Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Semântica
Victor Linard Professor de Português Crato, Ceará , Brasil 2K

Na expressão «patente de produtos», esse elemento preposicionado «de produtos» exerce que função sintática?

Gostaria de saber também se o substantivo patente é concreto ou abstrato. E semelhantes a ele como marca, produto... são que tipos de substantivos: concretos ou abstratos?

Obrigado.

Erick Simões Advogado Petrolina, Brasil 7K

Com sujeito constituído por substantivo inanimado, fala-se a voz passiva das seguintes formas:

(1) a porta se abriu

ou

(2) a porta abriu;

(3) a loja abriu cedo

e

(3) a loja se abriu cedo.

Percebo que, quando nos referimos a objetos, o uso da partícula se é mais comum. Contudo, quando nos referimos a estabelecimentos, o uso da partícula se é menos comum. Há lógica? No que se refere a esse assunto, as duas formas são gramaticais? Elas têm diferença de significado? Prefere-se uma a outra na fala coloquial? Quais são as implicações do uso ou não uso do se em tais casos?

Obrigado pela atenção.

Eduardo Monteiro do Amaral Oficial Militar Anápolis, Goiás, Brasil 8K

Enquanto pesquisava critérios de diferenciação entre orações coordenadas explicativas (OCE) e orações subordinadas adverbiais causais (OSAC), verifiquei, em uma de suas respostas no campo Consultório, que os senhores classificaram a oração «Ela estudava muito, pois desejava ser aprovada» como OCE.

Parece-me irresistível não ver nela uma relação de causa (desejar de ser aprovada) e efeito (estudar muito).

Por que ela é classificada como OCE? E como eu poderia reescrevê-la de modo a que ela se torne uma OSAC?

Por exemplo, caso o verbo “desejar” estivesse no pretérito mais-que-perfeito do indicativo (indicando que a ação de “desejar” é anterior a de “estudar”), a oração seria SAC?

Parabéns pelo excelente trabalho!

Rogério Oliveira Docente Gaia, Portugal 3K

Como dividir e classificar as orações em «Morder como quem beija!», in "Ser Poeta", de Florbela Espanca (1894-1930)?

Muito obrigado!

Patrícia Abreu Professora Ponta Delgada, Portugal 6K

Na frase «ele mora em casa com a mãe», é correto assumir que contém dois complementos oblíquos ou há um complemento oblíquo (CO) e um modificador do grupo verbal (GV)?

Neste caso, como determinar o CO e o modificador, uma vez que qualquer um pode ser utilizado para termos uma frase gramatical, não sendo, para isso, necessário o uso dos dois?

Grata pela atenção.

Patrícia Abreu Professora Ponta Delgada, Portugal 3K

Na sequência da implementação do Acordo Ortográfico, gostaria de saber como devem ser classificados os nomes referentes aos meses e estações do ano em contexto escolar. Uma vez que se escrevem com minúscula, nomes comuns?

Já li explicações que referem que devem continuar a considerar-se nomes próprios. Neste caso, como o explicar a miúdos do 1.°, 2.° e, até, 3.° ciclos?

Pessoalmente, passei a evitar a classificação destes nomes, mas recentemente tive de ajudar o meu filho a resolver um exercício e deparei-me com este problema. Ele frequenta o 3. ° ano e o exercício enviado apresentava a ortografia anterior à implementação do AO, ou seja, estes nomes surgiam com maiúscula, o que me levou a uma explicação acrescida, tendo optado pela classificação de nomes comuns.

Aguardo o vosso precioso parecer.

Antonio Serdoura Reformado Tomiño, Espanha 3K

Considerando que o termo religião (religio) traduz um conceito, parece-me gramaticalmente erróneo utiliza-lo no plural ("religiões").

Não será assim ?

Paulo de Sousa Tradutor Oeiras, Portugal 2K

Quando nos queremos referir a algo que não é passível de ser comprovado, os dicionários parecem não acolher o adjetivo incomprovável. Será que o termo existe? Terá improvável essa aceção?

Andresa Lourenço Tradutora e revisora Odivelas, Portugal 2K

Começo por agradecer o vosso inestimável serviço e importância no seio da comunidade linguística. São uma fiabilíssima fonte de referência a que recorro muitas vezes na realização do meu trabalho. Um fortíssimo bem-haja e com toda a saúde.

Passo então ao que me leva a colocar-lhes uma questão. No decurso de uma revisão a um colega tradutor, deparou-se-me a seguinte frase:

a ) «Quando a Alliance dava os primeiros passos, o primeiro desafio enfrentado foi a criação de alguns grupos de trabalho para estabelecer o padrão e trabalhar nos detalhes técnicos do protocolo.»

De imediato, algo me pareceu "soar" mal nos tempos verbais usados e procurei explicações junto do vosso/nosso site. Encontrei assim o seguinte artigo "Pretérito perfeito vs. pretérito imperfeito",  que me elucidou quanto à correção dos tempos verbais usados.

No entanto, não consigo deixar de pensar que as seguintes variantes se me afiguram melhores. São elas:

b) «Quando a Alliance deu os primeiros passos, o primeiro desafio enfrentado foi a criação de alguns grupos de trabalho para estabelecer o padrão e trabalhar nos detalhes técnicos do protocolo.»

Ou

c) «Quando a Alliance estava a dar os primeiros passos, o primeiro desafio enfrentado foi a criação de alguns grupos de trabalho para estabelecer o padrão e trabalhar nos detalhes técnicos do protocolo.»

Assim, peço a vossa ajuda relativamente a 2 questões:

1. Entender se há de facto algo de incorreto na tradução original a).

2. Saber as diferenças entre as frases a), b) e c), se é que existem.

Muito obrigada desde já a toda a equipa!

Antonio Lima Professor Bonito-PA, Brasil 4K

Gostaria de saber se a vírgula é obrigatória, facultativa ou proibida quando o período é iniciado pela oração subordinada substantiva?

Grato pela resposta.