Em cada uma das frases seguintes devo colocar uma vírgula ? Onde?
1) «Não lhe desculpou a indelicadeza esta senhora vaidosa e castigadora.»
2) «Veio ao fim do dia o valente cavaleiro.»
A conjunção subordinativa causal porque pode iniciar uma frase, sem ligação a uma oração subordinante?
«Porque nos permite entender a história.»
Obrigado.
Considere-se a seguinte frase:
«E Florinda acordou, sacudindo os cabelos, esfregou os olhos, e disse:...» (Sophia de Mello Breyner Andresen, O Rapaz de Bronze, 20.a ed., Edições Salamandra, s/d)
Gostaria de saber a justificação para o uso da vírgula antes da copulativa "e".
Grata pela atenção.
Estou intrigado com o seguinte uso da vírgula após o pronome relativa que usado na narrativa "Um apólogo" de autoria de Machado de Assis:
«Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:...»
Afinal, por que mesmo usar a vírgulas após esse pronome que, se a oração «disse a um novelo de linha» é adjetiva restritiva?
Por gentileza, poderiam me esclarecer o motivo de usar a vírgula neste caso?
Desde já, agradeço o apoio de sempre.
N. E. – Um apólogo é uma «narrativa em prosa ou verso, geralmente dialogada, que encerra uma lição moral, e em que figuram seres inanimados, imaginariamente dotados de palavra» (Dicionário Houaiss).
É verdade que existem algumas respostas sobre este assunto. Contudo, a minha dúvida não é contemplada em nenhuma. Pelo menos, eu penso que não e peço desculpa, se estiver enganada.
Estive a ver as exceções ao uso da vírgula entre o sujeito e o predicado e não respondem à minha dúvida.
Gostaria que me esclarecessem se é possível colocar uma vírgula entre estas duas funções sintáticas, no caso de haver uma inversão : " começa cedo, a criaturinha"
A vírgula anterior e possível ou é, de todo, impossível?
Desde já agradeço.
Eu vejo que na língua italiana há uma liberdade na colocação dos termos nas orações. Parece que o português também concede está possibilidade, mas eu preciso ter certeza disso.
Sabe-se que, quando se usam orações do tipo de «O homem matou o dragão», «o homem» cumpre a função de sujeito, e «o dragão», a de objeto.
Mas, se se mantiver a mesma estrutura da oração e se também se puser uma vírgula após «o homem», «o homem» cumpriria a função de objeto, e «o dragão», a de sujeito.
Até agora vimos a estrutura SVO [sujeito-verbo-objeto] e OVS [objeto-verbo-sujeito], respectivamente.
Aí vêm as perguntas:
1.ª Seria possível uma estrutura do tipo VSO [verbo-sujeito-objeto] e VOS [verbo-objeto-sujeito] como, respectivamente, «Matou o homem, o dragão» e «Matou, o dragão, o homem»? (Sem ambas as orações possuírem a retomada do objeto pleonástico)
2.ª Também gostaria de saber se é possível as estruturas SOV [verbo-objeto-sujeito] e OSV [objeto-sujeito-verbo] como se seguem, respectivamente: «O homem, o dragão, matou» e «O dragão, o homem matou»? (Ainda que ambas não sejam retomadas pelo objeto direto pleonástico)
3.ª Gostaria de saber se as vírgulas estão bem empregadas, de tal modo que nos exemplos se justifique o que é sujeito, verbo e objeto?
Desde já, meus agradecimentos.
Lendo alguns fóruns na Internet, deparei-me com o seguinte modelo de frase: «Jorge gosta de frutas porque faz bem.» Nota-se que há a conjunção porque, não sendo precedida de vírgula.
O fórum cita o porque explicativo e causal, citando suas diferenças, sendo uma delas a de que o porque causal não pode ser precedido de vírgula e estabelece uma causa entre as duas orações; neste caso, a causa de Jorge gostar de frutas deve-se ao fato de estas fazerem bem, o que explica a ausência de vírgula. No entanto, tal análise torna-se, de certa forma, muito subjetiva, gerando uma dúvida no leitor. Da mesma forma que o porque da frase pode ser entendido como causal, também pode ser entendido como explicativo; a explicação do motivo de Jorge gostar de frutas deve-se ao fato de elas fazerem bem.
Li por vários outros fóruns e sites atrás de métodos para diferenciá-los, mas não obtive sucesso.
Afinal, há algum método de diferenciá-los com exatidão ou podemos nos esbarrar nesse mesmo problema de ambiguidade na análise?
Grato.
Para além da minha profissão na área tributária, sou escritora e poeta. A língua portuguesa é, para mim, essencial no meu dia a dia e costumo dizer que tive o privilégio de ter bons professores de português ao longo da minha vida estudantil. A minha tendência natural foi seguir Humanidades, desejando formar-me em História, contudo acabei em Direito. Recentemente, para além do prazer, por necessidade, comecei a fazer revisão de textos (técnicos, históricos, infantojuvenis, poéticos/poesia…).
Naturalmente, que no decorrer desta nova atividade, tenho-me deparado com todo o tipo de formação e conhecimento das pessoas que se cruzam comigo. Na sequência da revisão a um prefácio elaborado num livro de poesia por uma professora de português, e em virtude de não ser do meu conhecimento a utilização de, no final de uma frase, reticências seguidas de um ponto de exclamação, questiono se tal é correto aplicar-se.
Segue um exemplo: «[…] A determinada parte do texto, verifica-se uma dor plangente, e a necessidade de uma fuga que se crê premente, porquanto, só os braços da sua mãe, lhe dão o conforto que o mundo roubou sem porquê…! […]»
Grata, desde já, pela atenção que possam dispensar.
As locuções «não só...mas também...», «tanto...como...», «seja... seja...» devem-se fazer acompanhar de alguma vírgula?
«O Rui não só era estudioso mas também muito persistente.»
«Conquistou várias vitórias tanto a nível económico como social.»
«O João tanto trabalhava em casa como praticava desporto.»
«É preciso ser persistente seja nos tempos bons seja nos tempos maus.»
Cordialmente.
Gostaria de saber qual a expressividade literária da frase «Novamente.» no livro Um de nós mente de Karen M. McManus.
A frase é apenas isso e está inserida no seguinte parágrafo:
«Inclino-me no banco e tiro o telemóvel do bolso, percorrendo as mensagens. Leely enviou meia dúzia de mensagens sobre as roupas da Noite das Bruxas e Olivia anda angustiada porque não sabe se deve voltar para Luis. Novamente. Ashon desliga por fim o telemóvel.»
Obrigada
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