Tenho uma curiosidade de saber de onde surgiu uma forma de falar, negar enfaticamente algo. Talvez seja um regionalismo da região onde moro aqui no Brasil. De qualquer forma, queria compartilhar.
Toda vez que alguém quer dizer que não deseja ou não aceita algo e quer expressar isso com bastante veemência, usa a expressão «é de». Por exemplo, se alguém oferece uma comida a uma pessoa X, esta pessoa, para dizer que não quer, bastaria simplesmente dizer «não, obrigado» ou simplesmente «não quero», mas diz assim: «Eu é de querer isso! Nem gosto!»
Por que na frase «O horror da cena atraía os olhos, mas eu os desviava, talvez pensando assim: tudo desaparece, tudo é fantasia» possui aposto explicativo?
Isto é, «tudo desaparece, tudo é fantasia» sendo aposto de «assim»?
Não deveria ser considerado como objeto direto, uma vez que «assim» é adjunto adverbial, ou seja, termo acessório?
Ou será que é porque o «assim» é um termo catafórico que introduz um aposto? Se sim, quais seriam os termos catafóricos? Pensei que seriam só os pronomes demonstrativos.
Na estrutura oracional «Não entendo: a palavra comissária vem de comissão, não é?», a oração que segue os dois pontos desempenha a função sintática de aposto?
O meu grande agradecimento ao ciberduvidas. E felicitações pelo contributo para a Língua Portuguesa.
A resposta foi dada em várias entradas. Parece consensual esta forma:
«— Amanhã vai chover — disse o Manuel. — O céu está muito escuro. Neste exemplo, o primeiro travessão serve para introduzir a fala da personagem (3), e o segundo, para separar o que é fala da personagem do que é discurso do narrador. O primeiro ponto justifica-se porque termina o período (2). O terceiro travessão é de novo sinal de introdução do discurso directo e termina com a pontuação respetiva. Como o locutor é o mesmo, não há mudança de linha.»
Encontro uma forma diferente de pontuação e de uso da maiúscula na frase intercalada num autor e peço esclarecimento sobre a sua correção e aceitação:
A «– Nem desses plenários tive conhecimento. – Garanti. – Nada tenho a ver com isso.»
B «– Simplifiquei ao máximo e menos do que isto é impossível. – Explicou. – Mas eles não querem estudar e não vão concordar com nada.»
C «– Como não há?! – E eu próprio fui procurar aquele produto insubstituível. – Ora vê! Está aqui!...»
Muito obrigada.
«Ela respondeu:
– São quatro horas.»
Neste diálogo, como se classifica a segunda oração?
Muito grata pela colaboração e saber.
O que caracteriza o discurso direto livre? Como se distingue este do discurso indireto livre?
Obrigada.
Gostaria de saber qual a diferença entre expressões populares e expressões idiomáticas, se possível com exemplos.
Uma amiga minha, jornalista e tradutora uruguaia, consultou-me sobre a expressão finca-ratunha («Até parece que é por finca-ratunha!»). Confesso o meu desconhecimento. Podem ajudar?
Quero fazer uma dedicatória em minha dissertação a minha avó já falecida. Como escrevo?
Por exemplo: «À minha avó (in memoriam).»
Está certo assim?
Sou professora de 1.º ciclo e surgiu uma dúvida num texto. Não sei se se trata de um narrador participante ou não participante. Passo a transcrever:
Decididamente, o meu amigo Inocêncio, com o seu espírito fraco e facilmente influenciável por tudo e por todos, há de acabar por acabar mal... Ora imaginem para o que lhe deu: sentindo-se ligeiramente indisposto foi a conselho da esposa e pela primeira vez na sua vida ao médico.
— Todo o seu mal deriva do pâncreas!
— De quem, doutor?— inquiriu alarmado o Inocêncio...
O texto continua sempre na 3.ª pessoa do singular. Mas, como começa na 1.ª pessoa do singular, surgiu a dúvida.
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