Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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José Gonçalves Estudante Vale de Cambra, Portugal 1K

A expressão «compor como» existe? E, se existir, significa «constituir» ou «corresponder a»?

Estas dúvidas surgiram-me ao falar com colegas da Região Autónoma da Madeira que usam constantemente esta expressão. Não sei se será algo regional.

Para contextualizar, uma das frases que os meus colegas escreveram foi:

«Tendo em conta o principal objetivo deste estudo, que é determinar qual dos índices se compõe como o melhor preditor da morte do recém-nascido, analisou-se a sensibilidade das várias escalas de gravidade neonatal.»

Muito obrigado.

Lucas Tadeus Oliveira Estudante Mauá, Brasil 2K

Sempre ouvi desde pequeno que a frases «Não me toque em mim» está errada e que o certo ou é «Não me toque» ou «Não toque em mim», mas há pouco, estudando mais da nossa bela língua, me surgiu uma dúvida.

Napoleão Mendes de Almeida [na Gramática Metódica da Língua Português] fala de «reflexibilidade atenuada de ação» — algo assim, se não me engano — e usa como exemplo a frase «Ele se morre de tristeza».

Gostaria de saber se é a mesma coisa.

Carlos H. T. de Araújo Professor São Paulo, Brasil 5K

Gostaria de entender o processo de construção da frase «não estou confiante "se ela está boa"».

Entendo que teríamos de escrever «não estou confiante de que ["que" ou "em que"] ela esteja boa» por causa da regência nominal de confiante. Porém, venho escutando a primeira com certa incidência.

Poderia pensar que a força da oração hipotética («se ela está boa») quebra a oração subordinada substantiva completiva nominal? Haveria alguma explicação gramatical ou linguística para tal fenômeno?

Obrigado!

Francisco Neves Estudante universitário Porto, Portugal 3K

Tenho uma pequena dúvida: regendo o verbo dissociar a preposição de («É necessário dissociar a água do fogo», por exemplo), o mais correto é dizer e escrever, por exemplo, «... para uma maior dissociação económica da China», e não «com a China»?

Estou certo, ou estarei a incorrer nalgum erro?

Obrigado.

Inês Pereira Docente Lisboa, Portugal 15K

Gostaria de saber se as frases têm complemento oblíquo, por favor.

«Voltou Camões pela via marítima» (pela via marítima)

ou na interrogativa: «Voltou Camões pela via marítima?» (pela via marítima)

Sendo o verbo "voltar" sinónimo de "regressar" penso que seria intransitivo, daí a dúvida se poderá ser complemento oblíquo. A frase na negativa muda alguma coisa a transitividade?

Muito obrigada

Marta Chodkowska Estudante Lublin, Polónia 10K

Gostava de saber que preposição se usa com o verbo perguntar: «Perguntar alguém por/sobre/de algo», ou sem preposição?

Ex. «Ela sempre pergunta por/sobre/de tudo ou pergunta tudo? 

Obrigada.

Marta Chodkowska Estudante Lublin, Polónia 21K

Começo por expressar os meus agradecimentos por todas as respostas e a ajuda linguística. É um trabalho excelente e muito útil. Parabéns.

Gostava de saber que preposição se usa com o verbo permitir: «permitir a alguém de fazer algo»?

Ex. O restaurante não permite aos clientes de fumar.

Antecipados agradecimentos pela resposta.

Raquel Santos Estudante Porto, Portugal 3K

Gostaria de saber se é possível que o verbo combinar reja a preposição para seguida de infinitivo: «Combinamos para ir à praia»;«Quando é que combinamos para fazer um passeio?»

Sei que o verbo combinar pode reger a preposição para quando depois se menciona alguma expressão temporal: «combinamos para sexta-feira»; «combinamos para as quatro da tarde».

Mas poderia considerar-se para + infinitivo?

Desde já agradeço a atenção dispensada.

Andreia Sousa Enfermeira Luanda, Angola 12K

Há alguma diferença substancial entre escrever «partícipe da luta» ou «partícipe na luta»?

Diogo Maria Pessoa Jorge Morais Barbosa Revisor Lisboa, Portugal 2K

Devemos escrever «Isto é coetâneo com o intuito de fazer alguma coisa de belo» (p.ex.) ou «Isto é coetâneo do intuito de fazer alguma coisa de belo»? No fundo, a minha dúvida prende-se com a questão de saber se (e porquê) devemos escrever «coetâneo com» ou «coetâneo de».

Obrigado.