Gostaria de lhes fazer uma pergunta relativa à pronúncia das letras c e s. Reparei que alguns portugueses (mesmo apresentadores da RTP) pronunciam estas duas letras como [ʃ], quando seguidas de e ou i (em palavras tipo cerca, cinco, sete). Qual pode ser a razão ou explicação desse fenômeno fonético?
Muito obrigado pelos esclarecimentos.
A expressão «ter à mão» pode incluir um pronome possessivo? A título de exemplo, a pergunta que se segue estaria correta: «Por acaso, tem um lápis à sua mão?»?
Obrigado pela atenção.
Na frase «Entretinham-se a ver o jogral que tocava», há quantas orações e quais as suas respetivas classificações?
Obrigado.
Estudando espanhol, deparo-me com a construção normativa «me lavé las manos», e ainda, lendo Machado de Assis, deparo-me com a construção «Escobar apertou-me as mãos». Interessante que, no dia a dia, fala-se «apertou (as) minhas mãos» ou «beijou (o) meu rosto», mas então, por causa da construção típica da língua espanhola (sendo ela a norma padrão) e do uso dessa construção na literatura portuguesa, comecei a perceber que também se fala «apertou-me as mãos» ou «beijou-me o rosto» no dia a dia.
Por isso, indago sobre essa construção na língua portuguesa e seus aspectos normativos: é possível? É padrão? Ou ainda, qual é a diferença entre «apertou (a) minha mão» e «apertou-me a mão»?
Agradeço antecipadamente a resposta.
Reparei que algumas gramáticas omitem o pronome relativo (terminologia brasileira) quanta (Celso Cunha...) e outras não (Evanildo Bechara...). Investiguei em várias e verifiquei que todas elas evitavam o tema nos exemplos.
Pela investigação no Google tornou-se-me claro que quanta existia como pronome relativo no português antigo, quer com função de adjetivo, quer com função de substantivo, mas não consegui concluir em relação ao português moderno. Quais das seguintes frases podemos considerar corretas?
A) Daquela água, ele bebeu toda quanta pôde.
B) Daquela água, ele bebeu toda quanto pôde.
C) Ele conseguiu tirar do motor toda quanta água nele tinha entrado.
A mim, me parecem todas corretas, mas fico perplexo com a coexistência de A) e B). Por que é que algumas gramáticas não colocam quanta na sua enumeração exaustiva dos pronomes relativos, mas colocam quantas?
Na frase «D. Dinis foi um poeta cuja atividade decorreu nos séculos XIII-XIV», o manual que utilizo considera o antecedente de cuja é «D. Dinis». A resposta está certa? Se sim, porquê?
Obrigada.
Recorro a vós para uma questão que, aparentemente, seria simples.
Na expressão «É um livro de afeto, de admiração, de homenagem ao escritor dos contos...», o termo «ao escritor» desempenha a função de complemento indireto? Apesar de ser «a quem», não consigo fazer a sua substituição por -lhe.
Obrigada!
1. Numa frase passiva o auxiliar ser é um verbo copulativo?
2. Se não, numa frase com predicativo do complemento direto – «Nomearam o professor diretor da escola» – «diretor da escola» passa a ser predicativo do sujeito?
3. Neste caso «da escola» continua a ser modificador do nome?
Muito obrigada.
Na frase «Não dormi muito bem», «muito bem» desempenha a função de modificador ou complemento oblíquo?
Antes de mais, gostaria de agradecer ao Ciberdúvidas o excelente trabalho que desenvolve.
Em seguida, coloco a minha questão: deparei-me recentemente, num manual de Português do 10.º ano, com a seguinte questão:
«Classifica a oração "qual será a loação" na frase "E vedes qual será a loação".»[1]
O que estranhei foi a solução proposta: oração subordinada substantiva completiva, pois, na minha modesta opinião, eu classificá-la-ia como uma oração subordinada substantiva relativa.
Assim, peço o vosso esclarecimento, que agradeço antecipadamente.
[1 N. E. – «E vedes qual será a loação» = «e vedes qual será o louvor». Trata-se de um verso da conhecida cantiga satírica do trovador português João Garcia de Guilhade, "Ai dona fea, fostes-vos queixar". Assinale-se que, por preocupações didáticas, o manual em causa escreve "loação", mas a forma medieval é loaçom. Acrescente-se que loaçom, «louvor», assim como loar, que significa «louvar» são termos utilizados frequentemente na poesia trovadoresca. Registe-se, ainda, o vocábulo loa, antigamente também equivalente a «louvor», mas cujo uso contemporâneo ocorre sobretudo no plural, loas, no sentido de «mentiras».]
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações