Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
Helena Montez Actriz Lisboa, Portugal 5K

Diz-se «se se conseguir lembrar de onde ele está», ou «se se conseguir lembrar onde ele está»? E há diferença se a frase for negativa? «Não me lembro de onde ele está»/«não me lembro onde ele está».

Obrigada.

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 7K

Veja-se a seguinte frase:

«Esta não é notícia que se possa nem se deva divulgar.»

Veja-se esta outra (em que se altera a posição do advérbio não):

«Esta é notícia que não se possa (pode) nem se deva (deve) divulgar.»

Minha dúvida se situa justamente sobre a aparente necessidade de se empregar o tempo no indicativo (que me parece soar melhor) em virtude da simples modificação da posição do advérbio na frase.

Gostaria de um esclarecimento, o qual desde já agradeço.

Helena Montez Actriz Lisboa, Portugal 4K

Diz-se «podem poupar-me à esmagadora humilhação», ou «podem poupar-me da esmagadora humilhação»?

Obrigada.

Ana Vilaça Professora Vila Nova de Famalicão, Portugal 3K

Na frase «a imagem desapareceu do espelho», a expressão «do espelho» desempenha a função de complemento oblíquo, ou de modificador do grupo verbal?

Muito obrigada.

Carolina Alves Estudante Coimbra, Portugal 5K

A frase «O Secretariado faz constar, pelo presente aviso, de que pretende contratar três funcionários» está correta?

Dorinda Fernandes Portugal 9K

Na frase «ele era-nos muito querido», qual a função sintáctica desempenhada pelo pronome nos?

Obrigada. 

Ana Magalhaes docente Lisboa, Portugal 10K

«Pode conhecer-se muitos lugares», ou «pode-se conhecer muitos lugares»?

João Araújo Gomes Professor universitário Lisboa, Portugal 201K

Sei que há uma publicação sobre este tema no vosso site, pelo que escusam de me reencaminhar para lá. O problema de se verem muitos erros escritos é que, com o tempo, começamos a duvidar. Agora com este frequente: «o quão». Sempre escrevi [...] quão sem artigo definido antecedente. Mas tenho visto, inclusive em professores de Português, a expressão «o quão»! Sempre aprendi que quão substituía «o quanto» no sentido de perguntar ou afirmar «como», «de que modo», «a que ponto».

Quão errado estou!?

Obrigado pela ajuda.

Antonio Carlos Costa Filho Eletricista Bragança Paulista - São Paulo, Brasil 7K

No Brasil é muito comum usar expressões como: «De tanto que estudei, consegui ser aprovado»; «de tanto que apanhei da vida, aprendi a lição».

Entretanto, não consegui descobrir em livro nenhum se [primeiro] a expressão «de tanto que» pode ser considerada locução conjuntiva causal e se [segundo] seu uso é coloquial ou não.

Maria Manuel Chitas Professora Lisboa, Portugal 9K

Na frase «associamos aquela época a um mundo de barbárie», qual é a função sintática de «a um mundo de barbárie»?

Se atentarmos na definição de complemento indireto apresentada na vossa página por Edite Prada:

«[...] o complemento indireto tem, segundo a Moderna Gramática Portuguesa de Bechara, pág. 42, as seguintes características:

a) «É introduzido pela preposição a ou mais raramente para»;

b) a palavra que o expressa «designa um ser animado ou concebido como tal»;

c) «expressa o significado gramatical de ‘beneficiário’ ou destinatário»;

d) «é comutável pelo pronome pessoal objetivo lhe/lhes» (= a ele/a eles).

Pela descrição de Bechara, podemos concluir que o complemento indireto é um nome antecedido de uma preposição que pode ser a ou para.»

Se procedermos à substituição de «a um mundo de barbárie» por lhe, obtemos a frase: «Associamos-lhe aquela época.». Esta frase suscita-me duas questões. Por um lado parece-me que a sua aceitabilidade é discutível, por outro acho que não preenche a característica enunciada em c). Em síntese, «a um mundo de barbárie» é ou não um complemento indireto?

Agradeço o vosso trabalho.