Em primeiro lugar, muito obrigada pelo excelente “Web site”!
Relativamente à questão da consulente Patrícia Santos Pedrosa, gostaria de partilhar a minha experiência de tradutora, que me diz que a melhor forma de traduzir a palavra “workshop” será «acção de formação».
Gostaria de saber o verdadeiro significado da palavra "agnóstico".
Qual o provérbio popular relativo ao mês de Março?
«O Março, marçagão, manhã Inverno, à tarde Verão»... (?)
Obrigado.
Estou realizando um levantamento sobre a palavra "diagnóstico", de modo a precisar o seu sentido atual predominante. Ao que tudo indica, está relacionada ao ato médico de determinar a causa de uma doença, a partir de seus sinais e sintomas.
Grato.
Sobre a tradução de “Hippophaë Rhamnoides”, a consulente Alexandra Santos enviou-nos o resultado da pesquisa que desenvolveu, o que agradecemos, e que fica desde esta data em linha.
Recentemente, ouvi um conhecido humorista e apresentador brasileiro dizer, em seu programa televisivo de entrevistas, que a palavra "né", usada sempre como interrogação no final de frases, às vezes inutilmente, mais por vício de linguagem, não havia ainda sido incluída em nenhum dicionário. Fiquei intrigado. Procurei em alguns dicionários, e, deveras, o sobredito vocábulo não se achava registrado em nenhum deles.
Sempre achei que "né" era uma contração do advérbio não e da forma verbal é. Sendo, portanto, o mesmo que "não é?". Vejam como deve ser isso mesmo: "Tu trabalhas muito, né?" / "Tu trabalhas muito, não é?” Estou equivocado?
Contudo, há mais tempo ainda esse vocábulo já me havia deixado com "a pulga atrás da orelha". Explico-me. Aqui na minha cidade, Campo Grande, capital do Estado de Mato Grosso do sul, existe, faz quase um século, uma numerosa colônia de japoneses, principalmente dos de Oquinava. De sorte que, em várias ocasiões, tive oportunidade de os ouvir falar em japonês. E também eles, falando nesse idioma, pronunciavam freqüentemente a palavra "né", em
final de frase, com um sentido que me parecia igual àquele do "né" português. Não entendia como uma língua não aparentada ao nosso idioma, poderia ter uma palavra igual à nossa e com o mesmo sentido.
Depois, fiquei sabendo que os portugueses foram os primeiros europeus a chegarem ao Japão, tendo permanecido por lá um bom tempo, a ponto de várias palavras da língua portuguesa terem sido incorporadas ao léxico nipônico. Um
bom exemplo disso foi o vocábulo obrigado que, na "Terra do Sol Nascente", virou "arigatô". Um outro é "tempurá", nome de uma iguaria da culinária japonesa, que vem de tempero, termo nosso.
Então, fiquei imaginando se o "né" japonês nada mais seria que o "né" do nosso idioma adquirido pela língua japonesa.
Sobre todo este assunto, V.Sas. poder-me-iam dizer alguma coisa?
Muito obrigado.
Nos nomes femininos personativos, o uso da crase é facultativo, mas quando acrescenta complemento é obrigatório.
Já os nomes femininos de personalidades históricas e de santas não podem ser craseados, como por exemplo "a Cleópatra", "a Teresa de Calcutá", "a santa Rita", etc. Se eu colocar um adjetivo ou complemento ficaria, por exemplo: "a linda Cleópatra" ou "a madre Teresa", ou "a Nossa Senhora de Fátima", "a Virgem de Fátima", etc. É ou não craseado nesses casos?
Fico aguardando resposta para estas angustiantes dúvidas.
Obrigada.
Por favor, digam-me se é lance ou lanço de escadas.
Muito obrigada.
«Ela disse que era para mim fazer o trabalho». Disseram-me que a frase anterior está mal construída e que o correto seria: «Ela disse que era para eu fazer o trabalho». Entretanto, analisando a frase, identifiquei os seguintes elementos:
«fazer o trabalho» – sujeito da oração subordinada substantiva;
«para mim» – complemento circunstancial.
A oração, na ordem direta, seria, como suponho, desta forma: «Ela disse que fazer o trabalho era para mim», ou seja, «a mim» foi designado «fazer o trabalho».
Todavia, se formos seguir o segundo raciocínio, teríamos os seguintes elementos:
«para eu fazer o trabalho» – oração subordinada adverbial final reduzida (?) (Aqui não parece haver ´finalidade´);
"era" – verbo "ser" flexionado sem sujeito aparente, o que me faz pensar sobre a impropriedade dessa alternativa.
Dessa forma penso que «era para mim fazer o trabalho» seria a melhor construção, uma vez que é semelhante a «É um prazer para mim estar aqui», construção de inquestionável correção e cuja ordem direta seria algo como «Estar aqui é um prazer para mim».
Gostaria de saber se o meu ponto de vista está correto. E também agradeço ao Ciberdúvidas a prestimosidade e a prontidão com que tem me ajudado. E gostaria de parabenizá-los pelo brilhantismo com que tem cumprido vossa proposta.
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