Gostaria de saber se podemos colocar vírgula a seguir a um complemento direto, quando este inicia a frase, como por exemplo na seguinte frase: «O livro, deu-lhe ele.»
E poderá acontecer o mesmo com o complemento indireto?
Muito obrigada.
Na seguinte frase o uso de preposição a ou em antes de «altas horas» é obrigatório?
«Fotos de alta qualidade até mesmo altas horas da noite.»
«Fotos de alta qualidade até mesmo a altas horas da noite.»
Pergunto, porque acreditava que a elipse da preposição era permitida e recorrente em casos nos quais a circunstância adverbial fica clara pelo contexto, mas fui informada de uma regra que diz que o uso da preposição é obrigatório para evitar ambiguidade entre tempo contínuo e um período determinado de tempo. Essa regra procede e se aplica ao contexto acima?
No excerto do texto
«A outra circunstância é altamente importante, e modifica radicalmente a maneira como Orpheu tem sido visto. Na verdade, após essa revista e outras igualmente efémeras (ou que não chegavam sequer à informação da grande imprensa e ao público em geral), o Modernismo foi longamente ofuscado pela continuidade literária anterior»
«Orpheu» e «essa revista» podem constituir um caso de coesão lexical por substituição, sendo «revista» um hiperónimo de «Orpheu»? Ou a presença do determinante demonstrativo «essa» inviabiliza esta hipótese. Se assim for, será um caso de coesão gramatical referencial por correferência? Se sim, porquê?
Muito agradeço, antecipadamente, a vossa resposta.
Tenho uma dúvida suscitada por um amigo meu brasileiro.
Esse meu amigo referiu há uns dias que, no Brasil, a frase «estou fascinado pelo arco-íris» é considerada pouco apropriada para um texto erudito. Isto por muitos escritores brasileiros considerarem que a contração pelo, que é resultado da aglutinação da antiga preposição per com o artigo ou pronome lo ou resultado da aglutinação de por e o, é informal e deve ser substituída por «por o», ficando: «Estou fascinado por o arco-íris.»
Eu, que sou português, pergunto agora se aqui em Portugal se segue similar ideia. O que será mais conveniente para um texto erudito do português europeu?
«Estou fascinado pelo arco-íris», ou «Estou fascinado por o arco-íris»?
Desde já agradeço a atenção dispensada.
Oiço cada vez mais a expressão «faz-me sentido» com a intenção de dizer algo como «penso que faz sentido». Creio que esta utilização não está correcta[*], pois «faz-me sentido» significaria que me teriam feito ou dito algo que me magoou, que me deixou "sentido".
Infelizmente, os meus conhecimentos de gramática e afins estão muito ferrugentos e não consigo justificar a minha opinião na totalidade. Será que me podem esclarecer?
Muito obrigado.
[* Manteve-se a grafia correcta, anterior à norma ortográfica em vigor.]
Como estudante universitário, decidi comprar dois exemplares de Alice no País das Maravilhas traduzidos por duas tradutoras diferentes. No seguimento da leitura destes livros, deparei-me com umas dúvidas relativas à pontuação.
Em primeiro lugar, está correta a frase «Alice começava a aborrecer-se imenso de estar sentada à beira-rio com a irmã, sem nada para fazer: espreitara uma ou duas vezes para o livro que a irmã lia, mas não tinha gravuras nem diálogos»? Está correcto o uso da preposição de, ao invés da preposição por, que, no meu ver, me parece ser mais correta? E o uso dos dois pontos?
Em segundo lugar, tendo por base a frase «Em primeiro lugar, tentou lobrigar qualquer coisa lá em baixo e perceber para onde ia, mas estava demasiado escuro; depois, olhou para as paredes do poço...», não seria mais correto reformulá-la da seguinte maneira: «Em primeiro lugar, tentou lobrigar qualquer coisa lá em baixo e perceber para onde ia. Mas estava demasiado escuro; depois, olhou para as paredes do poço...»?
As minhas dúvidas prendem-se, pois, com a pontuação, as preposições e os sinais de pontuação que acompanham a conjunção mas.
Grato pela atenção.
Quais das duas seguintes formas estão corretas?
a) "Analisando-se os autos, verifica-se que (...)";
b) "Analisando os autos, verifica-se que (...)".
A segunda forma é usada com frequência. Se ela está correta, por qual razão dispensa o uso da partícula "se"?
Grato.
Relativamente ao verbo restringir, consultei a vossa resposta em 16/04/2004, mas não fiquei esclarecida.
Restrito é exclusivamente um adjetivo? Ou seja, dizer algo como «o acesso foi temporariamente restrito» está errado?
Muito obrigado e cumprimentos.
Como se diz [em espanhol] terna em português? Ou seja, o conjunto de três candidatos para realizar um trabalho. Existe o conceito?
O termo monotético parece fazer parte do vocabulário do português do Brasil, (significando «uma classificação que utiliza apenas um critério diferenciador»1) assim como da língua inglesa (monothetic: "That assumes or is based on a single essential element or idea"2).
Haverá alguma expressão, no português de Portugal, com significado similar?
1 Dicionário Informal, em linha.
2 Oxford English Dictionary, em linha [tradução livre da frase em inglês: «que supõe ou é baseado num único elemento ou ideia essenciais»]
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