É possível associar possessivos à expressão, uso que se encontra atestado, embora não seja tão frequente como o de «à mão»1:
1. «Estava ali, bem à minha mão, a possibilidade de encontrar um som» (do corpus Linguateca).
2. «Se nenhuma das opções estiverem à sua mão, pode sempre dar o seu dinheiro por bem gasto a bater o pé, quando Prince se propõe transformar Alvalade em estádio-discoteca» (idem).
Em 1. e 2. «estar à mão» significa o mesmo que «estar ao alcance/perto/próximo (para utilização)». A expressão pode também associar-se ao verbo ter, como em «ter alguma coisa à mão», isto é, «ter alguma coisa ao alcance».
Apenas consideramos contextos em que se pode considerar que a construção com o possessivo é praticamente equivalente à expressão sem possessivo. É óbvio que «à minha/tua/sua/nossa/vossa mão» é perfeitamente aceitável em expressões como «chegar à mão», «vir à mão», «parar à mão» ou «vir ter à mão»; exemplos (extraídos do Corpus do Português, de Mark Davies):
3. «A salvação da quinta podia estar nos fornos. Estaria – tinha a certeza, se eles viessem parar à sua mão» (Carlos de Oliveira, Uma Abelha na Chuva, 1953).
4. «O dinheiro dar-me-á para viver os poucos anos de vida que me restam e de novo à tua mão irá parar» (Tomaz Ribas, Montanha Russa, 1946).
1 Existe também «à mão» que ocorre em «fazer à mão», equivalente a «fazer manualmente, sem meios mecânicos nem automáticos».