DÚVIDAS

O pronome relativo que numa frase ambígua
No segmento «O texto chama-se O Regresso de João Maria e aí se escreve que o país se engravatara, mas que continua com '"a mesma raça de indolentes cheios de lábia, uma gente provinciana que o poder arrebanhara e fora tosquiando a seu estrito critério".», o pronome relativo que, que introduz a penúltima oração, desempenha a função sintática de complemento direto? A meu ver, sim, mas a opinião de outras colegas é que o mesmo se constitui como sujeito. Grata pela atenção e parabéns pelo vosso trabalho
A próclise e a ênclise
com «ter que» + infinitivo:
Há algo que me assombra já faz um bom tempo, o uso da próclise após o que. Vejo em todos os lugares: legendas de filmes, conversas, palestras que sempre usam ênclise após o que. Por exemplo: «temos que fazê-lo»; «temos que matá-lo»; «você tem que editá-lo». Pelo que aprendi, o que é uma partícula que força o uso da próclise. Gostaria de saber se nesses casos o que prevalece seria outra regra. E se há outra regra para os variantes: «temos de fazê-lo»; «temos de matá-lo»; «você tem de editá-lo». Agradeço desde já.
Ambos como pronome indefinido
Na frase «Ambos os escritores são lusófonos», ambos é um quantificador universal. E na frase «Ambos são lusófonos»? A palavra ambos assume características de pronome, mas de que subclasse? Indefinido?! O facto de esta palavra indicar um número (quantidade) preciso dificulta-me a compreensão no que respeita à sua inclusão nos pronomes indefinidos, mas não vejo outra hipótese... Agradeço o vosso parecer.
A origem do se apassivante e indeterminado
Tenho uma questão relacionada com as seguintes frases-exemplo: «Vê-se bem que o barco está à deriva»; «Isso faz-se muito bem»; «Conduz-se muito bem durante o dia». Qual a origem/lógica do uso do -se nos casos mencionados? Trata-se do uso de verbos reflexos (i.e. ver-se, fazer-se, conduzir-se)? Confesso que a mim não me parece que seja o caso. Mas também não encontro uma explicação alternativa. Será que me podem elucidar sobre esta questão? Obrigado.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa