Na expressão «abonar a/em favor de», qual das duas preposições é a correcta?
Os exemplos que seguidamente aduzirei foram retirados da Internet, pois desconheço qualquer outra fonte de que possa socorrer-me.
Julgo, porém, que a escolha da preposição é feita arbitrariamente, razão por que continuo sem encontrar uma regra lógica que me permita optar seguramente por «a» ou por «em», quando uso a locução «abonar» + «favor».
Agradeço, pois, tudo quanto possam dizer-me para dilucidar esta minha dúvida.
– «O seu testemunho acabou por abonar mais a favor do arguido do que da acusação.»
– «A vossa Empresa não é exactamente uma ilustre desconhecida do mercado, o que deveria abonar a vosso favor em termos de confiança.»
– «O problema é que as estatísticas continuam a não abonar muito a favor da estrada que liga Vilar Formoso a Aveiro.»
– «Infelizmente os nossos rigorosos testes não nos permitem abonar a favor daqueles que criaram grandes expectativas acerca deste título.»
– «A este respeito [,] é de notar que o Autor António já estivera inibido do uso de cheque no período compreendido entre 05/04/1995 e 14/03/1997 [,] circunstância que obviamente não poderia abonar em seu favor.»
– «Só posso abonar em favor deste senhor.»
– «Tens [de] admitir que também te tenho proporcionado alguns momentos agradáveis que deveriam abonar em meu favor nos instantes menos bons.»
– «Os valores que eu vou adiantar são valores que fiz por baixo: são 15 mil estudantes que vieram manifestar toda a sua total indignação para com o pacote legislativo que não vem abonar em favor do desenvolvimento do país e da liberdade de oportunidades para todos.»
Muito obrigado!
De repente há uma grande confusão entre «de» e «em». Dos jornais aos noticiários e aos discursos políticos, parece que «de» e «em» são sinónimos de uso indiferenciado. O Governo tem desejo «em» iniciar, já não «de» iniciar, e por aí fora. Sou eu que sou velho ou está tudo «passado»?
Gostaria de saber quantas orações temos neste período?
«O urso ficava cada vez mais fraco e não parava de gritar de dor.»
Pergunto: Parava de gritar funciona como locução verbal?
Obrigada.
Estou a dar aulas ao 6.º ano e gostaria que me esclarecessem se existe alguma estratégia interessante para ensinar os modos verbais aos meus alunos.
Quero saber o significado da palavra concretude.
Sou professora do 1.º Ciclo e tenho uma dúvida acerca da classificação morfológica dos substantivos, mais especificamente no que respeita aos substantivos próprios. Estes substantivos classificam-se quanto ao género e ao número?
Já consultei vários colegas mas as opiniões divergem. Também consultei várias gramáticas (Gramática Breve de Lindley Cintra) e prontuários (Prontuário Ortográfico de Castro Pinto) mas estes nada referem acerca do assunto.
Agradecia o vosso esclarecimento.
Ouvi na rádio no outro dia: «... desmente ter utilizado material gastável».
Não me soa bem, não sei porquê...
A numeração romana, em obras de algum aprumo, costuma grafar-se em versaletes (o que aqui 'não dá' para grafar).
No entanto, vi dois casos distintos:
D. João V, rei de Portugal – em que o V é maiúscula;
e:
O século XIX foi o das 'luzes' – em que XIX é grafado em versaletes.
Se existe, qual a norma a aplicar nos diferentes casos – se os houver?
Obrigado pelas respostas.
Aconteceu-me hoje uma coisa absolutamente incrível: ao escrever a seguinte frase "três zeros, dois zeros, um zero, zero zeros (?!), só no plural é que a frase me soou bem.
Bem sei que é "nenhum zero", mas "zero zero" não me soa nada bem. No entanto, esse plural deixa-me,pelo menos, espantado. Será possível?
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