Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
Simone Barbosa de Oliveira Professora São Pedro da Aldeia, Brasil 13K

No período «O pior ainda está por vir», os termos «está por vir» formam uma locução verbal ou duas orações?

Grata pela resposta.

Hiur Matos Estudante Cascavel, Brasil 57K

Como faço para diferenciar a palavra então de advérbio e conjunção (principalmente conclusiva)?

Grato.

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 4K

Agradecia que me esclarecessem se a frase apresentada é admissível: «Ele pretendia ser mais do que o que era.»

Obrigado.

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 2K

Com referência à consulta de 17/4/2020, cuja resposta circunstanciada abordou elegantemente as sutilezas sintáticas que envolvem a frase examinada, vejo-me forçado a retomar o assunto para aclarar um ponto restante de sombra.

Aqui, o período: «Anda por retos caminhos, que assim vais plasmar tua integridade e a virtude será teu brasão.»

Assumindo, como foi aventado na resposta, que a terceira oração ("e a virtude será teu brasão") é passível de ser considerada subordinada (consecutiva, no caso), seria ela subordinada a qual oração subordinante? À primeira? À segunda? Ou a ambas, que assim formariam um grupo semântico, cuja consequência é exposta na terceira?

Eis o que eu gostaria de saber. Com antecipados agradecimentos.

Djavan Nascimento Estudante Recife, Brasil 8K

«O elemento foi pego em flagrante pela nossa equipe de força policial; com o mesmo* foi encontrada certa quantia em drogas, além de uma arma de fogo e dinheiro trocado".»

Usa-se com frequência o termo «o(a) mesmo» como recurso de retomada do termo citado anteriormente, (função dos pronomes?).Vejo certa construção usada na linguagem policial, como um jargão já consagrado; vi em alguns textos jornalísticos e, por incrível, ser empregado em algumas redações do ENEM a que tive acesso.

Gostaria de saber se é aceitável fazer certo uso, substituindo o pronome. Gostaria também da vossa opinião de como ficaria o trecho citado no começo, caso se substituísse o termo por um pronome, e gostaria de saber qual seria o pronome equivalente para a substituição.

Alguns colegas me apontaram como sendo o pronome ele, mas não achei tão formal o uso.

Agradeço atenciosamente a resposta.

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 3K

«Anda por retos caminhos, que assim vais plasmar tua integridade e a virtude será teu brasão.»

No período acima, a oração «e a virtude será teu brasão» é uma oração coordenada aditiva, já que se liga pela conjunção e com a oração anterior; ou é uma oração coordenada explicativa, como a oração anterior, coordenada com esta, mas mantendo sua condição de oração explicativa?

Agradeço desde já.

Ana Cardoso Professora Almada, Portugal 3K

Na frase «custou ao aluno entender a lição», qual é o sujeito?

Obrigada.

Gustavo Oliveira do Nascimento Psicólogo São Paulo, Brasil 2K

Gostaria de saber, por favor, se o pronome oblíquo átono o está correto na seguinte frase:

«Não queria discutir minhas reflexões. Na verdade, ainda não sei se o quero.»

Estaria correto omiti-lo, de acordo com a norma culta, como normalmente fazemos na linguagem coloquial? Se puderem me explicar, eu ficarei agradecido.

Muito obrigado pela ajuda.

Até mais.

Tiago Moita Tradutor/revisor Lisboa, Portugal 14K

Tendo em conta que o verbo testar é transitivo directo, isso não faz de «positivo» em «testar positivo"»o complemento directo?

Não me parece fazer sentido. Testa-se a pessoa, não o resultado, diria eu. Soa-me a um decalque do inglês "test positive for", mas encontram-se tantos exemplos na imprensa, que fico na dúvida.

Ficaria muito agradecido se pudessem clarificar esta questão.

 

O consulente escreve segundo a norma ortográfica de 1945.

Olga Ferreira Professora Leiria, Portugal 4K

Gostaria que me esclarecessem, por favor, a seguintes dúvidas, por falta de consenso, sobre a análise sintática [dos constituintes] da frase seguinte: «A lua é como barca perdida.»

«barca perdida» –- predicativo do sujeito; «perdida» – modificador restritivo do nome. [...]

Tenho pesquisado em diferentes fontes linguísticas e não encontrei um único exemplo semelhante que me convença que «perdida» é um '«modificador restritivo do nome» inserido no predicativo do sujeito «como barca perdida».

Se o predicativo do sujeito é uma função sintática interna ao grupo verbal e que pode ser desempenhada por um grupo nominal, cujo núcleo do grupo é um nome, que o define, sendo neste caso «barca», e se o predicativo do sujeito está relacionado com o sujeito e completa o sentido do verbo copulativo ser, por que razão o segmento «barca perdida» não é apenas predicativo do sujeito, dado que predica a «A lua»?

Por outro lado, «barca perdida» está antecedida por «como», que introduz o segundo termo de comparação nesta frase. Então a «lua» é comparada a «barca perdida». Caso «perdida» seja um modificador restritivo do nome, restringe [o] quê, «barca»?

Se omitirmos o hipotético modificador restritivo do nome, o sentido do grupo nominal fica completo sem este? Considero que não! A frase fica agramatical: «A lua é como barca.» O modificador não é selecionado pelo nome «barca», pelo que [«perdida»] não pode ser um modificador restritivo do nome, ao contrário do complemento do nome, que é selecionado por um nome.

Por último, será que «perdida» é modificador restritivo do nome de «A lua», dado que completa o sentido do verbo copulativo ser e está relacionado com o sujeito «A lua»? Julgo que não! Mais uma vez a frase fica sem sentido: «A lua é como perdida.»

Face ao exposto, considero que os elementos da expressão «como lua perdida» são indissociáveis e, por isso, constituem o predicativo do sujeito de «A lua». [...]

Obrigada.