Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Funções sintáticas
Lucas Tadeus Oliveira Estudante Mauá, Brasil 1K

Em «O leitor toma conhecimento apenas do que o detetive vê e ouve», «do que o detetive vê e ouve» é complemento nominal de conhecimento. O pronome relativo que é objeto direto, porque toma o lugar de «aquilo».

Mas se eu fosse analisá-lo dentro do complemento, poderia ainda usar a classificação de "objeto direto", ou há outra mais precisa?

Quan Yang Estudante Lisboa, Portugal 1K

«...O temporal não há meio de parar...»

A frase é retirada de uma ficção.

O que quero saber é que neste contexto «o temporal» funciona como o sujeito ou um objeto anteposto?

Isabel Maria Leite Araújo Professora Guimarães, Portugal 1K

Na frase «Ele acusa-a de, por estar bem de saúde, se estar ralando para o que os outros sofrem...», a expressão «para o que os outros sofrem» desempenha a função sintática de complemento oblíquo ou modificador?

Obrigada.

Luís Pereira Professor Coimbra, Portugal 1K

Fui surpreendido com a seguinte análise sintática:

Na frase «Amarraram uma rede aos troncos», o constituinte «aos troncos» é substituível por lhes e classificado de complemento indireto.

Fico na dúvida se não é complemento oblíquo.

Podiam elucidar-me sobre esta classificação?

Obrigado pelo vosso trabalho.

Vicente Carlos Teles de Serpa de Sousa Brandão Empregado de escritório Porto, Portugal 3K

Na seguinte frase:

«Quando o autor da sucessão tenha sido o participante, pode ser exigido pelo cônjuge sobrevivo ou demais herdeiros legitimários, independentemente do regime de bens do casal, o reembolso da totalidade do valor do plano de poupança, salvo quando solução diversa resultar de testamento ou cláusula beneficiária a favor de terceiro, e sem prejuízo da intangibilidade da legítima.»

a frase «salvo quando solução diversa resultar de testamento ou cláusula beneficiária a favor de terceiro» é uma oração sintaticamente independente, visto que termina com uma vírgula e se segue um e na frase seguinte?

A função de uma vírgula antes de um e é separar uma oração principal de uma oração coordenada?

Sara Sila Professora Horta, Portugal 1K

Na frase «De manhã, fomos transportados em caleche e visitámos o Taj Mahal» (Público, 21 de julho de 2012), o constituinte «em caleche» desempenha a função sintática de complemento oblíquo?

Flávio Gomes Instrutor de Inglês Brasil 3K

Dicionário Online de Português mostra que o verbo convir, em todas as suas acepções, é transitivo indireto, e, como exemplo na acepção de «demonstrar concordância ou entrar num acordo», cita a frase: «Convenho que estejas certo.»

Minha dúvida é: visto que ele é transitivo indireto, a frase correta não deveria ser obrigatoriamente «convenho EM que estejas certo»?

Obrigado!

Eduardo Souza Estudante universitário Ribeirão Preto, Brasil 2K

«A novidade, ainda em fase de desenvolvimento e liberada em forma de preview para um pequeno grupo de usuários do programa Insider, vai permitir a configuração de perfis.»

O trecho entre vírgulas é uma oração subordinada adjetiva explicativa ou um aposto?

Se esse trecho fosse introduzido por um pronome relativo («a qual ainda está em fase de desenvolvimento e liberada em forma de preview para um pequeno grupo de usuários do programa Insider», por exemplo), haveria alguma mudança de sentido ou na análise sintática?

Maria Marques Enfermeira Lisboa, Portugal 2K

Na frase «Embora descontente, o Fidalgo entrou na Barca do Inferno», qual a função sintática do segmento «Embora descontente»?

Rodrigo Vasconcelos Advogado Belo Horizonte - MG, Brasil 4K

Vejo, comumente, em português europeu (PE), frases como «João vai comer ao restaurante» ou «Milhões de imigrantes vão trabalhar para os Estados Unidos».

1) Equivalem essas frases a estas, em português brasileiro (PB): «João vai ao restaurante comer» e «Milhões de imigrantes vão para os Estados Unidos trabalhar»?

2) Se sim, nas frases em PE, o verbo ir se emprega apenas como principal, correto? E não como verbo auxiliar de comer e de trabalhar?

3) Se assim for, que raciocínio subjaz à construção sintática em PE, que traz a oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo para junto do verbo ir, numa construção que lembra o uso de ir como auxiliar?

Chamei oração subordinada final reduzida de infinitivo às orações «comer» e «trabalhar», porque entendo que sejam mesmo orações reduzidas de infinitivo, e não apenas verbos no infinitivo, porque estão em lugar de «para comer» e «para trabalhar». Em PB, pode-se inclusive dizer «João vai ao restaurante para comer» e «Milhões de imigrantes vão para os Estados Unidos para trabalhar».

4) Em PE, são gramaticais «João vai para comer ao restaurante» e «Milhões de imigrantes vão para trabalhar para os Estados Unidos»? Imagino que não. Por que não, se os verbos estão em lugar de orações subordinadas adverbiais com este exato sentido?

Desde já, agradeço-lhes a atenção.