Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Semântica
José Figueiredo Reformado Ílhavo, Portugal 3K

Li num site brasileiro a palavra realizadíssimo e procurei na Internet outros exemplos e encontrei vários: pintadíssimo, cantadíssimo, pescadíssimo e muitos outros.

Penso que está errado e gostaria de saber se tenho razão.

Armando Dias Reformado Lagos, Portugal 2K

Depois do Brexit, eis um derivado do termo inglês mais propalado nos media portugueses dos últimos tempos já com circulação mais do que garantida: Mayexit. Gostava de ter um comentário da equipa do Ciberdúvidas.

Muito obrigado.

Mickael Da Silva Estudante Leiria, Portugal 6K

É correto utilizar a expressão «mas sim»/«depende sim» depois de uma frase na negativa, como por exemplo: «Portanto, não dependem da variação da atividade de uma dada empresa. Dependem sim da estrutura criada e resultam do investimento num determinado tipo de estrutura fixa»?

Obrigado.

Ana Sofia Ribeiro Reformada Caldas da Rainha, Portugal 2K

Na frase «valeu a pena lutar», qual é a modalidade presente?

José de Vasconcelos Saraiva Estudante de Medicina Foz do Iguaçu, Brasil 3K

Os exemplos aduzidos por Napoleão Mendes de Almeida no seu Dicionário de Questões Vernáculas não apresentam o verbo parecer flexionado na 1.ª e na 2.ª pessoa do singular e do plural.

Uma vez que procurei em diversas gramáticas exemplos nas pessoas mencionadas, dentre elas, na d[e] Mira Mateus [Gramática da Língua Portuguesa, Lisboa, Editorial caminho, 2003], desejava saber se vocês poderiam aduzir exemplos de autores portugueses que construíram esse verbo na 1.ª e na 2.ª pessoa do singular e do plural com infinitivo [...] não flexionado, como, nestes exemplos: «Eu pareço querer mudar o mundo.»; «Tu pareces agir como Bacharel de Cananeia.»

Por último desejava ainda saber se esse emprego é lídimo português ou se é já brasileiro, [e]m razão de as [...] completivas equivalerem a «Eu pareço que quero mudar o mundo» [e] «Tu pareces que ages como Bacharel de Cananeia». Não haveria porventura um engano, já que o pronome eu não é sujeito de pareço, mas de quero, de querer, da mesma maneira que o tu não é sujeito de pareces, mas de ages, de agir.

Mais uma vez os meus agradecimentos ao vosso trabalho, de que tanto o Brasil precisa.

Clara Peralta Professora Alcobaça, Portugal 2K

A expressão «foi nesta data que me meti a viajar pelo mundo fora» assume valor iterativo ou imperfetivo?

Também ponho a hipótese de ser perfetivo. Embora tenha consultado muita informação, continuo sem ter certezas.

Muito obrigada.

José Luís Damas de Carvalho Professor Ponta Delgada, Portugal 19K

A conjunção e pode ser repetida numa frase? Em que casos?

Obrigado.

João Miguel Gomes Estudante Lisboa, Portugal 21K

A expressão «mover mundos e fundos» com o sentido «fazer todos os possíveis» existe?

Stephan Iddino Estudante São Paulo, Brasil 3K

A minha dúvida está relacionada com o uso dos pronomes demonstrativos este e esse. Apesar das numerosas respostas acerca do tema, não fiquei esclarecido. A questão é esta: existem significativas diferenças na língua portuguesa brasileira e na língua portuguesa europeia com relação ao uso dos pronomes demonstrativos este e esse?

A presente dúvida é fruto de uma leitura do Manifesto do Partido Comunista, cuja tradução foi elaborada por uma tradicional editora portuguesa:

«Anda um espectro pela Europa – o espectro do Comunismo. Todos os poderes da velha Europa se aliaram para uma santa caçada a este (1) espectro, o papa e o tzar, Metternich e Guizot, radicais franceses e polícias alemães. Onde está o partido de oposição que não tivesse sido vilipendiado pelos seus adversários no governo como comunista, onde está o partido de oposição que não tivesse arremessado de volta, tanto contra os oposicionistas mais progressistas como contra os seus adversários reacionários, a recriminação estigmatizante do comunismo? Deste (2) facto concluem-se duas coisas. O comunismo já é reconhecido por todos os poderes europeus como um poder. Já é tempo de os comunistas exporem abertamente perante o mundo inteiro o seu modo de ver, os seus objetivos, as suas tendências, e de contraporem à lenda do espectro do comunismo um Manifesto do próprio partido. Com este (3) objetivo reuniram-se em Londres comunistas das mais diversas nacionalidades e delinearam o Manifesto seguinte, que é publicado em inglês, francês, alemão, italiano, flamengo e dinamarquês” (MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. Editora Avante).

A meu ver, não seria mais adequado:

A) «Esse espectro» em vez de «este espectro (1)», pois o espectro foi apresentado?

B) «Desse facto em vez de deste facto (2)», pois o fato foi apresentado?

C) «Esse objetivo em vez de este objetivo (3)», pois o objetivo foi apresentado?

Agradeço vossa atenção e aproveito a oportunidade para felicitá-los pelo maravilhoso trabalho que realizam!

Alexandra Cunha Estudante Porto, Portugal 58K

Sempre me dei bastante bem com a gramática. Contudo, neste momento, começo a ficar um pouco confusa com algumas funções sintáticas. Tento fazer alguns exercícios para estudar e tentar perceber bem, mas acabo sempre por desistir, já que fico bastante frustrada comigo mesma por errar e parecer cada vez mais confusa a cada exercício que faço. A minha dúvida é: como posso identificar (e "distinguir") bem, em qualquer frase, os modificadores (do nome, do grupo verbal e o apositivo) e o complemento do nome?

Obrigada desde já!