Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
Arlene Matos Fernandes Estudante Vitória da Conquista, Brasil 2K

É possível usar o presente em lugar do imperativo?

Por exemplo, «tu, faze-lo!» em lugar de «tu, fá-lo» e «fá-lo tu».

José de Vasconcelos Estudante Foz do Iguaçu, Brasil 4K

Quando não há verbo depois, usa-se, de acordo com a norma padrão portuguesa, o pronome ele ou si, neste caso: «o predomínio exercido sobre ele», ou «sobre si»?

Muito obrigado!

Marcos Barbosa Professor Rio Branco, Brasil 1K

A frase «o filme é divertido de assistir» é ambígua?

Flávio Gomes Instrutor de Inglês Belo Horizonte, Brasil 6K

Visto que o verbo preocupar(-se) rege a preposição com antes de substantivos, a seguinte frase tem de obrigatoriamente ser «Doroteia, na verdade, está preocupada com se Dante não está sentindo sua falta», ou, neste caso, podemos dizer simplesmente «Doroteia, na verdade, está preocupada se Dante não está sentindo sua falta»?

E por qual motivo?

Nicolau Herédia Estudante Brasil 2K

«Em que país moram vocês?»

«De que fruta será que gostam mais?»

«Por que motivo?»

Essas são frases interrogativas muito naturais na língua portuguesa. Mas vejo aqui no Brasil o que sendo trocado por qual, mesmo quando não há propriamente ideia optativa, assim:

«Em qual país moram vocês?»

«De qual fruta será que gostam mais?»

«Por qual motivo?»

Está correto o uso de qual nessas frases? Usa-se em Portugal?

Orlando Martins Professor Braga, Portugal 2K

Tenho dúvidas sobre como classificar as funções sintáticas na frase seguinte:

«O meu filho viajou de carro pela América do Norte.»

1. «....de carro» é modificador do grupo verbal? «...pela América do Norte» é complemento oblíquo?

2. ... ou são dois modificadores?

Inclino-me para a 1.ª opção, mas gostaria de ter a certeza.

Grato pela ajuda.

José Rafael Nascimento Professor São Facundo, Abrantes, Portugal 2K

Usa-se correntemente a expressão «imagino o que não...» (terá dito, terá custado, etc.)

Gostava de saber qual é a lógica desta expressão, pois o mais correcto parece ser «imagino o que...».

 

O consulente segue a norma ortográfica de 45.

Maria Teresa Dangerfield Tradutora Londres, Inglaterra 1K

Qual destas sequências, se alguma, está correta?

«Uma colcha branca de algodão, com cheiro a lavado», ou «uma colcha branca de algodão, com cheiro a lavada»?

Bem hajam! 

Paula Guerreiro Professora Portalegre, Portugal 1K

Precisava de ajuda para esclarecer as funções sintáticas presentes na frase "Não percebo nada de informática."

Assim, pedia a vossa colaboração para responder às seguintes questões que surgiram em sala de aula:

1. O constituinte "de informática" é complemento oblíquo e "nada" (assumido como advérbio de quantidade e grau, tal como "muito" e " pouco") é modificador do grupo verbal?

Ou 2. podemos considerar que o complemento direto é a expressão "nada de informática", ainda que não possa ser substituída pelo pronome de complemento direto, (a frase "Não o percebo.", não sendo agramatical, não tem o mesmo significado)?

Parece-me mais ou menos claro que, se omitíssemos um destes constituintes e tivéssemos frases como:

1. "Não percebo nada."

2. "Não percebo de informática."

o constituinte "nada" seria o complemento direto, na frase 1. e "de informática" o complemento oblíquo na frase 2. Ou estarei enganada?

Agradeço, antecipadamente, a vossa colaboração. i

Gonçalo Castelo-Branco Estudante Oliveira de Frades, Portugal 1K

À porta de uma mercearia em Alverca lê-se num cartaz: «Há vinho da Calhandriz e pão da Arruda.»

Em conversa com alguns fregueses, constatei que é costume nas redondezas usar-se o artigo definido a (além das contrações preposicionais da e na) para fazer referência a estas duas povoações, sobretudo entre os nativos e os mais idosos.

Em todo o caso, quaisquer alusões a CalhandrizArruda (dos Vinhos) são-nos apresentadas, regularmente, e dependendo do contexto, de forma neutral.

Vejam-se alguns títulos do jornal O Mirante:«Um morto e 34 infetados em lar de Arruda dos Vinhos' (e não «'da' Arruda dos Vinhos»); ou «A Guarda Nacional Republicana emitiu um parecer de segurança negativo à instalação de duas novas caixas multibanco em Calhandriz» (e não «'na' Calhandriz»).

No entanto, e noutra edição, o mesmo jornal destaca: «Ser compositor e músico é ter uma profissão demasiado dura para não se gostar dela. Quem o diz é Telmo Lopes, [...] compositor natural da Calhandriz [....].»

Perante isto, deverão estes fenómenos linguísticos ser encarados como norma ou apenas como meros regionalismos? E qual é, na verdade, o género dos topónimos Calhandriz e Arruda dos Vinhos?

Agradeço à Comunidade Ciberdúvidas o apoio prestado, assim como a eficácia e a assertividade das vossas respostas.