Tenho uma questão relativa a desencadeadores de próclise.
Sei que o advérbio não é um desencadeador de próclise em relação ao pronome clítico e ao verbo que o sucedem, como em «Não vos prefiro!» Poderá, no entanto, ser desencadeador de próclise se suceder ao verbo e ao pronome clítico, ou nunca será agente de próclise nesse caso? Nesse caso, poderemos, então, ter as seguintes frases: «Prefiro-vos não!», ou «Prefiro-vos, não!» Sendo estas frases regras de como a próclise não é consequência de causa proclítica se o agente desencadeador de próclise for sequência e não antecedente do verbo da oração.
Ajudai-me em tal dúvida, por favor. [...]
Gostaria muito de saber a função ou classificação da locução «em que» retirado de um versículo bíblico:
«Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós , sendo nós ainda pecadores.» (Romanos 5:8)1
1. N.E.: Versículo retirado de uma versão em linha da Bíblia Almeida Corrigida Fiel, a qual, por sua vez, se baseia na tradução do Novo Testamento por João Ferreira de Almeida (1628-1691), sacerdote português convertido ao protestantismo. À frase bíblica em causa deu-lhe o referido autor a seguinte formulação (mantém-se a grafia seiscentista): «Mas Deus encarece sua charidade pera com nosco, que Christo morreo por nós, sendo nós ainda pecadores.» No exemplo apresentado na questão, escreve-se corretamente conosco, forma normativa brasileira que, no português de Portugal, corresponde à grafia connosco,
Na frase «Não comeste nada.», qual a função sintática desempenhada por nada? Ao que parece, será a de complemento direto, sendo que nada será um pronome indefinido. Contudo, a sua sobrevivência ao teste de substituição por pronomes pessoais átonos (o, os) é duvidosa. Foi uma questão levantada pelos meus alunos de 11.º ano, que me parece bastante plausível. Podem ajudar-me a tornar a situação mais clara?
Gostaria, por favor, que me pudessem esclarecer o seguinte: deve dizer-se «Quaisquer tipos de dúvidas» ou «Quaisquer tipo de dúvidas»?
Agradeço, desde já, a atenção dispensada.
Na frase «Quem manda sou eu.», partindo do princípio de que «quem manda» é o predicativo do sujeito, como é que devemos classificar esta oração?
A frase «Dias que não se esquecem» está correta? Considerando que dias não é o sujeito da frase, creio que é mais correto dizer «Dias que não se esquece» = Há dias que alguém (se impessoal) não esquece. Não faz sentido o verbo concordar com o complemento… estou certo?
Obrigado.
Na frase «Há quinze anos que escrevo livros apenas sobre esse abraço.», qual a classe e a subclasse de «que»?
Grata pela atenção.
Tomando as seguintes frases:
1) «QUE coisa estranha!»
2) «por QUE raio dizes isso?»
3) «o QUE se passa?»,
Em (1) a palavra que é um determinante, a introduzir o nome «coisa»?
Em (2) que é um pronome? Caso se remova a palavra «raio», a grafia passa a ser porque e a palavra passa a advérbio interrogativo?
Em (3) que é um pronome relativo com antecedente o?
Muito agradecida!
Na frase «Ninguém entra no laboratório», qual o tipo de sujeito? Qual a função sintática de «no laboratório»?
Obrigada.
Na frase «Habituei-me a conferir-lhe determinadas mágicas.», qual a função sintática do pronome pessoal «me»?
Agradeço desde já a resposta.
Parabéns pelo vosso excelente trabalho.
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