Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
Dominika Mofele Professora Cracóvia , Polónia 4K

Gostaria de perguntar se podemos utilizar a preposição de com o verbo alugar, como nas frases: «a senhora da qual aluguei um apartamento está no estrangeiro» ou «aluguei um apartamento da amiga da minha mãe». Trata-se de uma situação em que eu sou inquilino e estou a alugar um apartamento de alguém.

Obrigada!

Maria Maria Estudante Portugal 5K

Na seguinte frase:

«O aluno fez o trabalho corretamente»

como é que eu sei que «corretamente» é modificador e não complemento oblíquo, sendo que posso fazer o teste da pergunta «como...»?

O que distingue esta frase da seguinte:

«O João sentiu-se mal»

sendo que «mal» já é complemento oblíquo e não modificador.

Como distinguir?

Heiko Obermeit Bacteriologista Frankfurt, Alemanha 12K

Já li a pergunta "A concordância do verbo doer" e tenho uma pergunta relacionada: tem a palavra dor de ser usada em concordância com o número da parte do corpo que está a doer?

«Dores na costas», mas «dor de cabeça»?

Na minha língua materna seria sempre o plural, porque a região que dói não é bem delineada e praticamente inumerável.

José Moreira Aposentado Porto, Portugal 4K

Há muita gente que tem dificuldade em empregar o verbo haver no sentido de «existir». Não é raro, antes pelo contrário, ler-se, sobretudo nas redes sociais, «Inaugurado "a" 5 anos», ou «li o livro "à" muito tempo».

Ora, tenho verificado que alguns escreventes, na dúvida, optam por substituir haver por fazer, tal como os brasileiros. Por exemplo, «inaugurado faz 5 anos», ou «li o livro faz muito tempo».

A minha pergunta é: está correcto este emprego do verbo fazer?

 

O consulente segue a norma ortográfica de 45.

José de Vasconcelos Saraiva Estudante Foz do Iguaçu, Brasil 1K

Os gramáticos falam de as apositivas poderem ser parafraseadas por coordenação em havendo duas asserções.

Tal juízo abrange ainda as restritivas ou é privativo das apositivas?

Muito obrigado!

Geobson Freitas Silveira Agente público Bela Cruz, Brasil 4K

Estudando as conjunções subordinativas (norma culta), me deparo com a seguinte informação: a preposição desde (sem partícula que) está arrolada na listagem de conjunções subordinativas condicionais conforme transcrito abaixo:

se, salvo se, desde que, exceto se, caso, desde, contanto que, sem que, a menos que, uma vez que, sempre que, a não ser que,…

Ainda estranhei a inclusão de sempre que. Será um lapso ou de fato isso existe na língua culta portuguesa?

Gostaria, se possível fosse, de uma orientação da parte do Ciberdúvidas.

Ana Fernandes Professora Braga, Portugal 2K

Na frase «[D. Sebastião] Arrastou para a aventura toda a nobreza portuguesa», o verbo arrastar pode ser considerado transitivo direto e indireto, sendo o segmento «para a aventura» um complemento oblíquo?

Agradeço um esclarecimento.

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 1K

«Quem se humilha será exaltado.»

Existe ambiguidade na frase acima, desde que consideremos o verbo humilhar-se como pronominal ou como estando na voz passiva pronominal?

«Humilhou-se» ou «foi humilhado»?

Obrigado.

Margarida Neves Professora Portugal 2K

Clítico (segundo o dicionário Priberam):

«Diz-se de ou palavra que forma uma unidade fonética com a palavra a que está ligada.»

Podiam dar-me exemplos de clíticos que não fossem pronomes?

Pedro José Ferreira Machado e Silva Engenheiro de Petróleo Rio De Janeiro, Brasil 3K

No período a seguir, fiquei com uma dúvida atroz, «Todos foram à festa, inclusive eu.»

«Inclusive eu» será uma oração assindética com o verbo elidido? Se «inclusive eu» fosse parte do sujeito composto, deslocado, o verbo não deveria estar na 1.ª pessoa do plural? «Todos fomos a festa, inclusive eu.»

Nesse caso, o termo «inclusive eu» não será um pleonasmo de vício [de linguagem], visto que a desinência verbal já denotaria que o locutor também fora à festa? Portanto, minha escolha seriam duas orações, a segunda com o verbo elidido: «Todos foram à festa, inclusive eu (fui).»

Grato.