O âmbito da questão colocada não é muito claro.
Procurando responder ao que supomos ser a essência da dúvida colocada, poderemos afirmar que, em início de frase, é possível identificar a presença de uma oração subordinada substantiva relativa:
(1) «Quem me conheça sabe que adoro ler.»
ou de uma oração subordinada substantiva completiva:
(2) «Que o João chegue atrasado não nos interessa minimamente.»
Nestes dois casos não se usa vírgula, uma vez que esta estaria a separar o sujeito do verbo.
Como afirmam Cunha e Cintra, «os termos essenciais e integrantes da oração ligam-se uns com os outros sem pausa; não podem, assim, ser separados por vírgula. Esta é a razão por que não é admissível o uso da vírgula entre uma oração subordinada substantiva e a sua principal» (Nova Gramática do Português Contemporâneo. Ed. Sá da Costa, pp. 645 – 646).
Não obstante, alguns autores consideram que é admissível a utilização de uma vírgula nestes casos por razões estilísticas (de ênfase do constituinte, por exemplo) ou para desambiguar uma frase cuja interpretação seja mais complexa. Nestes casos estamos, portanto, perante vírgulas opcionais. (veja-se esta resposta)
Disponha sempre!