As duas construções podem ser consideradas corretas.
Nas construções apresentadas, o verbo haver (que)1 funciona como um auxiliar modal que exprime um valor de obrigação equivalente ao expresso pelo verbo ter (de)2, pelo que consideramos que os comportamentos destas construções são similares. Assim, a situação que é considerada normativa corresponde à próclise, ou seja, à anteposição do pronome clítico relativamente ao verbo, como se observa em (1) e (2):
(1) «Há que o fazer.»
(2) «Há que a condenar.»
Nestes casos, o pronome é atraído por que que funciona como atractor de próclise.
Não obstante, nestes mesmos contextos, a ênclise é também aceitável3:
(3) «Há que fazê-lo.»
(4) «Há que condená-la.»
Para outros esclarecimentos relativos à colocação dos pronomes clíticos, consulte as perguntas relacionadas.
Disponha sempre!
1. A construção haver que é considerada por alguns gramáticos um decalque do espanhol que deverá ser substituído por expressões como «é necessário», «é preciso» (cf. Resposta sobre o tema aqui)
2. A construção ter que é também possível, embora seja considerada menos normativa.
3. Para um aprofundamento da colocação dos pronomes clíticos na frase, cf. Mira Mateus et al., Gramática da língua portuguesa. pp. 861-865.