Origem das vogais abertas e fechadas
A gramática espanhola escrita pelo croata V. Vinja diz que em castelhano as vogais a, e, i, o, u pronunciam-se mais ou menos como em croata e em latim clássico. Quer dizer que nem "e" nem "o" são abertas ou fechadas. E isso é verdade. No espanhol pode às vezes soar como nó, mas também pode soar como nô.
Qual é a origem das vogais abertas e fechadas em português? Sei que, como em italiano, tem algo a ver com a duração das vogais latinas clássicas, que foram substituídas pelas vogais fechadas e abertas em latim vulgar. Porque isso não aconteceu em espanhol? O timbre é importante em italiano e ainda muito mais importante em português. Por exemplo: "vénti" em italiano quer dizer "ventos" e "vênti" quer dizer "vinte". Em português o melhor exemplo são "avó" e "avô". Muitas vezes o italiano e o português têm o mesmo timbre nas palavras da mesma origem. Por exemplo diz-se vérde, bélo, preciôso em português e vérde, béllo, preziôso em italiano. Mas, também há diferenças. Algumas delas podem-se prever. Por exemplo em italiano diz-se témpo, vénto. Em português essa vogal é nasal e como tal deve ser fechada. Outro problema é quando as diferenças não se podem prever. Por exemplo em português "hora" e "ora" pronunciam-se como /óra/. Porém, em italiano "ora" pronuncia-se /ôra/. Como assim tanta diferença?
Num dicionário português-alemão li que as palavras "novo", "maravilhoso" e muitas outras têm plural aberto por razões históricas. O mesmo é que o senhor Caffé me disse sobre a pronúncia brasileira de "senhora" (razões históricas).
Escrevem-me algo a respeito do timbre?
Muito obrigado.
