No verso «chegar antes de ti para te ver chegar», do poema "Isto é o amor", de Nuno Júdice, podemos dizer que estamos perante um pleonasmo? Se não, qual o recurso expressivo que poderá estar neste verso?
Obrigada.
«Quem se humilha será exaltado.»
Existe ambiguidade na frase acima, desde que consideremos o verbo humilhar-se como pronominal ou como estando na voz passiva pronominal?
«Humilhou-se» ou «foi humilhado»?
Obrigado.
No período a seguir, fiquei com uma dúvida atroz, «Todos foram à festa, inclusive eu.»
«Inclusive eu» será uma oração assindética com o verbo elidido? Se «inclusive eu» fosse parte do sujeito composto, deslocado, o verbo não deveria estar na 1.ª pessoa do plural? «Todos fomos a festa, inclusive eu.»
Nesse caso, o termo «inclusive eu» não será um pleonasmo de vício [de linguagem], visto que a desinência verbal já denotaria que o locutor também fora à festa? Portanto, minha escolha seriam duas orações, a segunda com o verbo elidido: «Todos foram à festa, inclusive eu (fui).»
Grato.
Minha consulta se prende às expressões expletivas do tipo «é que», «é onde», «é quando», das quais se diz que servem a dar ênfase a orações ou a termos de oração.
Observo, entretanto, que, a par da ênfase, tais expressões possam carrear um caráter de exclusividade. Se não, vejamos as seguintes frases:
«A prática da leitura gera conhecimento» (um dos fatores que geram).
«É a pratica da leitura que gera conhecimento» (exclusividade – somente a pratica da leitura, talvez por influência de uma estrutura tal como «Pode-se viajar, podem-se visitar museus ou conhecer pessoas, mas é a prática da leitura que gera conhecimento»).
«A sombra das montanhas de Minas conduz à reflexão» (também ela conduz).
«A sombra das montanhas de Minas é que conduz à reflexão» (somente ela conduz).
«Na praia de Copacabana é onde transitam belas mulheres» (é somente lá que transitam).
«Na praia de Copacabana transitam belas mulheres» (é também lá que transitam, aliás frase mais condizente com a realidade...).
Obs.: Quando de usa o advérbio mais ou o pronome indefinido mais, parece não haver alteração de sentido com o uso da expressão expletiva: «É na praia de Copacabana que transitam as mais belas mulheres»; «É a prática da leitura que gera mais conhecimento».
Gostaria de um exame a respeito, o qual desde já agradeço.
Sempre grato pelo vosso trabalho, venho por este meio novamente pedir esclarecimento a uma dúvida gramatical que me surgiu.
Estou a fazer um exercício sobre o uso da estrutura estar + a + infinitivo, para ações em processo.
Há um caso particular em que devo utilizar o verbo pronominal vestir-se. A minha primeira resposta foi «nós estamos a nos vestir», pois, segundo o que estudei antes, a presença da preposição a exige que o pronome esteja antes do verbo. Contudo, a correção do livro mostra «nós estamos a vestir-nos».
Assim sendo, qual é a posição correta do elemento pronominal em dita estrutura?
Desde já, obrigadíssimo pela ajuda.
«É uma obra para se ler, ver e ouvir.» = «É uma obra para ser lida, vista e ouvida.»
As frases acima (sinónimas) parecem ser gramaticais, mesmo sem a repetição do «se» apassivante, na primeira, e de «para ser», na segunda.
Já nos exemplos abaixo, a primeira frase parece ficar agramatical sem o «se» (complemento direto) do verbo «tornar-se», enquanto a frase equivalente é claramente agramatical pela mesma razão.
«Foi um jogador que se afirmou e tornou um craque.» = «O jogador afirmou-se e tornou um craque.»
Em que casos pode evitar-se a repetição do clítico se numa sequência/enumeração verbal em próclise?
Obrigado.
Li o seguinte num jornal diário:
«Vítima identifica imediatamente agente condenado por o agredir.»
Será correcto dizer/escrever «condenado POR O agredir»?
Ou seria mais correcto dizer "«condenado por agressão», ou talvez melhor ainda «condenado por agredi-lo»?
Desde já o meu obrigado.
O hífen era comum nas expressões hei-de, hás-de, etc. etc. Com o Acordo Ortográfico [de 1990], passamos a hei de, hás de. Até aqui é claríssimo.
Havia também casos mais complexos com dois hífenes no mesmo conjunto como hei-de-lhe, hás-de-me, etc. Imagino que as formas gráficas corretas passam a ser hei de lhe, hás de me.
Ou teria alguma sensatez, cair o primeiro hífen e não o segundo, e passarmos a grafar "hei de-lhe," "hás de-me"?
Grato.
A frase «O aluno queixou-se do professor ao diretor», objeto de consulta de Félix Carneiro Carvalho em 1/9/2009, poder-se-ia modificar para «O aluno se lhe queixou do diretor»?
Obrigado.
A justaposição de várias orações subordinadas adverbiais num só período composto subordinadas é considerada mal escrita? Haveria outra alternativa? Por exemplo:
«O estudante leu o texto científico para que pudesse iniciar sua pesquisa ainda que não gostasse do tema mas se saiu bem porque tinha domínio do conteúdo.»
Obrigado.
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