou ação e não como informação temporal.
Podiam ajudar-me a entender? Obrigado.
Na frase «Eles jogam golfe regularmente.», «regularmente» é modificador de grupo verbal ou modificador de frase?
Eu diria, em primeira análise, que é de grupo verbal, porque, a meu ver, pode ser interrogado e negado:
É regularmente que eles jogam golfe? Eles jogam golfe não regularmente.
Além disso, não se trata de uma intervenção do interlocutor, mas sim da constatação de um facto.
Creio que está ao mesmo nível que «diariamente» na frase «Eles treinam diariamente futebol.»
No entanto, têm-me dito que é de frase e estou baralhada, porque não percebo porquê…
Podem ajudar-me?
Tenho uma pergunta em relação ao uso da expressão «sei lá!» Por que razão tem esta o valor negativo de «não sei» quando não comporta qualquer marcador de negação?
Obrigada pela atenção.
Na frase «Entre o Mato e a Roça é um nome que alude a um não lugar» não será mais correto ligar o não e o lugar com hífen?
No excerto «um país que, recentemente, em termos históricos, passou quatro décadas sob uma ditadura e que ainda exibe as suas cicatrizes», a palavra ainda contribui para a coesão interfrásica ou para a coesão temporal?
Tenho ouvido e lido cada vez mais a expressão o porquê, que sempre achei estar errada, por se estar a pôr um artigo definido num advérbio interrogativo. No entanto, soube recentemente que se começa a defender o uso de porquê como substantivo, justificando o artigo. Isto é mesmo assim? É possível usar advérbios interrogativos como substantivos? Posso passar a dizer o onde ou o quando ou o como ou, claro, o porquê?
Muito grato pela atenção e muitos parabéns por esta plataforma e pelo excelente trabalho desenvolvido.
Na frase «Ele levantou-se o mais cedo possível.», a que classe e subclasse de palavras pertence o elemento "o"?
Grata pela vossa atenção.
Na frase «Os extremos do largo são, aliás, os únicos locais onde ainda se veem algumas pessoas a viver o espaço», qual a função sintática da oração «onde ainda se veem algumas pessoas a viver o espaço»?
Na minha primeira análise, seria modificador restritivo do nome, uma vez que é introduzida pelo advérbio relativo "onde" e restringe os locais a que diz respeito... No entanto, parece-me ser obrigatório na frase, o que contraria a definição desse modificador...
Na Gramática da Língua Portuguesa, de Zacarias Nascimento, aparece a informação de que o advérbio "onde" pode introduzir um complemento oblíquo (ex: «Do local onde moro avisto o palácio de Sintra» - neste caso, também está a restringir o local). Se for, de facto, complemento oblíquo, como classificar a oração?
Obrigado.
Tenho sempre dúvida na utilização de vírgulas e o caso aqui é referente à virgula depois das conjunções e e mas.
Abaixo deixo alguns exemplos de frases que selecionei e que queria ajuda para entender se estão certas, ou não, e o porquê.
1 – «Nada prejudica mais uma apresentação do que o nervosismo. E, quando isso acontece, a melhor maneira é respirar fundo e confiar em si mesmo.»
2 – «Eu pediria que voltasse a ser quem era e recordasse tudo o que vivemos. Mas, mesmo assim, se isso não for possível, esqueça tudo o que passamos.»
3 – «Ontem, Maria me contou uma história de amor inesquecível que ela viveu há alguns anos. Então penso comigo. E, se essa história de amor for realmente verdade, será que um dia poderei vivê-la?» (Aqui não vejo necessidade de vírgula antes de e. É errado numa oração ter vírgula depois de se ou caso?)
4 – «Podes ter imaginado um caminho incrível rumo a um destino excepcional. Mas, para levar as pessoas até lá, é necessário que faças a viagem parecer atraente.»
Nos exemplos acima, e e mas estão no início da oração. Sei que não é errado fazer isso, pois envolve uma questão de estilística, mas sei também que nesses casos eles poderiam estar em uma oração só. De qualquer forma, gostaria de saber se essas conjunções, exatamente do jeito que estão, têm a vírgula depois delas mal colocada.
Obrigado.
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