Gostaria de tirar uma dúvida sobre a construção «lá se vai».
Tal dúvida surgiu a partir da seguinte asserção de Evanildo Bechara, citada abaixo, na obra Lições de Português pela Análise Sintática (p.67, 2018), mais precisamente no tópico sobre verbos impessoais, onde ele diz o seguinte:
«Mestres há, como o Prof. MARTINZ DE AGUIAR (em carta particular), que ensinam que o verbo tem de ir ao plural, concordando com o seu sujeito, sendo o singular um caso de inércia mental, igual a "lá vai os homens". Neste caso o sujeito será: "dois corcundas"; "três moças"; "quatro ladrões"; "quatro irmãs".»
Não conseguindo deslindar satisfatoriamente o que é exposto pelo notório gramático, peço-lhes a mão amiga neste ínclito e iluminado espaço, ao qual sempre acorro.
Desde já muito obrigado.
Tenho uma dúvida em relação à seguinte função sintática do constituinte «em Belém» na seguinte frase:
«O Mosteiro de Santa Maria da Feira, em Belém, é mais conhecido por Mosteiro dos Jerónimos.»
Modificador de nome, certo?
A expressão «em Belém» equivalerá a «que é de Belém»? Equivalerá a «localizado em Belém»? Não me parece que faça sentido quando movida na frase.
Obrigado pela vossa paciência e dedicação.
Na frase «É como se estivéssemos a mil numa montanha russa», qual a função sintática exercida na frase pelas expressões «a mil» e «numa montanha russa» respetivamente?
Espero que este e-mail encontre todos a gozar de boa saúde.
Escreve-se «o João morreu de fome» ou «com fome»?
Gostaria de obter a justificação das respostas.
Obrigado!
O que é mais correto: «desliguei-o um pouco» ou «desliguei-o durante um pouco»?
Obrigado.
1. Como devo fazer análise sintática da seguinte frase: «aceita-me como sou»?
2. Como posso dividir e classificar o seguinte período: «tal como eles foram patriotas assim também o seremos»?
Sou um consumidor regular dos conteúdos disponibilizados por este maravilhoso canal.
Muito obrigado pelo excelente trabalho que desenvolvem em prol do nosso idioma, o Português. Bem hajam!
Na frase «Sua obra será sons que se ouvem no papel», que se encontra na tradução de uma obra literária, apontaram um incorreção na concordância verbal, porque o verbo ser deveria concordar com «sons» e não com «obra». É a única concordância possível?
Existem bons gramáticos que apontam como correta a concordância com o sujeito nesse caso?
Podem nos ajudar com essa questão, por favor?
Em resposta de 23 de março de 2007 (https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/era-uma-vez/19978), diz-se que «era uma vez» “pode ser classificada sintacticamente como complemento circunstancial de tempo” e dá como exemplo «Era uma vez um gato que tinha duas botas pretas».
Ora, sendo «que tinha duas botas pretas» uma oração subordinada, se «era uma vez» é complemento, não existe verbo para uma oração subordinante!
Quer-me parecer que mais lógico é considerar «era» núcleo do sintagma verbal, e apenas «uma vez» complemento circunstancial.Se for assim (e também se não for), resta saber a função de «um gato».
Dado que nós também diríamos «era uma vez dois gatos» (e não «eram uma vez dois gatos»), «gato» ou «gatos» pode ser o sujeito?
Ou teremos de admitir que temos aqui um uso de especial de ser equivalente a haver? «Havia uma vez dois gatos» não levanta dúvida nenhuma.
Grato pela vossa atenção e serviço à comunidade.
Em «vi-os aos dois», «comprei-as a todas», qual é a função sintáctica dos termos em destaque de acordo com a Terminologia Linguística para o Ensino Básico e Secundário[1], a Nomenclatura Gramatical Portuguesa (1967) e a Nomenclatura Gramatical Brasileira (1959)?
[1 N. E. – Esta terminologia, conhecida pela sigla TLEBS e, entre 2004 e 2007, aplicada no ensino básico e secundário de Portugal, foi substituída em 2008 pelo Dicionário Terminológico, que constitui, conforme se lê na Direção-Geral de Educação, «um documento de consulta, com função reguladora de termos e conceitos sobre o conhecimento explícito da língua, de forma a acabar com a deriva terminológica». Sobre a TLEBS e a polémica que gerou, consultem-se os artigos reunidos pelo Ciberdúvidas aqui.]
Relativamente ao verbo combinar, deparei-me com esta construção: «Combinámos para irmos à pista num sábado.»
Perguntava-vos se podemos usar esta construção.
Obrigado.
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