Chamo-me Cláudia, sou brasileira, mas estou a aprender a variante europeia do português porque tenho de ensiná-la para estudantes italianos. Esta semana, enquanto fazíamos uma pequena revisão sobre o uso do presente e do futuro do conjuntivo, surgiu uma dúvida.
Na seguinte frase:
Aonde quer que eu ____ (ir), encontra-o sempre.
Alguns alunos usaram o conjuntivo presente, outros o conjuntivo futuro. Eu, particularmente, diria que o certo é “Aonde quer que vá, encontra-o sempre”, pois soaria estranho o uso do conjuntivo futuro. Estou a procurar em algumas gramáticas que tenho em casa, como, por exemplo, a do Celso Cunha & Lindley Cintra, mas não consegui obter nenhum esclarecimento. De qualquer forma, no método utilizado pela faculdade de línguas onde ensino, que é o “Português sem fronteiras”, há uma explicação que diz que o uso desta estrutura, ou seja, “aonde quer que .....”, pede o conjuntivo presente.
Eu havia pensado que se, talvez, no segundo período houvesse um verbo no imperativo, poderíamos usar o conjuntivo futuro, o que vocês acham?
Vocês poderiam ajudar-me?
Gostaria de saber se as frases «O bem que se está aqui!» ou «O difícil que é sermos nós próprios!» podem ser consideradas gramaticais e aceitáveis, enquanto processos de focalização com valor enfático, que as torne equivalentes de estruturas exclamativas como «Que bem que se está aqui!» ou «Que difícil é falar línguas estrangeiras!»
Obrigado pela vossa atenção.
Está correcto dizer «Os doentes reportaram efeitos secundários»?
Eu optaria pela palavra "referiram", evitando assim o recurso a uma palavra cuja tradução teve origem no verbo "to report", já que é muito comum nos textos científicos.
Muito embora o verbo "reportar" exista, associo-o a outros contextos e não a este.
Parece um preciosismo mas gostaria de saber a vossa opinião que é sempre preciosa.
A minha dúvida é acerca da pronúncia padrão (de Portugal) das palavras "vereador", "vereação" e "verear", sobretudo no que diz respeito à sílaba inicial, motivada pelo texto "Os erros de Marcelo" de Maria Regina Rocha, no Pelourinho, onde se diz que a sílaba inicial dessas palavras tem um som aberto. Já tive sotaque brasileiro e, como tal, já pronunciei (ou poderia ter pronunciado) essas palavras com "e" aberto. No entanto, hoje ninguém suspeitaria desse meu anterior sotaque e não há qualquer possibilidade de eu pronunciar essas palavras à brasileira.
Haverá alguma tradução para o termo inglês "brainstorm"? A tradução à letra de «tempestade de ideias» não me parece muito correcta apesar ilustrar bem o significado da palavra.
Gostaria de saber se existe, e qual é a regra que explica porque algumas palavras terminam com es ou com esa...
Para fins de pesquisa educacional...
Gostaria de saber se o uso da expressão "de que" está correcto na seguinte frase: «... recurso esse de que o Estado dispõe.»
Desde já agradeço a disponibilidade.
Li num livro antigo da biblioteca que os verbos causativos e de sensação podem opcionalmente ser usados com pronomes indiretos quando o verbo seguinte tem objeto direto: «Fiz-lhe fazer a lição» a par de «fi-lo fazer a lição»; «vi-lhe cantar um tango» a par de «vi-o cantar um tango», mas simplesmente «vi-o cantar», porque aqui cantar não tem objeto. Nunca tinha ouvido falar nisso, mas gostei de saber da existência dessa alternativa.
Gostaria que os senhores fizessem algum comentário ou retificação a respeito do que lhes expus e que falassem da freqüência, se é que existe, dessa construção na língua contemporânea.
Muito obrigado mais uma vez.
Em José Pedro Machado, "Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa", Livros Horizonte, 4.ª ed., Lisboa, 1987, III vol., p.172, na entrada "Grande", observa-se "«... de idade avançada; ret., o estilo sublime, estilo de grandes proporções, imponente»".
Nas Abreviaturas e Siglas (págs. 11 a 19, do mesmo dicionário), não consta a abreviatura "ret.".
Poderá esta ser a abreviatura de retórica? E, então, dizer-se que, em retórica, etimologicamente, "grande" significa «o estilo sublime, estilo de grandes proporções, imponente»?
Como se chamam os habitantes da Ponta do Pargo (Madeira)?
Como se chamam as pessoas da freguesia da Ponta do Pargo?
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações