A anáfora é o «processo pelo qual um termo gramatical (um pronome ou um advérbio de lugar, p. ex.) retoma a referência de um sintagma anteriormente us. na mesma frase (p. ex.: Comeram, beberam, conversaram, e a noite ficou nisso) ou no mesmo discurso (p. ex.: Fui ao Museu de Artes Modernas. Lá, encontrei vários de meus amigos)» (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa).
A catáfora é definida pelo Dicionário de Termos Linguísticos do seguinte modo: «Relação de dependência entre A e B em que B precede A numa relação paralela à da anáfora. Exemplo: "desde que a Maria o deixou, o João nunca mais foi o mesmo", o significado do pronome complemento (o) da primeira oração é determinado pelo SN (o João) da segunda oração.»
A anáfora e a catáfora correspondem ao uso de palavras (operadores) que apontam para o próprio texto. Por conseguinte, são parte dos fenómenos que constituem a chamada deixis textual, mas que não se confundem com a deixis propriamente dita, que aponta para o contexto situacional.