Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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António José Ferreira Eusébio Pequicho Desempregado Nazaré, Portugal 22K

Como vivi, estudei e tenho família na vila de Luso, tenho dúvidas em relação ao nome da serra que a acalenta – «serra do Buçaco» ou «Bussaco». Tenho lido diversas publicações ou estudos sobre a maneira ortograficamente correta, com explicações académicas e referências de especialistas na matéria. Juntando tudo isto, levo a concluir que a forma correta seja Buçaco. Será? Muito agradecia uma resposta sobre este assunto, baseado, se possível, em autores especializados e respetivos tomos específicos e credíveis.

Com os melhores cumprimentos.

Armando Garcia Aposentado Évora, Portugal 4K

Por haver uma vila que se chama Redondo, como dizer: «nasci no Redondo», ou «nasci em Redondo»?

Nuno Raimundo Arquiteto Lisboa, Portugal 10K

Diz-se «jogar à bola», mas «jogar futebol», «jogar às cartas», mas «jogar no computador», «jogar à bisca» e «jogar póquer».

Existe alguma regra que determine quando se deve usar «jogar» e «jogar a»?

E, a propósito, qual a função sintáctica dos elementos que se seguem a «jogar» e «jogar a»?

Obrigado pela vossa ajuda.

David Manuel da Silva Mourão Pinheiro Tradutor Sant Pere de Vilamajor (Barcelona), Espanha 10K

Gostava de saber qual é a forma correta do verbo enxaguar na 3.ª pessoa singular do Imperativo: enxague, ou enxagúe. Eu pronuncio "enxagúe", não sei se erroneamente, e o dicionário Priberam dá-me a razão, mas é o único, porque tanto o da Porto Editora (Infopédia) como o livro de verbos que tenho por aqui como o Lince me dizem que se escreve "enxague", de modo que tenho de assumir que esta é a forma correta. A minha dúvida agora é relativamente à pronúncia: "en'xague"?

Nota: Para o corretor do Word, tanto lhe dá uma forma como a outra...

Patrícia Abreu Funcionária Pública Ponta Delgada, Portugal 4K

Nas frases abaixo, qual é a função sintática das expressões que se seguem à forma verbal?

«O casaco custou cerca de 20 euros», «O casaco custou 20 euros», «O casaco custou muito dinheiro».

Obrigada.

Vicente Martins Professor universitário Sobral, Brasil 8K

Tenho visto, com relativa frequência nas mídias (FB, cartuns). a grafia "afinzona" como em «não posso dar muita bandeira de que estou afinzona dele». É assim mesmo que deve ser grafada esta palavra? Fico na dúvida porque "afinzona", ao certo, deriva da locução  «a fim de».

Poderíamos falar neste caso de formação por parassíntese?

Carla Matos Terapeuta da fala Braga, Portugal 5K

Gostaria que me indicasse e justificasse o processo de formação da palavra esbracejar.

Obrigada.

João Miranda Intérprete Bruxelas, Bélgica 5K

Será admissível usar o verbo "pseudonomizar" (o contexto é o do tratamento dos dados pessoais dos registos criminais)? Alguma alternativa mais vernácula?

Muito obrigado!

Isabel Lourenço Secretária Coimbra, Portugal 33K

Pedia o favor de me esclarecerem uma dúvida. Sobre o poema O gato de louça, de Álvaro Magalhães (Porto, 1951), foi feita a seguinte pergunta: «Transcreve da segunda estrofe o verso que contém uma personificação.» Passo a transcrever as duas primeiras estrofes, no sentido de facilitar a resposta:

1 – «Coitado do gato de louça/pousado na mesa redonda,/sobre um pano de renda./Não há quem lhe fale./Não há quem o ouça.»

2 – «Nunca se mexeu,/nem quando as moscas lhe pousavam no nariz./Nunca ninguém o ouviu miar./Testemunha silenciosa/da vida no corredor,/o gato de louça viu tudo/o que ali fizemos em segredo/e não disse nada a ninguém.»

Na minha opinião, o único verso da 2.ª estrofe que contém uma personificação é «e não disse nada a ninguém», uma vez que a fala é própria apenas do ser humano. O mesmo já não se pode dizer de «o gato de louça viu tudo», pois outros seres vivos são dotados de visão. Penso tratar-se de animismo (?).

Obrigada.

Carla Henriques Enfermeira Odivelas, Portugal 3K

Gostaria de esclarecer uma dúvida que está relacionada com a prolepse. Se uma personagem está a ter um sonho premonitório, isso poderá ser considerado uma prolepse?

Dou como exemplo o texto Leandro, Rei da Helíria [de Alice Vieira], quando o rei ou a filha Violeta têm os sonhos premonitórios do que mais tarde virá a suceder.

Obrigada.