Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Conceição Gomes Administrativa Torres Novas, Portugal 7K

Começa a ser cada vez mais comum ouvir a expressão: «promoções de até x ou y».

Se antes só ouvia isso a um professor brasileiro, já é corrente ouvir/ler esse «de até» em vez apenas até. Qual a forma correta?

Alberto Sousa Estudante Portugal 2K

Nas frases «O meu amigo é inglês» e «O meu amigo é professor», temos inglês como adjetivo e professor como nome, se não me engano.Tenho dificuldade em compreender porquê.

Julgo não poder usar inglês numa comparação como «O João é mais inglês do que o Paulo», tal como não posso dizer «O João é mais professor do que o Paulo», pois ou se tem a nacionalidade inglesa ou não.

Não posso dizer «muito inglês» neste sentido, como poderia afirmar de um adjetivo, tal como «muito bonito».

Como reconhecer quando inglês funciona como nome ou como adjetivo?

Muito obrigado pelo esclarecimento.

João Pedro Novais Professor Almada, Portugal 2K

Tendo em conta a frase:

«Estava a cozinhar uma feijoada, juntei o feijão na água, quando entra pela janela o mais belo pássaro....»

Qual a forma correta desta frase? Existem exemplos de frases onde a discordância verbal seja possível?

Kauê Ernany Silva Estudante Brasil 6K

Um livro de gramática listou desde como sendo uma combinação das preposições dês e de, enquanto um dicionário listou desde como sendo somente uma preposição «comum» – o dicionário especifica que dês, na verdade, não faz parte da origem de desde, mas o contrário: segundo o dicionário, dês é uma redução arcaica e informal de desde, e dês, por si só, já tem valor de desde e nunca precederia a preposição de em contexto algum.

Tendo isso em mente, eu tenho algumas perguntas sobre o assunto:

Qual das informações é correta? Afinal, qual é a etimologia de desde? Caso a primeira informação seja a correta, será que isso quer dizer que «dês de» é uma forma correta de escrever desde? E, hipoteticamente, se «dês de» está correto, então "dês da" também? E "desda"/"desdo"?

Obrigado.

Isabel Caçorino Copywriter Lisboa, Portugal 1K

Gostava que, se possível, me explicassem duas dúvidas. Na frase:

«61% dos portugueses não leram um só livro no último ano.»

– O verbo ler deve estar no plural, como está, ou deveria estar no singular (leu) uma vez que o sujeito é 61%?

– O uso do nesta frase está correto (no sentido de «único») ou no fundo faz com que o sentido da frase seja exatamente o oposto do que o jornalista quer dizer que seria: «61% dos portugueses leram somente um livro.»

Espero não ter sido confusa. No fundo queria saber se a forma verbal e o uso de estão corretos nesta frase.

Muito obrigada e obrigada por nos ajudarem a entender melhor a nossa língua.

Maria Carvalho Professora Lisboa, Portugal 2K

Gostaria de saber qual o valor da modalidade epistémica configurado no seguinte excerto:

«... mas quero crer que nunca como agora se assistiu a uma geração que revelasse tão vasta quantidade de autoras.»

Muito obrigada.

Tomás A. Oliveira Técnico IT Portugal 2K

Oiço tantas vezes o verbo "carnavalar" que acabo por usá-lo: «Vamos carnavalar no sábado?» Também oiço o verbo "carnavalejar". Em ambos os casos, o sentido é «brincar ao Carnaval».

A minha dúvida é: algum destes verbos existe de facto ou são apenas de uso coloquial, como "cafezar" e outros que tais?

Antônio Filipe Estudante Brasil 2K

Já que antes vem do latim ante, que significava «diante de», «na presença de», há registro de antes, ainda que numa linguagem literária, sendo usado no lugar de ante?

Sem querer apelar ao estrangeirismo, mas em inglês «ante mim», por exemplo, diz-se before me.

Não haveria uma lógica semelhante?

Manoel Victor da Silva Rodrigues Autônomo Itajaí, Brasil 2K

Lendo um poema de Paulo Leminski, o título chamou minha atenção e causou dúvida.

Segue o título e o questionamento: «O assassino era o escriba.»

Como fica uma análise sintática desse período? E se invertemos os termos: «O escriba era o assassino»?

Como ficaria a análise?

Obrigado.

Moacir Siqueira Jr Funcionário público São Paulo, Brasil 2K

Causou-me estranheza parte dum texto com que me deparei hoje:

«Lisboa era visitada por gente de todo o mundo e para ela convergiam pessoas ilustres e foi difícil deixá-los de fora: embaixadores, aristocratas, pobres, prostitutas, amas, até um macaco. Não resisti a tornar todos eles personagens numa Lisboa protagonista absoluta.»

Não deveria ter sido usado o pronome clítico os em vez de eles como complemento do verbo tornar («torná-los todos personagens»)?

Aproveito o ensejo para parabenizar a equipe do Ciberduvidas pelo inestimável serviço que presta ao nosso querido idioma.