«O prussiano não se atirou sobre o oponente, tamanho era seu espanto.» Como se classificam as orações na frase?
Observo que, se a ordem delas for alterada – «Tamanho era seu espanto que o prussiano não se atirou sobre o oponente» –,curiosamente, a análise se altera também. Porquê?
Obrigado.
«Fui o pajem das alamedas insuficientes às horas aves do meu sossego azul.» Refiro o excerto acima do Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa (fragmento 156.º), que me deixa interrogativo sobre a inserção de 'aves' numa categoria gramatical – neste contexto, claro está. Supus que fosse adjetivo, mas não encontro dicionário que categorize a palavra como tal.
Obrigado!
A propósito da ilustração ao lado, e chamando-se esta associação humanitária “Um Lugar para o Joãozinho”, a palavra “pró” que vemos na imagem deveria estar escrita com acento grave (prò), uma vez que a contração de “para + o” dá “prò”.
O Dicionário Priberam diz-nos que esta grafia foi «alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990: pro”, o mesmo acontecendo com a contração de “para + a”: pra.
De facto, pelo Acordo Ortográfico de 1990 (Base XII), o acento grave só está previsto para a contração da preposição “a” com as formas femininas do artigo ou pronome demonstrativo (à, às) e com o demonstrativo “aquele” e suas flexões (àquele, àquela…).
A minha questão é a seguinte: perdendo “prò” e “prà” o acento segundo o AO90, e sabendo que todas as palavras agudas terminadas em “a” e “o” abertos são acentuadas graficamente, não deveriam estas palavras ter, então, acento agudo (pró, prá)?
Muito obrigado.
Na frase «Eles jogam golfe regularmente.», «regularmente» é modificador de grupo verbal ou modificador de frase?
Eu diria, em primeira análise, que é de grupo verbal, porque, a meu ver, pode ser interrogado e negado:
É regularmente que eles jogam golfe? Eles jogam golfe não regularmente.
Além disso, não se trata de uma intervenção do interlocutor, mas sim da constatação de um facto.
Creio que está ao mesmo nível que «diariamente» na frase «Eles treinam diariamente futebol.»
No entanto, têm-me dito que é de frase e estou baralhada, porque não percebo porquê…
Podem ajudar-me?
Conhece-se a origem da expressão «conversa fiada». Terá a ver com fiar de ficar a dever ou ir fiando um fio de conversa?
Desde já obrigada.
Na frase «Não comeste nada.», qual a função sintática desempenhada por nada? Ao que parece, será a de complemento direto, sendo que nada será um pronome indefinido. Contudo, a sua sobrevivência ao teste de substituição por pronomes pessoais átonos (o, os) é duvidosa. Foi uma questão levantada pelos meus alunos de 11.º ano, que me parece bastante plausível. Podem ajudar-me a tornar a situação mais clara?
Segundo a gramática de Lindley Cintra, semivogais são os fonemas /i/ e /u/ quando juntos a uma vogal com ela formam uma sílaba. A minha dúvida é se i e u estiverem juntos numa palavra a formarem uma sílaba qual dos dois fonemas é a semivogal e qual é a vogal. Qual é o critério?
Obrigado.
Nenhum dicionário regista o termo “destitutivo”. Será um erro, um neologismo ou uma falha dos dicionários?
Muito obrigado.
Nas palavras céu e desapareceu, a rima é toante ou consoante?
Tenho uma dúvida sobre as palavras neófilo e neófito. Me parece ser muito sutil a diferença, mas ainda persiste a dúvida. Poderiam esclarecer melhor?
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