Em Portugal, se o grupo nominal – o arco-íris – não tiver função sintática noutra oração, então dá-se a contração da preposição com o artigo: «estou fascinada pelo arco-íris». No entanto, se o grupo nominal tiver função sintática noutra oração, como por exemplo «estou fascinado por o arco-íris ter tantas cores», em que o grupo nominal se insere na oração infinitiva, não se dá a contração da preposição com o artigo.
O mesmo acontece no português do Brasil. Veja-se, por exemplo, o que diz Celso Cunha: «Quando a preposição que precede o artigo está relacionada com o verbo, e não com substantivo que o artigo introduz, os dois elementos ficam separados [por o]» (Gramática do Português Contemporâneo. Editora Bernardo Alvares S. A.: Belo horizonte, 1970, p. 146). O mesmo autor afirma que « antiga preposição per contraía-se com lo(s), la(s), formas primitivas do artigo definido, produzindo pelo(s), pela(s). Essas contrações ainda hoje se usam em lugar de por o(s), por a(s)» (idem).
A regra aplica-se, portanto, tanto em Portugal como no Brasil e até mesmo nos restantes países de língua portuguesa.