Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Semântica
Gabriel Rivetti Estudante SABARÁ, Brasil 6K

Tenho uma dúvida acerca dos pronomes oblíquos. Posso ocultar tais pronomes?

Vou exemplificar: «Quando você chegar, avise-me»

Poderia refazer essa oração assim: «Quando você chegar, avise»?

Esse tipo de construção é possível dentro das normas do português do Brasil?

Grato!

Ana Paula Guerra Professora Odivelas, Portugal 1K

Na frase «Se alguma vez se distraía deste exercício de memória, era para pensar nas feições da amada do seu hóspede» (in Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco), qual é o sujeito do verbo ser («era»)?

O contexto mais alargado em que a frase surge é o seguinte : «Mariana, durante a veloz caminhada, foi repetindo o recado da fidalga; e se 'alguma vez se distraía deste exercício de memória, era para pensar nas feições da amada do seu hóspede.»

Grata pelo vosso esclarecimento.

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 2K

Na frase «O que aconteceu para chegares tarde?», que valor poderíamos atribuir à preposição para?

Agradeço o vosso esclarecimento.

André Sucena Engenheiro industrial Aveiro, Portugal 25K

Em inglês, parece existir uma ordem popularmente aceite entre adjectivos e os substantivos que classificam, que consiste em algo como: opinião, tamanho, idade, forma, cor, origem, material, utilidade. Portanto, dizer «It is my adorable big old square black English leather business suitcase» soa bem, apesar de claramente não ser uma frase que se ouça no dia-a-dia, e qualquer subconjunto desses adjectivos soa bem desde que se mantenha a mesma ordem.

A minha pergunta é, existe alguma heurística semelhante em português? Os adjectivos em português parecem assumir uma função mais figurativa quando à esquerda do substantivo, e mais objectiva quando à direita. Qual seria a melhor maneira de traduzir a frase em inglês acima numa única frase em português?

Obrigado.

[N.E. — A pergunta do consulente está redigida segundo a norma ortográfica de 45. ]

Inês Pereira Docente Lisboa, Portugal 14K

Gostaria de saber se as frases têm complemento oblíquo, por favor.

«Voltou Camões pela via marítima» (pela via marítima)

ou na interrogativa: «Voltou Camões pela via marítima?» (pela via marítima)

Sendo o verbo "voltar" sinónimo de "regressar" penso que seria intransitivo, daí a dúvida se poderá ser complemento oblíquo. A frase na negativa muda alguma coisa a transitividade?

Muito obrigada

Raquel Santos Estudante Porto, Portugal 2K

Gostaria de saber se é possível que o verbo combinar reja a preposição para seguida de infinitivo: «Combinamos para ir à praia»;«Quando é que combinamos para fazer um passeio?»

Sei que o verbo combinar pode reger a preposição para quando depois se menciona alguma expressão temporal: «combinamos para sexta-feira»; «combinamos para as quatro da tarde».

Mas poderia considerar-se para + infinitivo?

Desde já agradeço a atenção dispensada.

Sérgio Ribeiro Programador de computadores Matosinhos, Portugal 25K

«Aqui vem a sua música favorita», diz o locutor radiofónico; «é a minha comida favorita», diz a minha filha...

Nas duas situações eu usaria preferida em vez de favorita. Estarei errado?

Sempre associei o termo favorito a competição, a algo ou alguém que está melhor posicionado para alguma coisa («é a equipa favorita no campeonato», «o filme que era considerado o favorito naquela categoria», por exemplo). Já com a palavra preferido, penso numa escolha (quase subjetiva) de algo ou alguém («a minha música preferida», «ele é o aluno preferido da professora»). Por exemplo, eu poderia usar os dois na mesma frase: «eu acho que a equipa favorita no campeonato é X, mas a minha preferida é Y». Nos dicionários ambos os termos aparecem como possíveis sinónimos do outro, mas sem contexto algum.

Gostaria de ser esclarecido sobre este tema. Obrigado.

Francisco Neves Estudante universitário Porto, Portugal 2K

Venho perguntar se o verbo desadensar existe realmente ou não. Efetivamente, não existe no Dicionário Priberam; no entanto, a Infopédia dá a entender que o verbo em causa existe e que é possível encontrar-se entradas relativas à existência do possível verbo.

Grato pela atenção.

Marta Paixão Professora Lisboa, Portugal 4K

Como se classificaria a oração subordinada na frase «insistia para que eu me imaginasse sempre a voar»?

Uma professora considera tratar-se de uma oração subordinada adverbial final, uma vez que tem o para que, mas a meu ver a oração não tem valor de finalidade, parecendo-me antes uma oração substantiva completiva, visto que o verbo insistir não me parece poder ficar sozinho, exigindo uma oração que o complete.

Obrigada.

Djavan Nascimento Estudante Recife, Brasil 5K

Se substituirmos o «a respeito de» e o sobre teremos objeto, ou continua sendo adjunto adverbial?

«A menina da qual estávamos falando chegou» (objeto?)

«Estávamos falando a respeito da menina.» (adjunto adverbial).

«Estávamos falando sobre a menina» (adjunto adverbial).

«Estávamos falando da menina» (objeto)

Fiz essa avaliação. Creio que esteja certa. Há um pouco de confusão entre adjunto adverbial e objeto indireto...

Obrigado a todos do Ciberdúvidas.