Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Semântica
Diana Madeira Leitora de língua portuguesa Londres, Reino Unido 12K

Qual das seguintes frases é a mais correta?

«Cabe-nos respeitar a sua opinião», ou «Cabe a nós respeitarmos a sua opinião»?

Tanto numa frase como na outra o verbo respeitar está no infinitivo pessoal, e gostaria de saber o porquê.

Helder Carvalho Docente Portugal 2K

Gostaria de saber se "Reich" deve ser escrito em itálico.

Nicolau Herédia Estudante Brasil 7K

Certa vez, Napoleão Mendes de Almeida, creio eu que no seu Dicionário de Questões Vernáculas, disse, do seu jeito prescritivista, que deveríamos ter bem clara a distinção entre «tenho que» e «tenho de». Segundo ele, frases como «ela afirmou que eu tinha que tomar mais cuidado» seriam mais bem formadas com o uso de «tenho de», ou seja, de forma correta escreveríamos e diríamos: «ela afirmou que eu tinha de tomar mais cuidado».

«Ter que» seria usado no sentido aqui discutido: «tenho mais que fazer».

Contudo, é fato que no Brasil quase todos dizem «tenho que fazer X» e, no caso de «tenho mais que fazer», — é o que me parece — dizem «tenho mais o que fazer».

No primeiro caso, acabamos, por coincidência ou não, convergindo no uso com o espanhol, idioma em que se diz «tengo que».

No entanto, no segundo, acabamos por criar algo próprio, ou seja, em vez de manter o «tenho mais que fazer», pusemos um o antes do que. (“Criando” porque me parece mais natural que a novidade seja nossa, já que em tanto no português europeu quanto no espanhol há a mesma forma, e a divergente é a construção brasileira.)

A pergunta é: como é que houve essa inovação no Brasil? Conseguem dar hipóteses? Terá sido uma questão fonética?

Francisco Neves Estudante universitário Porto, Portugal 6K

Gostaria de saber se a expressão «cair a cabeça aos pés a», que, segundo as minhas pesquisas, apenas se encontra dicionarizada no dicionário da Porto Editora, pode também expressar a ideia de entusiasmo, isto é, sendo o significado da expressão «ficar estupefacto», gostaria de saber se tal estupefacção pode também transmitir a ideia de estar entusiasmado, empolgado, animado.

Grato pela atenção

Evandro Braz Lucio dos Santos Professor Santa Quitéria, Brasil 4K

Na frase «o professor fez as vezes de aluno», qual a função sintática do termo «as vezes de»?

Obrigado.

Alexandre Badibanga Estudante Luanda, Angola 2K

A minha dúvida é a propósito da seguinte frase: «Caso fizesses a tarefa, terias nota.»

Gostava de saber se o uso da conjunção caso, nesta frase, é compatível com o verbo no pretérito imperfeito (conjuntivo).

Tenho insistentemente pesquisado a respeito deste assunto; porém o único uso que tenho encontrado como, normativamente, aceitável é: «a conjunção CASO deve ser usada com o verbo no presente do conjuntivo.»

No entanto, tenho visto pessoas a usarem-na, sistematicamente, com o pretérito imperfeito(conjuntivo). Gostava de, por favor, saber se este é um uso particular e, normativamente, reconhecido no Português Europeu. Para terminar, já tentei ler sobre o assunto aqui no vosso repertório, porém não fiquei satisfeito, ou seja, não fiquei esclarecido.

Desde já, agradeço a atenção. Votos de força nesta fase difícil por que o mundo está a passar (COVID-19).

Lucas Tadeus Oliveira estudante Mauá, Brasil 8K

É certo afirmar que, em «Agora, o que não pode é esculhambar a gente, assim na cara dura», «agora» é conjunção? É correto esse uso?

João Guilherme Pereira Gonçalves Professor Abadim, Portugal 2K

Usa-se na minha região (Cabeceiras de Basto) o termo "curgidades" para referir as novas culturas da horta (alface, pepino, cebola, pimentos, tomates, ...).

Não encontro a palavra no dicionário, nem uma origem/derivação que justifique de forma clara o seu uso.

Solicito e agradeço, desde já, a sua opinião.

 

Lucas Tadeus Oliveira Estudante Mauá, Brasil 3K

Gostaria de saber um termo vernáculo para office boy? Sei só de contínuo, que já se usou bastante no Brasil mas hoje já não se usa.

Por que via esse estrangeirismo veio para o Brasil? Ele antecede o uso de contínuo?

Iago Nascimento Estudante de Direito Sergipe, Brasil 2K

Já vi muitas frases construídas com a expressão «é de um/uma», mas tenho dúvidas se é correto o seu uso.

Aqui mostro dois exemplos:

I – «O uso de meios ilícitos para obtenção de vantagens é de uma imoralidade imensa.»

II – «A falta de cuidados no tratamento às pessoas e aos animais doentes é de uma desumanidade sem tamanho.»

O uso da referida expressão encontra respaldo nos livros de língua portuguesa?

Grato.