Como se diz corretamente: «fui ao pilates» ou «fui aos pilates»?
Não existe a palavra "indignificar" cujo significado seria «tornar indigno» (não confundir com indignar)? Imagino uma frase assim: «Não cometa essa indignidade que só o indignificará.» Fui suficientemente claro? Pode por favor dar-me a sua opinião?
Obrigado.
A minha dúvida prende-se com a forma correta de empregar o plural ou singular com as conjunções e e ou. Por exemplo, qual a forma correta de apresentar a seguinte frase?
– A informação deve ser registada nos impressos A ou B.
Ou
– A informação deve ser registada no impresso A ou B.
É que apesar de se referirem dois impressos na frase, não se usa a conjunção e, mas sim, a ou, destacando que se usará um em alternativa ao outro.
[Sobre] «tá quente pra c...»
«Tem estado "um calor e ananases", como diria Fradique Mendes, pela pena de Eça de Queirós. Por estes dias, podem usar-se outras frases castiças caídas em desuso como “está de rachar” ou “derrete os untos!” Denise e Raimundo, brasileiros de Santa Catarina, chegaram esta semana a Lisboa. Pouco dados à leitura de Eça, escolheram tiradas como “tá quente pra caracá” e “tá quente pra dedéu!”, para terminarem com um estrondoso “tá quente pra c…!” […]
Victor Bandarra, "Calores Luso-brasileiros", Correio da Manhã / Revista Domingo, 26.8.2018, p. 25
Todos sabemos de antemão com o que «c...» está conotado. Que nome se dá a esta arte de abreviar palavras com reticências?
Obrigado.
Na frase «chamavam gulosa à Maria», qual é a função sintática de gulosa?
Obrigada.
Ao falar com uma brasileira, perguntei-lhe se íamos ganhar o Mundial [de futebol]. Respondeu «Não sei. Está dando tanta zebra!». Tive de ir ver o que significa: «Aplica-se quando um equipa considerada favorita pela sua maior qualidade é derrotada por outra de menor gabarito.» Mas fiquei curioso acerca da origem de tão estranha expressão.
Obrigado.
«O prussiano não se atirou sobre o oponente, tamanho era seu espanto.» Como se classificam as orações na frase?
Observo que, se a ordem delas for alterada – «Tamanho era seu espanto que o prussiano não se atirou sobre o oponente» –,curiosamente, a análise se altera também. Porquê?
Obrigado.
«Fui o pajem das alamedas insuficientes às horas aves do meu sossego azul.» Refiro o excerto acima do Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa (fragmento 156.º), que me deixa interrogativo sobre a inserção de 'aves' numa categoria gramatical – neste contexto, claro está. Supus que fosse adjetivo, mas não encontro dicionário que categorize a palavra como tal.
Obrigado!
A propósito da ilustração ao lado, e chamando-se esta associação humanitária “Um Lugar para o Joãozinho”, a palavra “pró” que vemos na imagem deveria estar escrita com acento grave (prò), uma vez que a contração de “para + o” dá “prò”.
O Dicionário Priberam diz-nos que esta grafia foi «alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990: pro”, o mesmo acontecendo com a contração de “para + a”: pra.
De facto, pelo Acordo Ortográfico de 1990 (Base XII), o acento grave só está previsto para a contração da preposição “a” com as formas femininas do artigo ou pronome demonstrativo (à, às) e com o demonstrativo “aquele” e suas flexões (àquele, àquela…).
A minha questão é a seguinte: perdendo “prò” e “prà” o acento segundo o AO90, e sabendo que todas as palavras agudas terminadas em “a” e “o” abertos são acentuadas graficamente, não deveriam estas palavras ter, então, acento agudo (pró, prá)?
Muito obrigado.
Na frase «Eles jogam golfe regularmente.», «regularmente» é modificador de grupo verbal ou modificador de frase?
Eu diria, em primeira análise, que é de grupo verbal, porque, a meu ver, pode ser interrogado e negado:
É regularmente que eles jogam golfe? Eles jogam golfe não regularmente.
Além disso, não se trata de uma intervenção do interlocutor, mas sim da constatação de um facto.
Creio que está ao mesmo nível que «diariamente» na frase «Eles treinam diariamente futebol.»
No entanto, têm-me dito que é de frase e estou baralhada, porque não percebo porquê…
Podem ajudar-me?
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