O meu falecido pai utilizava um termo para descrever quando por um rego de água estava a verter bastante. Este termo era «deitar de enxotão».
Pergunto se esta palavra tem alguma razão de ser e qual a origem?
Obrigado.
Estou a fazer uma releitura das obras de João de Araújo Correia, conhecido pela sua correcção na escrita do português, e encontrei no livro "Terra Ingrata" no conto "A mulher do Narciso", a seguinte frase:
«No tanque onde as mulheres sujas procuravam desencardir os manachos em água estagnada...»
Procurei nos dicionários online, mas não encontrei significado para a palavra "manachos".
Será que me podem esclarecer?
Obrigado.
Mais do que uma vez, tem aparecido o termo "esculateira" para designar uma cafeteira de café usada em tempos mais idos. Sempre presumi que se tratasse de uma corruptela do termo "chocolateira". Em pesquisas procurei perceber se este termo estava referenciado como tal ou apenas o que apareceria numa pesquisa pela Internet.
Em português de Portugal nada é referido, mas está disponível alguma informação oriunda do Brasil onde o termo é mesmo usado na sua forma corrompida: esculateira.
Trata-se efetivamente de uma corruptela de chocolateira? Há algumas referências linguísticas, históricas, etnográficas ou outras, relativamente a este termo?
Na frase «o André encontrou um baú e lá dentro tinha um mapa», pergunto-vos se a frase é aceitável ou se teria sido aconselhável o uso do verbo haver.
Obrigado.
Li numa das vossas respostas que um ditongo crescente é, na realidade, um falso ditongo porque a suposta sílaba é sempre passível de ser dividida em duas sílabas. Parece-me óbvio em história ou em viola, mas não sei como poderei fazê-lo nos ditongos presentes em quota ou quadro.
Outra dúvida tem a ver com uma semivogal entre duas vogais. Por exemplo, gaiato define-se como tendo três sílabas, com um ditongo decrescente: gai-a-to. Contudo, foneticamente, não vejo razão para não dividirmos de forma diversa, com ditongo crescente: ga-ia-to. A que sílaba pertence a semivogal i? À primeira ou à segunda sílaba? Não existe aqui uma ambiguidade natural?
Obrigado.
O verbo vidrar, com o significado de «ficar encantado, apaixonado ou muito interessado», é apenas aceite como português do Brasil?
Acerca do nome da jovem ativista sueca Greta Thunberg, qual será a melhor maneira de o pronunciar? O Thunberg lê-se "tumbergue"?
Numa conversa entre colegas, uma afirmou: «e ele foi para a mesa com o barruço na cabeça.»
Perguntei-lhe: «"barruço" ou "garruço?"»
«Sim, eu digo barruço!»
Qual a forma correta, ou podem ser consideradas as duas?
Obrigada pela atenção dispensada.
O verbo fazer é impessoal quando se refere ao tempo decorrido. No entanto, ouço as pessoas dizerem «fiz cinco anos no Brasil» ou «fizemos dois meses em Biombo», com o sentido de permanência.
Será que é correto dizer assim, e se não é, como é que se deve dizer?
A palavra "curcuma" é uma palavra esdrúxula ou grave?
Obrigada.
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