Qual a regra que sustenta a passagem do verbo ir para vir quando se passa do discurso direto para indireto?
Por ex.:
«Vim cá hoje com muito sacrifício só para te dizer adeus», disse o velho do realejo à miúda.
O emissor do discurso indireto é o narrador, não a miúda.
Gostaria de saber se o verbo achar na primeira pessoa do presente do singular é dúvida ou afirmação. Ex.: «Acho que amo você.»
Estou com uma dúvida sobre textos narrativos. Quando narramos em 1.ª pessoa, usamos sempre o discurso direto? E o que são rubricas que servem de orientação para atores e diretor?
Obrigada!
Gostaria, se fosse possível, que as minhas dúvidas fossem esclarecidas pelo dr. D´Silvas Filho, cuja clareza de raciocínio e de expressão eu admiro profundamente.
Tenho algumas dúvidas que têm que ver com o discurso directo. Como devo pontuar as frases seguintes?
Exemplo 1:
— Que belo carro! — exclamou Pedro. — Gostava que fosse meu.
ou
— Que belo carro! — exclamou Pedro — Gostava que fosse meu.
Exemplo 2:
— Queres vir comigo? — perguntou Joana. — Não me demoro.
ou
— Queres vir comigo? — perguntou Joana — Não me demoro.
Estão bem pontuadas as seguintes frases?
— Eu não vou — afirmou João. — Estou farto.
— Ela dorme — afirmou Tânia —, mas ouve tudo.
Muito obrigada!
Posso considerar assertivo, directivo, promissivo e expressivo como tipos de discurso?
Os tipos de discurso cingem-se ao directo/indirecto, ou existem outros? Quais?
Muito obrigado.
Desejava saber qual a forma correcta de fazer o seguinte diálogo:
— Desculpa, querido, tu equilibras-te. — Ela largou-o e ele voltou ao seu equilibrismo.
ou
— Desculpa, querido, tu equilibras-te — ela largou-o e ele voltou ao seu equilibrismo.
ou
— Desculpa, querido, tu equilibras-te.
Ela largou-o e ele voltou ao seu equilibrismo.
Estão as três correctas?
Qual a forma aconselhável?
Tenho uma pequena dúvida relativamente a esta questão, que as perguntas no vosso arquivo não me esclareceram completamente.
Concordamos que podemos construir um discurso directo mais ou menos assim:
— Amanhã vai chover — disse o Manuel. — O céu está muito escuro.
Por uma questão de coerência com as normas ortográficas (embora se conceda alguma liberdade de estilo em alguns casos), o ponto final do discurso do narrador encerra também a primeira afirmação do diálogo, começando a fala do narrador em minúsculas.
Mas veja-se este caso:
— Amanhã vai chover. — O Manuel voltou-se da janela para a sala. — O céu está muito escuro.
Ora, não temos aquele momento de explicação do diálogo pelo narrador (apontando o tom com que afirmou, se afirmou ou exclamou, se foi este ou outra personagem a falar…), mas uma informação contextualizadora diferente (neste caso, cinética), que complementa, mas que não comenta o acto do falante.
Assim sendo, a pontuação tal como assinalei está correcta, ou admite-se outra representação?
Em inglês parece muito comum esta situação, substituindo-se pelas aspas os nossos mais tradicionais sinais de pontuação do discurso directo, bem como a criação de núcleos de sentido, parágrafo a parágrafo, conjugando-se em cada um deles a fala de um personagem com o que o narrador tem a dizer sobre ele.
Obrigada.
Gostaria de saber como se classificam as frases complexas cujas orações se repartem pela introdução do discurso directo e o discurso directo propriamente dito. Exemplo:
«Quando o José abriu a caixa disse:
— É para mim!»
Atentando na frase/oração introdutória, se a 1.ª oração é facilmente classificável (subordinada adverbial temporal), já a segunda, ao reduzir-se apenas ao verbo declarativo «disse», suscita algumas dúvidas, pois um dos constituintes fundamentais deste verbo — o complemento directo (CD) — é enformado pela frase simples já em discurso directo. Assim, poderá «disse» ser considerado por si só oração subordinante ou, pelo contrário, e como está em falta um dos elementos essenciais por ele pedido, não poderá de modo algum sê-lo? Caso não possa considerar-se como oração principal, como classificá-lo? E a oração subordinada adverbial continua a sê-lo?
Quanto à frase já em discurso directo («É para mim!»), devemos classificá-la como frase simples (porque o é por si só), ou, sabendo nós que se trata do CD do verbo declarativo antecedente, devemos analisá-la na sua forma de discurso indirecto e classificá-la como oração subordinada completiva?
O mesmo para «Penso — disse meu pai — que te darás melhor em letras»: «disse meu pai» — frase simples, ou, convertendo toda a frase para o discurso indire{#c!}to («O meu pai disse que pensava que me daria melhor em letras»), oração subordinante?
Já agora, aproveito para colocar a mesma questão em relação a frases complexas na interrogativa. Exemplo: «Será que expulsá-lo da aula foi bem pensado?»
Espero ter sido clara na exposição da dúvida.
Obrigada.
Se no discurso directo o verbo aparecer no pretérito imperfeito do indicativo, como mudá-lo para o discurso indirecto, uma vez que, nas gramáticas que tenho consultado, este caso não aparece. Ou vamos fazer o inverso, isto é, pôr o verbo no presente?
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