DÚVIDAS

O uso frásico do advérbio estritamente
Há algo que vi recentemente, nunca havia pensado nisso, mas me surgiu do nada. Em casos como «É proibido estritamente usar, copiar ou referir-se a qualquer tipo de conteúdo protegido por direitos autorais», o correto seria «se referir», já que o advérbio estritamente estaria diretamente ligado aos três verbos, forçando o uso da próclise? Ou ele só modificaria o primeiro verbo, como por exemplo: «Fuja imediatamente caso se sinta, veja-se ou imagine-se em situação de perigo.» Ou, nesses casos, o advérbio obrigatoriamente deve estar entre vírgulas, podendo-se utilizar a ênclise? Agradeço desde já.
«Ao contrário do que se pode pensar»
– oração subordinada conformativa
No período «para fazer isso, ao contrário do que se pode pensar, é importante ter dúvidas», «ao contrário do que se pode pensar» é uma oração intercalada? Caso não o seja, como deve ser classificada? Ainda sobre a mesma oração, à primeira vista interpretei «ao contrário» como locução adverbial e «do que se pode pensar» como oração subordinada substantiva completiva nominal. Ocorre que encontrei uma explicação que classificava «que se pode pensar» como oração subordinada adjetiva, considerando pronome demonstrativo o o (contido em de+o). Qual das interpretações é correta? Se a referida oração for subordinada substantiva completiva nominal, estaria ela subordinada à locução «ao contrário»? E se «que se pode pensar» for adjetiva, qual a função sintática de «ao contrário». Agradeço por este e por tantos outros esclarecimentos com os quais fui presenteado por vocês!
O complemento do nome e o adjetivo relacional
nas expressões «encontro de cientistas» e «encontro científico»
Antes de mais, quero agradecer e elogiar o vosso precioso trabalho, pois tem-me sido muito útil. Por vezes, fico baralhado com estas duas funções sintáticas até porque já me deparei com diferentes classificações apresentadas em cadernos de atividades para a mesma frase. Tomemos como exemplo as seguintes frases [sic]: «O encontro de cientistas»; «O encontro internacional de cientistas»; «O encontro científico»; «Indústria sueca»; «economia europeia»; «O livro de português». Nas frases apresentadas, como já vi diferentes classificações, afinal são modificadores ou complementos? Já agora aproveito para tirar outra dúvida: «Versões tradicionais» – trata-se de um adjetivo qualificativo ou relacional? Agradeço a atenção que, certamente, dispensarão às minhas questões.   [N.E. – Os exemplos apresentados não são frases, mas sim sintagmas ou grupos nominais.]
O sujeito e o predicativo do sujeito
na frase «A personagem principal é a Sementinha»
Na frase «A personagem principal é a Sementinha», qual é o sujeito? Na minha opinião o sujeito é «a Sementinha» já que «a personagem principal» é o predicativo de sujeito. No entanto, na correção proposta pelo manual de Português do meu filho, a resposta é precisamente o contrário. Como pode um nome próprio, neste caso Sementinha (da obra de Alves Redol), ser um predicativo de sujeito? Agradeço os vossos esclarecimentos.
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