Gostava que me esclarecesse uma dúvida que tenho em relação à função sintáctica do pronome pessoal nos verbos pronominais reflexos. Por exemplo, qual a sua função nas seguintes frases: «Eu chamo-me João» ou «Ele lava-se todos os dias». Terá a função de sujeito ou de complemento directo? Porquê?
Desde já agradeço a sua disponibilidade e exprimo o desejo de que este sítio permaneça activado durante muitos e longos anos, pois é de grande utilidade para muitos falantes da língua portuguesa.
Num deste dias, numa acção de formação, ouvi repetidamente pronunciar a palavra "credor" com o "e" fechado e não com o "e" aberto, como costumamos ouvir, inclusive na comunicação social. Desta forma, solicitava que me informassem qual a forma correcta para a pronunciação desta palavra, com o "e" aberto ou fechado, tendo em conta que, na palavra crédito, o "e" é aberto dado ser uma palavra esdrúxula e em "creditar" o "e" é fechado.
Os meus agradecimentos.
Num texto do nosso manual, surge a seguinte passagem:
«Pela tardinha,
a chover
– (uma chuva miudinha) –,
o pregão sobe no ar...»
Gostaríamos que nos ajudassem a compreender a pontuação usada na terceira linha.
Os nossos agradecimentos.
Escreve-se grafito, grafite ou graffiti?
Pretendo referir-me aos desenhos ou rabiscos feitos nas paredes, normalmente com "sprays" de cores berrantes. Mas como se escreve?
1. grafito (como surge no dicionário Universal da Texto Editora),
2. grafite (como no Houaiss brasileiro)
3. ou graffiti (como se diz no anexo do dicionário Universal)?
E consequentemente, qual o plural da palavra (os graffiti ou os graffitis)?
Muito obrigado.
Há um doce alentejano chamado sericaia. Ou será cericaia?
No Dicionário da Porto Editora é com "s". No Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa nem sequer consta...
No Prontuário Universal Erros corrigidos de Português (D' Silvas Filho), na página 26 vem indicado como incorrecto «Beco sem saída (redundância) uma vez que beco não tem saída».
No entanto, encontro nas diversas fontes consultadas, entre outras, nas seguintes que menciono, e que indicam coisa diversa, em meu entender:
Dicionário de Francisco Torrinha: «Beco: Rua estreita e curta por vezes sem saída.
Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa de Cândido de Figueiredo: «Beco: Rua estreita e curta às vezes sem saída.»
Dicionário Prático Ilustrado (Lello): «Beco: Rua estreita e curta às vezes sem saída.»
Dicionário Enciclopédico (Ed. Diário de Notícias): «Beco: Rua estreita e escura; viela».
Dicionário Enciclopédico (José Pedro Machado): «Beco: Rua estreita e curta.»
Dicionário Actual da Língua Portuguesa (Ed. Asa.): «Beco: Rua estreita e às vezes sem saída.»
Dicionário Universal da Língua Portuguesa (Texto Ed.): «Beco: Rua estreita e curta que, em geral, não tem saída».
Por outro lado, no Roteiro da cidade de Lisboa, provavelmente entre muitos outros becos que não detectei, encontro o Beco do Norte (na Lapa):
«Começa na Rua de Buenos Aires e vai sair na Rua de S. Domingos» e ainda o Beco do Norte (Carnide) que «começa na Rua Neves Costa e finda na Rua da Mestra».
Logo, fico com sérias dúvidas que beco sem saída seja redundância, uma vez que pelo acima visto, parece que há mesmo becos com saída (a menos que a etimologia da palavra ou outra qualquer circunstância, indique que beco é mesmo uma rua sem saída e aí, então, será a edilidade lisboeta que está errada).
Agradecendo o vosso esclarecimento, envio, entretanto, os meus cumprimentos.
O que é um discurso directo relatado?
E como se faz ou encontra-se na frase?
Sou recém-licenciada em tradução e venho por este meio pedir-vos ajuda sobre uma dúvida que me surgiu quando efectuava uma tradução para uma empresa. Ao traduzir determinada palavra, que já não me lembro qual, a minha opção foi para a expressão "dantes". Nessa empresa, ao lerem o meu trabalho, disseram que tal palavra não existia no português. Confesso que na altura achei estranho, mas não argumentei, uma vez que passei uma grande parte da minha infância e adolescência no estrangeiro. Acontece que no outro dia ao ler o jornal, deparei-me com essa mesma palavra e ficando na dúvida fui verificar ao dicionário de Língua Portuguesa (Porto Editora, versão 2003) onde a mesma constava com o seguinte significado: 1. antigamente 2. outrora.
Agora, gostaria que me pudessem confirmar a existência dessa palavra na nossa língua e a devida aplicação no nosso vocabulário.
Agradeço a vossa colaboração.
Já vi inúmeros eventos do setor que grafam a palavra de várias formas. Nos dicionários não encontrei a resposta. Como escrevo? Metroferroviário, metro-ferroviário ou metro ferroviário?
Em linguagem médica diz-se por exemplo «à espressão dos tecidos, saiu um líquido amarelo...», quer dizer, espremendo-se os tecidos, saiu um líquido amarelo.
Mas não encontro esse termo ("espressão" – acto de espremer) nos dicionários que consultei. Será que existe? Será que deveríamos antes dizer «à espremedura dos tecidos, saiu um líquido amarelo...»?!... Não soa bem, pois não? Será que só poderemos utilizar o verbo, e não um substantivo correspondente?!
Muito obrigado antecipadamente pela vossa resposta.
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