Muito se tem falado de galicismos e estrangeirismos, que são de evitar sempre que se tem o equivalente vernáculo. Eu estou de acordo, mas há dias disseram-me que o uso de expressões em latim também seriam de evitar porque eram um atentado à língua de Camões. Será que é de mau gosto fazer-se uso de expressões em latim, tais como por exemplo: "tutti quanti", "sine qua non", etc.
Qual é a vossa opinião?
Obrigado.
Parece que muitos brasileiros não querem admitir que pronunciam o (artigo) e -o (vogal final) como /u/. Eles falam /u/ mas dizem que isso não é /u/ e que é sim /ó/.
Vejamos:
a mãe
ó mãe
ó pai
o pai
Ó pai e o pai /u pai/ não são a mesma coisa.
Parece-me que quando se grita ou fala devagar -o e o (artigo) soam mais como ô ou até como ó. Isso acontece no Brasil, mais também em Portugal!!!
Por exemplo:
Bernardooooooo! é /bernardôôôôôôôôôô/ ! e não /bernarduuuuuuuuuu/!
Porque tanta alteração do timbre? É a grafia para culpar, acho eu, se a vogal "o" final se escrevesse como -u (como em romeno) isso não aconteceria.
Mas, porque é que se a vogal -o final e a palavra o pronunciam como /u/? (em Portugal qualquer vogal o átona pronuncia se assim, por isso dormir /durmir/ deu durmo, chover /chuver/ deu chuva e não chova...)
Obrigado.
A gramática espanhola escrita pelo croata V. Vinja diz que em castelhano as vogais a, e, i, o, u pronunciam-se mais ou menos como em croata e em latim clássico. Quer dizer que nem "e" nem "o" são abertas ou fechadas. E isso é verdade. No espanhol pode às vezes soar como nó, mas também pode soar como nô.
Qual é a origem das vogais abertas e fechadas em português? Sei que, como em italiano, tem algo a ver com a duração das vogais latinas clássicas, que foram substituídas pelas vogais fechadas e abertas em latim vulgar. Porque isso não aconteceu em espanhol? O timbre é importante em italiano e ainda muito mais importante em português. Por exemplo: "vénti" em italiano quer dizer "ventos" e "vênti" quer dizer "vinte". Em português o melhor exemplo são "avó" e "avô". Muitas vezes o italiano e o português têm o mesmo timbre nas palavras da mesma origem. Por exemplo diz-se vérde, bélo, preciôso em português e vérde, béllo, preziôso em italiano. Mas, também há diferenças. Algumas delas podem-se prever. Por exemplo em italiano diz-se témpo, vénto. Em português essa vogal é nasal e como tal deve ser fechada. Outro problema é quando as diferenças não se podem prever. Por exemplo em português "hora" e "ora" pronunciam-se como /óra/. Porém, em italiano "ora" pronuncia-se /ôra/. Como assim tanta diferença?
Num dicionário português-alemão li que as palavras "novo", "maravilhoso" e muitas outras têm plural aberto por razões históricas. O mesmo é que o senhor Caffé me disse sobre a pronúncia brasileira de "senhora" (razões históricas).
Escrevem-me algo a respeito do timbre?
Muito obrigado.
Num texto de 1728, encontrámos o seguinte vocábulo:
"A peleja mais parecia facco que batalha".
Lê-se muitas vezes e também se ouve, por exemplo, "no final de Maio" em vez de "no fim de Maio". Ao utilizarmos "no inicial de Maio" em vez de "no início de Maio", logo me surge a dúvida se se estará a empregar bem estas palavras. Não será mais correcto usar-se "a parte final de Maio" e "a parte inicial de Maio"?
Agradecido antecipadamente.
Sabemos que português europeu e português brasileiro formal conhece três pronomes demonstrativos: este (esta), esse (essa), aquele (aquela). Mas na fala brasileira não se usam as palavras "este" e "esta" e são sempre substituídas por palavras "esse" e "essa". Assim, o português brasileiro falado afasta-se do português europeu (e brasileiro formal) e do espanhol, e aproxima-se ao inglês (this/that). O italiano também conhece isso. Fala (ou melhor: escrita) formal italiana conhece três pronomes demonstativos: questo (este), codesto (esse), quello (aquelo). Mas hoje em dia já não se ouve codesto. Usa-se questo e quello. Como em português brasileiro: esse e aquele. O que acontece com "este" e "esta" acontece também com "isto". Acontece desaparecimento. Isso (isto) não é uma dúvida, mas por favor dêem-me seus comentários.
Agradecido.
Encontrei a seguinte descrição num frasco de um produto cosmético: "Creme de gomagem".
Procurando em vários dicionários, não encontrei esta palavra.
Agradeço se possível um esclarecimento sobre o significado de tal, se de facto existe na Língua Portuguesa.
Muito obrigado.
Gostaria de que me pudessem informar como se escreve em Latim justamente esta frase do título: "se visam a vida, preparem-se para a morte." E também como ficaria ela, em Latim, com os verbos na segunda pessoa do singular e com o verbos na segunda pessoa do plural.
Desculpem por não ser isso uma dúvida de Português, mas como é a tradução de uma frase bem simples, espero que nesta seção "Correio" possa obter as informações pedidas.
Obrigado pela atenção.
Pretendia saber o significado da expressão "contratante adimplente".
Efectuei a pesquisa e apareceu-me a explicação para "inadimplência" o que já me orientou bastante sobre o significado desta palavra, mas como precisava de ter uma ideia mais precisa ainda sobre esta expressão, venho solicitar a vossa ajuda para o efeito.
Será que significa algo do género: a contratante que detém a dívida?...
Fico a aguardar a vossa resposta, agradecendo desde já a atenção dispensada.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações