O correto será: «Por favor, faça isto». Está a dirigir-se diretamente a um interlocutor com quem tem uma relação formal e a solicitar-lhe o favor de fazer algo. Neste caso, o correto é usar o imperativo que é o tempo verbal adequado para quem quer expressar uma sugestão, uma ordem ou um conselho.
Segundo Vítor Fernando Barros*, o imperativo «exprime uma atitude que expressa uma ordem, um pedido, um desejo, uma sugestão ou um conselho:
– Ninguém toca no Velho! (Costa Andrade, No Velho Ninguém Toca)
– Diga, Maria Irma, por favor! (João Guimarães Rosa, Sagarana)
– Deixa lá. (Carneiro Gonçalves, Contos e Lendas)
* in Gramática da Língua Portuguesa, Âncora Editora, Edições Colibri, 2011, 1ª. ed., p.126
N. E. (16/05/2022) – É também correto o uso do infinitivo em frases imperativas que correspondam a ordens («Marchar!»), proibições («Não fumar») ou instruções («Apertar os cintos de segurança») – cf. Gramática do Português (Fundação Calouste Gulbenkian, 2013-2020, p. 2583). Não é impossível juntar a locução «por favor» a este tipo de frase imperativas de infinitivo («Por favor, não fumar»), mas ressalta o contraste entre as forças diretivas de «por favor» e do infinitivo: a locução, por marcar um pedido, parece ter menor força diretiva do que o infinitivo, que configura uma ordem. Este contraste pode levar a rejeitar frases como «por favor, marchar!» ou «por favor, apertar os cintos». O mesmo não ocorrerá quando se usa a construção «é favor» + infinitivo, que se aceita sem reservas – «é favor não fumar», «é favor apertar os cintos» –, embora, mais uma vez, se afigure estranha uam sequência como «é favor marchar». Com efeito, o caráter marcial da injunção «marchar!» revela-se incompatível com a força diretiva muito mais atenuada do pedido associado a «é favor».