Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Raissa Thainá Silva Sousa ESTUDANTE MANAUS, brasul 20K

Gostaria de esclarecer uma dúvida quanto ao emprego da vírgula antes da conjunção "e"... Por exemplo no trecho da música "Tua tristeza é tão exata/ E hoje o dia é tão bonito..." existe a vírgula antes da conjunção "e"?

Grata

Ana Almeida Leitora de Língua Portuguesa na China China 3K

Quando falamos de percentagens, frequentemente se utiliza a preposição "de", como, por exemplo, «Ele pagou uma taxa de juro de 2,5%.» e «Uma percentagem de 30% dos alunos gostaria de estudar no estrangeiro.» No caso de querermos responder diretamente à questão «Qual é a percentagem?» devemos utilizar o "de" ou não?

a. A percentagem é de 6%. b. A percentagem é 6%.

Num manual de ensino de português a chineses aparecem as duas construções no mesmo texto e, confrontada com a dúvida, não consegui encontrar explicações que me remetam para uma regra.

Muito obrigada pela atenção e ajuda.

Fernando Gaspar Técnico Lisboa, Portugal 3K

Ao ler uma tradução deparou-se-me a seguinte frase: «…uma daquelas despesas que é necessário fazer…».

Está correta ou deve antes escrever-se: «…uma daquelas despesas que são necessárias fazer…»?

Gonçalo Paulino Mafra, Portugal 3K

Tenho dúvida se alguma das seguintes frases estará correta:

1) «Tenho um documento que me pediram que te entregasse.»

2) «Tenho um documento que me pediram para lhe entregar.»

3) «Tenho um documento que me pediram que te fizesse chegar.»

4) «Tenho um documento que me pediram que lhe fizesse chegar.»

Qual das formas estará mais correta? Certamente que o tratamento na 2.ª pessoa do singular (te) ou na 2.ª pessoa do plural (lhe, como se fosse "vos" entregasse) dependerá da relação que o interlocutor tem com a pessoa que aborda.

Mas ainda pergunto, para além disso, sendo esse pedido formulado por uma pessoa para entregar o documento a outrem, se estará correta a conjugação do verbo entregar na frase 1)  «entregasse»? O que realmente quero é ocultar quem faz esse pedido, e suponho que, em vez de dizer «X pediu-me que te entregasse isto», se disser «Tenho um documento que me pediram que te entregass»", não revelo a pessoa que faz o pedido.

 Por outro lado, se, em vez de "entregasse", estivesse "entregassem", estaria errado?

Perdoe-me a minha ignorância gramatical. Não sei se estou a confundir alguns conceitos, ainda assim, gostaria de ser esclarecido sobre este caso que expus. Obrigado pela atenção.

Luís Branco Técnico de contabilidade Lisboa, Portugal 4K

No sítio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa li o seguinte título: «Rastreios sobre o cancro da pele e observação de sinais.» Parece-me que o "rastreios sobre" não será a forma mais correcta. Não será melhor dizer "Rastreios de cancro..."?

Arsénio Sacramento Tradutor Cascais, Portugal 4K

A expressão «galeria de tiro» pode ser usada em português de Portugal? Em caso negativo, temos alguma expressão equivalente?

Mário Amaral Oeiras, Portugal 4K

Nos processos judiciais destinados a ordenar o internamento de pessoa portadora de anomalia psíquica esta é designada oficialmente por «internando» (género masculino) ou «internanda» (género feminino). Contudo, não encontro o vocábulo em qualquer dos dicionários que consultei.

Gostaria de saber se é correto o emprego dos referidos termos ou, em caso negativo, quais os mais ajustados para substituí-los.

Obrigado.

Ana Pires Tradutor Díli, Timor-Leste 16K

Porquê o plural quando se fala de eleições? Na do Presidente da República, vejo a possibilidade de se argumentar com a hipótese de segunda volta. Nas municipais, por serem município a município. Mas nas parlamentares (legislativas)?

Ana Monteiro Estudante Porto, Portugal 10K

Gostaria de saber qual a regência verbal do verbo roubar quando se indica a entidade roubada. Penso que haja uma diferença entre o português europeu (PE) e o português brasileiro (PB), no sentido de no PE a regência ser a e no PB a regência ser de.

Penso também que a é possível no PE, mas creio que com uma mudança de papel semântico, dando origem a uma frase distinta e com um foco diferente:

«Roubaram o doce ao menino.» — O menino foi vítima de um assalto (PE, impossível no PB).

«Roubaram o doce do menino.» — O menino foi vítima de um assalto (leitura PB), ou houve um assalto e foi levado o doce que pertencia ao menino –de Alvo para Fonte, talvez? – (leitura PE).

Obrigada pela atenção.

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 9K

«– Ele está morto, ou por outra, pensa convictamente que está.»

Na frase acima, as vírgulas estão corretamente colocadas?

Obrigado.