A minha dúvida prende-se com o facto de cada vez mais ouvir (principalmente pela TV nos vários serviços desportivos) a conjugação de verbos que à partida deveriam estar flexionados no conjuntivo, alterados para o presente do indicativo. Ex: «Se a bola não tocasse em...» por «Se a bola não toca em...». Gostaria que me esclarecessem essa dúvida, uma vez que vai contra os meus ensinamentos da língua portuguesa.
Obrigado.
Gostaria de saber o significado das iniciais M. I., que encontrei em várias cartas, antes do cargo da pessoa a quem se dirige a carta (ex.: M. I. Presidente da Assembleia da Republica; M. I. Ministro das Finanças; M. I. Presidente do ICS, etc.
Muito obrigada.
Causou-me estranheza o termo logótipo que li no Ciberdúvidas, já que sempre dissera e ouvira logotipo (paroxítona). Consultei meu dicionário e é esse mesmo o termo que aparece, porém com a ressalva que seria melhor logótipo, como se parece preferir em Portugal. Tal prosódia (sancionada pelos livros brasileiros, pelo que parece) terá surgido por influência de outras palavras terminadas em tipo, proparoxítonas, que infelizmente a língua em sua variante brasileira transforma em paroxítonas. Veja-se biótipo e biotipo. Se continuar assim, logo estaremos dizendo fenotipo, genotipo e estereotipo.
Sou professora de Inglês, mas neste momento faço trabalho de assessoria na Câmara Municipal de Beja. Como é conhecido, a designação romana de Beja era Pax Julia. Por isso, temos hoje muitas referências toponímicas com esta designação ou dela derivadas, inclusivamente o nosso teatro municipal que se chama "Pax Júlia". No entanto, entre alguns interessados sobre este assunto e com o cuidado que uma instituição pública deve ter com uso correcto da nossa língua na comunicação com os cidadãos, persistem algumas dúvidas sobre se o acento de "Júlia" se deve ou não utilizar agora. Uns argumentam que se deve respeitar a grafia latina, que não usava acentos, outros defendem que a palavra está convertida para a grafia actual do português e, como tal, deve utilizar o acento porque é uma palavra esdrúxula. Gostaríamos que nos esclarecessem, dentro da medida do possível, para resolver este tira-teimas. Obrigada.
Pode dizer-se "desactuar" em linguagem técnica – mas e em bom português?
Trata-se de um livro sobre técnicas de automação. Aborrece-me não só o corrector dar erro como não encontrar referências claras ao termo nos prontuários ou globalmente na Internet. O termo “desactuar” uso-o desde sempre relacionado com interruptores que podem ser "actuados" e "desactuados".
Um frase tirada do livro:
«Enquanto este botão estiver actuado, deve piscar uma luz amarela e [deve] ser feita uma chamada para a polícia (simulada com o acender de outra lâmpada). Após a sua desactuação o sistema fica disponível para novas aberturas até que o botão de Liga Cofre seja desligado.»
Obrigado.
Pode dizer-se «tenho muitos mais bilhetes» no sentido em que tenho mais do que aqueles de que necessito?
E se se disser: «tenho muitissímos»?
Gostaria de saber se o verbo «instruir» pode ser usado com a preposição «a» como neste exemplo: «Os formandos foram instruídos a efectuar os trabalhos.»
Não consigo perceber quando posso dizer «Tenho receio que...» ou «Tenho receio de que...», pois o verbo «recear» é regido pela preposição «de». Da mesma maneira não percebo porque não é possível dizer «Gosto de que...», mas sim «Gosto que...» e «A vontade de que...», mas sim a «A vontade que...». Muito obrigada.
Começo pelo que já estão, por certo, cansados de ler, mas que é imperioso registar: parabéns pelo vosso trabalho e obrigado pelo serviço que prestam, pela ajuda (no meu caso, praticamente diária) que nas vossas páginas sempre encontro! Tenho algumas dúvidas (tenho várias, claro): qual a regência do verbo «ajuizar»? «Ajuizar alguma coisa» (isto é, sem preposição)? «Ajuizar de...»? «Ajuizar acerca de...»? Desde já agradecido pela atenção.
Qual a diferença entre «tendinopatia», «tendinose» e «tendinite»?
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