«A disposição dos móveis, os enfeites de cristal, as estatuetas de bronze, tudo isso e o mais que não me ficou na memória, cumpria bem a finalidade de dar requinte à peça.»[1]
No período acima, poderia o verbo cumprir fazer a concordância canônica no plural (já que há claramente dois núcleos de sujeito: «tudo isso e o mais...»)?
Qual regra que se aplica no caso de concordância no singular?
Obrigado.
[1 N.E. – A pedido do consulente, a pontuação da frase foi ligeiramente alterada. Na versão inicial, apresentava-se uma vírgula antes de «cumpria». A resposta tem em conta a versão sem vírgula, mas segue-se-lhe uma nota de comentário à nova frase.]
Escreve-se "SL Benfica", "Sporting CP" e "FC Porto" ou "S.L. Benfica", "Sporting C.P." ou "F.C. Porto"?
Por que as locuções «a jusante'» e «a montante'» não levam acento indicativo de crase? Poderiam me dar uma explicação?
Ficarei imensamente agradecida.
Referindo-se à região [do Brasil], escreve-se: "Centro Serra", "Centro-serra" ou "Centrosserra"?
Conforme a regra, quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento/palavra começa com uma consoante diferente de R ou S, não se utiliza o hífen. Nos casos em que o prefixo termina com vogal e a segunda palavra/elemento começa com R ou S, essas letras são duplicadas e não se utiliza o hífen. Por exemplo, a palavra antissocial é formada pelo prefixo anti e o elemento/palavra social, mas como o prefixo termina em vogal (i) e o segundo elemento começa com S, o S é duplicado, formando assim a palavra antiSSocial. Portanto, seguindo esse raciocínio, deveria ser escrito "Centrosserra".
Mas não é o que encontramos na maioria dos textos – ou a palavra aparece escrita com hífen, "Centro-serra", ou sem hífen, "Centro serra". Entretanto, existe a regra dos encadeamentos vocálicos que poderia ser utilizada para explicar a grafia de centro-serra. Essa regra não fala sobre a utilização de prefixos. Ela estabeleceu que se deve utilizar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam para formar encadeamentos vocálicos. Ex: Rio-Niterói, Rio-São Paulo, Sampa-Sul. Portanto, quando as palavras aglutinadas não formarem um vocábulo, ou seja, uma nova palavra, deve-se utilizar o hífen.
Gostaria muito de tirar essa dúvida.
Em português (Portugal) qual o mais correto: Isaac ou Isaque?
Quais são as pronúncias do dígrafo sc nos territórios falantes de português, desde a África até ao Brasil e a Portugal?
Não posso afirmar que o dígrafo sc se tornou tão inútil quanto mn em alumno? Qual o grau de uniformidade que tem de existir para que seja abolido o sc e possamos portanto escrever "nacer", "decer" et cetera?
A palavra "bolsominion" necessita de acento gráfico? É uma palavra paroxítona?
O uso da vírgula nas situações abaixo se justifica? Não estariam elas separando elementos que têm relação sintática (no caso, o sujeito ‘«você’» do predicado ‘«gosta’»)?
Na fala, há uma pausa enfática depois do pronome, o que, acredito, deve induzir muitos escreventes a utilizarem a vírgula supondo ser ‘«você»’ um vocativo. Exemplos:
«E você(,) como está?»
«E você, vai passar as férias onde?»
Fico agradecido pela atenção.
Eu sei que não cabe analisar uma frase dita em outros tempos com as estruturas do presente, mas o ex-presidente de Brasil, o populista Getúlio Vargas [1882-1954], antes de se suicidar, escreveu:
«A sanha dos meus deixo o legado de minha morte.»
Se o trecho fosse escrito atualmente, o "a" deveria levar crase?
Grato!
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