«Ele era de opinião que (ou "de que") céu cinzento e gotas de chuva nas janelas tiram o ânimo e causam melancolia.» Na frase citada, qual é a melhor regência para o termo "opinião"?
Obrigado.
Gostaria, antes de mais, de agradecer pela ajuda por vós prestada.
A dúvida que venho colocar prende-se com a regência do verbo «corresponder» e sobre o complemento que este exige, uma vez que, na minha opinião, seleciona complemento oblíquo (pela exigência da preposição «a»). No entanto, em determinadas situações («Não correspondeu às expectativas.»/«Não correspondia ao padrão feminino.»), eu posso pronominalizar as expressões («Não lhes correspondeu.»/«Não lhe correspondia.»)
Assim, a dúvida é: nestes contextos (em que podemos pronominalizar) devemos considerar complemento oblíquo, complemento indireto ou considerar ambas as respostas corretas?
«Deixarei para estudar quando começar as aulas» ou «Deixarei para estudar quando começarem as aulas.»?
Grato antecipadamente.
Li, recentemente, uma resposta de um colaborador v/, o Prof. Doutor Rui Pinto Duarte, a propósito do (não) uso do adjetivo colendo como forma de tratamento de juízes de tribunais superiores em Portugal (em comentário, de certo modo, contrariado pelo do Dr. Miguel Faria de Bastos). Permito-me, todavia, chamar a atenção para o facto de o adjetivo em questão, num nível de linguagem erudito, não ser desconhecido, nem mesmo, como é referido na resposta do v/ ilustre colaborador, em peças processuais (cf., por exemplo aqui e aqui) da Justiça dos III, VI, IX e X Governos pós-1974) intitulado "O contrato de transporte marítimo.O seu espaço próprio em confronto com o dos contratos de venda e de abertura de crédito documentário", inserto nos Estudos sobre o novo Direito marítimo. Realidades internacionais e situação portuguesa, Coimbra Ed., Coimbra, 1999, p. 156:
«O colendo Supremo Tribunal não captou a essência do problema - que, diga-se por amor à verdade, as partes não terão equacionado com límpida nitidez».
Na comunicação social surge também o adjetivo por referência a expressões usadas em ambiente judiciário: Diário de Notícias, 14.6.2017.
Nos versos do poema D.Dinis, de Mensagem, de Fernando Pessoa, «É o rumor dos pinhais que, como um trigo/De Império, ondulam sem se poder ver.», como classificar a oração «sem se poder ver.»? Sabendo que essa oração desempenha a função sintática de modificador do grupo verbal "ondulam" (ondulam como?), que classificação atribuir à oração? Subordinada (substantiva ou adverbial?) completiva não finita infinitiva?
Gostaria de saber como dividir e classificar a frase seguinte: "Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és".
Obrigada.
Gostava que me esclarecessem sobre a forma correta de escrever palavras do tipo nanoesfera, nanoestrutura, microesfera, microestrutura, infraestrutura, macroesfera e macroestrutura. A dúvida é se têm ou não hífen (nano-esfera) ou se o e nestas palavras cai ou não (nanosfera).
Grata pela atenção.
Tenho sempre dúvida na utilização de vírgulas e o caso aqui é referente à virgula depois das conjunções e e mas.
Abaixo deixo alguns exemplos de frases que selecionei e que queria ajuda para entender se estão certas, ou não, e o porquê.
1 – «Nada prejudica mais uma apresentação do que o nervosismo. E, quando isso acontece, a melhor maneira é respirar fundo e confiar em si mesmo.»
2 – «Eu pediria que voltasse a ser quem era e recordasse tudo o que vivemos. Mas, mesmo assim, se isso não for possível, esqueça tudo o que passamos.»
3 – «Ontem, Maria me contou uma história de amor inesquecível que ela viveu há alguns anos. Então penso comigo. E, se essa história de amor for realmente verdade, será que um dia poderei vivê-la?» (Aqui não vejo necessidade de vírgula antes de e. É errado numa oração ter vírgula depois de se ou caso?)
4 – «Podes ter imaginado um caminho incrível rumo a um destino excepcional. Mas, para levar as pessoas até lá, é necessário que faças a viagem parecer atraente.»
Nos exemplos acima, e e mas estão no início da oração. Sei que não é errado fazer isso, pois envolve uma questão de estilística, mas sei também que nesses casos eles poderiam estar em uma oração só. De qualquer forma, gostaria de saber se essas conjunções, exatamente do jeito que estão, têm a vírgula depois delas mal colocada.
Obrigado.
Sobre o uso da segunda pessoa do plural, gostaria de saber se ainda é possível, em Portugal, ouvir alguém que não seja do extremo norte utilizar o pronome vós em alguma situação. Sei que o uso dos possessivos (vosso/vossa/vossos/vossas) e dos pronomes oblíquos (vos/convosco) é extremamente comum e recorrente, mas o que dizer do pronome pessoal do caso reto que lhes corresponde? Usa-se o vós na fala coloquial? Com que frequência? E na escrita, é permitido pela norma misturar os pronomes auxiliares do vós com o pronome vocês? Ainda é comum os livros apresentarem os diálogos com o pronome vós? Ele soa estranho ou antiquado para os portugueses? Qual é a percentagem aproximada de portugueses que ainda usam o vós coloquialmente? São muitas dúvidas, mas achei melhor perguntar tudo duma vez em lugar de fazer várias perguntas parecidas.
Pode anestético ser sinónimo de anestésico (=anestesia ou aquilo que produz anestesia)? Alguns dicionários apenas assim o atestam, outros, porém, relacionam-no unicamente com aquilo «que revela falta de estética». Serão acolhidas, em português europeu, ambas as aceções?
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