1. Assinalamos com muita satisfação que foi recentemente posta em linha a resposta n.º 18 000. Ciberdúvidas considera que estas mais de 18 000 perguntas, disponíveis nas Respostas Anteriores e nas Respostas de Hoje, são bem sinal do interesse e entusiasmo com que o nosso trabalho tem sido acolhido. Fica, pois, a certeza de ter sentido prosseguir a tarefa quotidiana de saber mais sobre a nossa língua comum para a falar melhor.
2. Como sempre, além das nossas respostas, sugerimos a leitura das seguintes rubricas:
– O Pelourinho, com um texto de Regina Rocha a propósito da regra de uso
do infinitivo pessoal;
– as Notícias Lusófonas, com especial atenção para a participação de José Francisco Viegas
no programa Páginas de Português e para a Mostra de Linguística que se realiza
em 26 e 27 de Junho na Reitoria da Universidade de Lisboa;
– e o Correio.
Saudações,
Gostaria que me esclarecessem sobre a diferença entre «expulsão» e «extradição» de um cidadão de um determinado território ou Estado.
Obrigada, e continuação de bom trabalho.
Gostava de saber a origem da expressão «Agora é que a porca ruça torce o rabo». Já agora, será «ruça» ou «russa»? Obrigado.
Na frase «o rapaz voltou a dar cerejas a todos», podemos considerar o verbo «voltar» como auxiliar? Desde já, obrigada.
Na frase «Que lindo dia!», como se classifica morfologicamente o «que» nela inserido? Não encontro classificação adequada nem na terminologia utilizada até agora nem na nova terminologia (TLEBS).
Gostaria de saber se a palavra “rejogar” existe. Nãoo a encontro no dicionário, mas já a vi referenciada em diversos “sites”. É correcto utilizá-la? Obrigado.
Deparei-me com uma dúvida e, mesmo depois de consultar gramáticas e prontuários diferentes, não fiquei satisfeita. As palavras «pêlo» (substantivo) e «pelo» (contracção de preposição) são consideradas palavras homógrafas, mas a sua fonia não é igual? Será que não se podem considerar homónimas? No caso de «pêlo» (substantivo) e «pelo» (forma verbal) a pronúncia é de facto diferente e, no primeiro caso, existe alguma diferença na pronúncia? Obrigada pela ajuda.
Na sequência das perguntas de outros consulentes sobre os conceitos de “analfabetismo”, “iliteracia” e “iletrismo”, dirijo-me ao Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, a fim de solicitar aos vossos colaboradores um parecer sobre o melhor modo de traduzir para português o vocábulo inglês “innumeracy” (o qual, noto de passagem, já ganhou carta de alforria na Internet com o surgimento de uma página que lhe é especificamente dedicada: http://www.innumeracy.com).
À guisa de intróito, permito-me salientar que encontrei o termo “inumerismo”, quer no Dicionário da Academia, quer nos títulos das traduções dos ensaios de John Allen Paulos, Inumerismo: o Analfabetismo Matemático e as suas Consequências, trad. Raul Sousa Machado, Mem Martins, Europa-América, 1991, e O Circo da Matemática: para além do Inumerismo, trad. Carlos Fernandes e Florbela Fernandes, Mem Martins, Europa-América, 1993.
Não parece, todavia, que o termo tenha colhido o favor da generalidade dos falantes (mesmo, ou sobretudo, cultos) do português europeu. Será a expressão do subtítulo do primeiro ensaio, “analfabetismo matemático”, a (melhor) alternativa? Ou deverá preferir se o vocábulo “inumeracia”, formado por decalque do inglês e por analogia com “iliteracia” (ao qual, aliás, prefiro “analfabetismo”), que já foi título de uma crónica de José Manuel Fernandes, no Público de 4 de Agosto de 2001, e de uma diatribe de Nuno Júdice, no número de O Independente a que se alude nesta página da Internet?
Desde já, o meu muito obrigado.
De tanto ouvir na televisão, rádio e jornais a expressão «Hoje vão estar entre 10 a 100 pessoas no recinto», começo a duvidar dos meus conhecimentos. Julgo que o correcto é «entre 10 e 100 pessoas» e não «entre 10 a 100 pessoas», mas o número de profissionais da comunicação social que utiliza o «entre X a Y» é tão vasto, que gostaria de ter a confirmação da versão correcta. Muito obrigada.
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