Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Franqueira Neto jornalista Macau, Macau 152K

O ponto utilizado na abreviatura de uma palavra é dispensado quando a palavra abreviada termina uma frase, servindo o ponto final da frase para abreviar essa mesma palavra. Em resposta a pergunta anterior, ficou claro que o mesmo não se passa se a frase terminar com um outro sinal de pontuação diferente. No entanto, é comum ver-se o uso da abreviatura de "observações" normalmente seguida de dois pontos, sem o ponto da abreviatura da palavra [Obs:]. Isto é aceitável?

Patrícia Andréa Borges Estudante São Carlos, São Paulo, Brasil 1K

Gostaria de saber se há algum documento que comente que a manutenção do h em Bahia foi uma reivindicação dos baianos, conforme o escrito [na resposta "Bahia e baía: porquê?].

Luís Pedrosa Santos Aposentado Caldas da Rainha, Portugal 3K

Receio não conseguir acompanhar, neste caso, a opinião já expressa pelo saudoso e ilustre vernaculista Dr. José Neves Henriques.

Contratual será referente à condição de uma ou mais premissas de um contrato a estabelecer, ou já estabelecido, de cujas cláusulas se ajuíza da sua validez, exequibilidade, pertinência, legalidade, etc., a fim de um dado contrato poder ser aceite, juridicamente e pelas partes contraentes. A verbalização conferida pelo sufixo [-iz(ar)] tem o propósito de indicar a ideia de fazer que uma acção seja praticada. E a ideia tem como base o contrato; e não contratual/contratualidade (>contratualizar), que será a circunstância/condição de um exercício.

Assim, parece-me que – declinando contratualizar – deverá ser contrat(o) + iz(ar) >> contratizar que se me afigura mais escorreito: «acto de estabelecer contrato». Quando muito, tentando "salvar" o que já existe, contratualizar será «estabelecer condições pelas quais as cláusulas de um contrato sejam conformes à legalidade e interesses». Destarte, contratualizar = «atribuir a condição exigível para que algo possua contratualidade». Aceito que contratar nem sempre tenha o sentido de contratizar, visto esta acepção ter uma vertente mais formal.

Terei alguma "ponta" de razão? [...]

O meu muito obrigado pela atenção que possam conceder a esta dúvida e opinião.

Maria Pérez Professora Santiago de Compostela, Espanha 4K

Será que podem explicar o uso da expressão «ou não fosse»? Já me deparei com ela várias vezes mas, desde o ponto de vista gramatical não a consigo explicar. Aparece em alguns documentos da vossa página. Ex: «...ou não fosse a "Educação de Excelência para Todos" o princípio e o motor insubstituíveis de todo o desenvolvimento humano...»

Diogo Maria Pessoa Estudante Lisboa, Portugal 3K

É certo e sabido, a partir das vossas respostas, que se escreve «Península Ibérica», com maiúsculas iniciais. E «Península Itálica», também? É que seria estranhíssimo lermos num mesmo parágrafo, como acabo de ler, «Península Ibérica» e «península itálica»...

Obrigado, desde já.

Ana Isabel Pereira Jornalista Porto, Portugal 2K

Devemos escrever «O problema do Brexit é as fronteiras» ou «O problema do Brexit são as fronteiras"»? Li [aqui] este vosso resultado, mas não fico esclarecida para este exemplo em concreto.

Obrigada!

Florbela Teixeira Liberal Paredes, Portugal 11K

Qual é o correto «há que o fazer»ou «há que fazê-lo» , «há que a condenar» ou «há que condená-la» ?

Obrigada.

Joana Valente Reformada Lousã, Portugal 4K

Hoje em dia é muito frequente ouvir-se o «fazer-se sentir». O vento «faz-se sentir», o calor «faz-se sentir», a inflação «faz-se sentir», o estrondo que «se fez ouvir», etc. É correcto dizer desta forma? Coisas inanimadas «fazem-se sentir»? Ou só seres com vontade podem fazer-se sentir? Não seria mais correcto dizer: «o vento que se sente», «o calor que sinto», etc?

Eduardo Portela Serra Estudante Porto, Portugal 1K

A frase em questão é a seguinte: «apesar da repetida e violenta colisão com as grades, o animal apercebe-se do problema da sua conduta» (truncado).

A minha dúvida está no singular da palavra colisão que me parece ser contrariada pelo adjectivo repetida, o que implica (ou devia implicar, no contexto em que a frase se insere) várias colisões. No entanto, a expressão «colisões repetidas» também não me parece correta, exatamente por essa implicação semântica do adjectivo. Se for adicionado o verbo ser em ambos os casos («a colisão foi repetida» e «as colisões foram repetidas»), o singular parece-me mais próximo do sentido da frase: a mesma "colisão" ("com as grades") "repetida" várias vezes. Sem o verbo, fico confuso.

Eu sei que a solução é simples – suprimir a palavra repetida e usar o plural no substantivo –, ainda assim, gostaria de saber se esta frase pode estar correcta na sua forma original e/ou se há alguma alternativa mais elegante que inclua o adjectivo.

Obrigado.

Arsénio Sacramento Tradutor Cascais, Portugal 13K

A expressão «ter à mão» pode incluir um pronome possessivo? A título de exemplo, a pergunta que se segue estaria correta: «Por acaso, tem um lápis à sua mão?»?

Obrigado pela atenção.